Para programadores, acredito que o Cálculo sirva só para dar uma base pro cara caso ele resolva bolar algum simulador de algum fenomeno natural (a industria recebe este tipo de produto muito bem). Em situações voltadas para engenheiros (elétricos ou de computação), mas nas quais um programador pode resolver se enveredar, o cálculo pode servir para assistir o cara se a programação for de baixissimo nível, em que a estrutura dos circuitos seja importante; ou (não sei dizer se isso é mais coisa de engenheiro do que a anterior) para interpretar sinais via transformadas de fourier.
Aerodinâmica (na verdade Dinâmica de Fluidos, da qual aerodinamica é apenas uma aplicação) é o ápice da associação de programação, cálculo numérico, e equações diferenciais da atualidade, existindo até mesmos prêmiações para quem conseguir bolar códigos mais rápidos para certos algoritmos. É um exemplo do primeiro item (simulação de fenomeno natural). Outros exemplos podem envolver programas de simulação de: extração de petróleo, secagem de qualquer coisa (saber quanto tempo deixar um produto secando na rua é trivial para nós, mas não para alguém que está deixando de produzir enquanto isso), migração de populações, extinção de espécies devido a caça, trajetória de satélites, e por aí vai... Mas claro que o programador nesses casos geralmente é um engenheiro ou matemático da área específica, mas se um programador quiser botar a mão na massa, o código com certeza vai ganhar em eficiencia e valor.
Mas ensinar Cálculo no ensino médio me parece meio precipitado... talvez só pela sua importância histórica e aplicabilidade atual, e para mostrar um certo nível de abstração maior ao aluno (somas de infinitas partes infinitesimalmente pequenas resultando em números diferentes não é um conceito tão trivial). Mas isso aí seria responsabilidade da Matemática, não da Física.