O problema é que a representação dos peixes diz sobre a realidade dos peixes. É zoado tirar cosiderações a partir de vacas a partir daí, assim como é zoado tirar considerações sobre o nosso funcionamento social sem explicar o que o dinâmica fisiológica de um cardume tem a ver com o funcionamento das democracias complexas.
Não necessariamente - um dos melhores argumentos a favor do funcionamento de democracias, o da Agregação (Aggregation Theory) funciona com um grau de simplificação tão extremo (por exemplo, supõe pessoas completamente ignorantes e sem vieses) quanto a dinâmica comportamental de peixes. Claro, há de fato um monte de simplificações grosseiras aí, mas muitas vezes essas simplificações funcionam melhor do que dezenas de "teorias holísticas".
E claro, há também o "Fator Jornalismo Científico". Os autores do trabalho podem só ter feito uma analogia, e jornalistas exageraram a analogia a ponto dela parecer o foco do trabalho. Aliás, é o que eu apostaria aqui, como manda o
Ciclo do Jornalismo Científico Olha, não me leve a mal. Eu até gosto da Etologia, mas, caralho, como é que a observação de peixes prova qualquer coisa sobre as pessoas? Sou a favor da interdisciplinaridade, mas desde que bem feita. Quando cai nas mãos de uns boçais como esses o único risco é o de dar merda.
Mas isso não é feito por psicólogos desde... sempre?