A questão é:
Não acho possível ficar rico no Brasil com RPG por causa do nicho em um país de pouca leitura (uma parcela de uma parcela).
Ao mesmo tempo, autores nacionais VIVOS estão tirando uma grana com livros: desde André Vianco até Zíbia Gasparetto, passando por Jô Soares e Ana Beatriz Barbosa da Silva. Até o padre Marcelo, cacete. Isso sem contar os best-sellers internacionais.
(lembrando: não estamos falando da qualidade da leitura. Você levantou que os brasileiros não leem)
O consumo de livros tem aumentado no Brasil, e bastante. Venda de e-books, de livros físicos, maior quantidade de eventos dedicados à leitura, crescimento e surgimento de novas editoras, etc. Como diria o Arcanix, isso são DADOS INCONTESTÁVEIS,
Resumo: você baseia seu raciocínio em
(1) Uma falsa associação: RPG e leitura;
(2) Um falso pressuposto: só uma parcela dos brasileiros lê;
(3) Um falso silogismo (ou entimema?): se os brasileiros (supostamente) não leem, não jogam RPG.
Vários rankings de "leitores ativos" colocam nos primeiros lugares alguns países como Japão, Islândia, Coreia do Sul, Canadá, o Reino Unido (como um todo). Segundo seu raciocínio, o RPG deveria BOMBAR nesses países. A Wizards já mudou sua sede para Seul? Eles lançam D&D em islandês primeiro?
Não existe correlação direta entre quantidade de leitores ativos e quantidade de jogadores de RPG. Só. Arranje outros motivos para o fracasso do RPG no Brasil.