Autor Tópico: Mors tua, vita mea - Pena de Morte  (Lida 25253 vezes)

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Offline crudebuster

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #45 Online: Outubro 05, 2012, 11:46:34 pm »
E ainda assim você quer dar AO ESTADO o direito de matar, crude.

Pq é disso que estamos falando.

PENA DE MORTE, NÃO VENDETTAS PESSOAIS.

Se você está falando do "direito natural" (sic) de exercer vingança você mesmo, isso não tem nada a ver com o Estado e com pena de morte.

@kinn

Tem horas que o crudebuster me lembra aquela discussão entre Belbo e Casaubon sobre estúpidos, imbecis, cretinos e loucos.

Tem horas que eu acho que não estou escrevendo em português.

Falo mal do estado por horas, falo das pessoas que exercem esse poder de matar sem receber as consequências justas, vendo como o mártir do fórum se porta defendendo a vida do assassino e discorrendo como o estado não é justo e você vem me dizer agora que não entendeu nada e faz uma referência tola.

...

Melhor escrever logo, assim você não diz que não falei, ou não entendeu, ou o raio que o parta.

Eu acho que pena de morte vale por conta do direito natural"(sic)" de cada pessoa de exercer a justiça da mesma maneira que o estado nos toma esse direito e não considera uma injustiça deixar um assassino vivo.

Mesmo com prisão perpétua, inclusive. Pagamos para que ele permaneça vivo, já que não podemos garantir que se arrependa do que fez. Isso é justo porque a vida é sagrada para o Estado?

Não disse que o estado deve ter esse direito per se.
Onde há pena de morte há todo um processo pra tal, e que pode cometer injustiças tanto quanto outro procedimento humano.

Os defensores da vida dizem que não vale a pena matar se você pode errar e que vendettas são mesquinhas.
Eu acho isso injusto no caso de assassinos.

Limpeza étnica ocorre o tempo todo, volta e meia temos um comandante bunda-condecorada de sabe-se-lá-onde sendo julgado em Haia por conta disso. Pegam o cara velhinho pra mostrar pro Mundo que "aqui se faz, aqui se paga" e metem na cadeia.

Na China, um corrupto foi pro paredão, porque a fábrica de leite dele punha melanina, ou era queratina no produto e crianças morreram de desnutrição.

Acho que foi até tema de discussão branda por aqui, com gente dizendo que era melhor prisão perpétua, etc.

Mas excetuando-se o mártir do fórum, qualquer um que tivesse um membro de sua família morto por conta de um corrupto dessa laia ia querer o sangue do cara. Ah, o Cigano não ia querer também não, desculpe.

Lembra que mataram o Bin Laden? Pelos atentados de 2001? Não. Não foi. Ele era suspeito apenas. Mataram porque reagiu.

Hehehe. O mesmo que o Kassab disse na última matança que a ROTA fez. E fizeram questão de citar que isso quem dizia eram os camaradas do tempo da ditadura.

Mas vamos continuar. Está ficando legal.





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Offline Malena Mordekai

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #46 Online: Outubro 05, 2012, 11:50:35 pm »
Não vamos continuar não, cala a boca que é melhor.


O tópico é pra discutir pena de morte, que é algo executado pelo Estado. Fim.


Me inclua aí no rol junto com o Cigano e o Roderick, e pare de avaliar os outros baseando-se em você.

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Offline crudebuster

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #47 Online: Outubro 06, 2012, 12:02:58 am »
Não vamos continuar não, cala a boca que é melhor.


O tópico é pra discutir pena de morte, que é algo executado pelo Estado. Fim.


Me inclua aí no rol junto com o Cigano e o Roderick, e pare de avaliar os outros baseando-se em você.



Mas peraí, porque você pode e eu não? Eles disseram que... Mas eu não me comparei a... Ah, ok.

Três mártires discutindo o quão injusta é a pena de morte aplicada pelo Estado... Não preciso nem de bola de cristal pra saber o que vai dar.

E eu provavelmente concordarei.
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Offline kinn

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #48 Online: Outubro 06, 2012, 12:27:38 am »
Crude, você reclama do Estado exercendo o direito de fazer as coisas em nosso lugar e como isso pode ser injusto às vezes... mas julga que deveria ser justo e ideal(?) o 'direito natural'(?) de cada um fazer a justiça pelas próprias mãos.

Quanto tempo será que iria demorar para ficar claro que isso passa longe de justiça? Nem é preciso ir muito longe porque era exatamente assim que as sociedade humanas eram antes de instituir leis, mesmo a primitiva lei de Talião.

E vemos isso acontecer mesmo nos dias de hoje, mesmo havendo Estados de direito reprimindo este tipo de ato. E nem estou falando de atos como a vizinhança linchar um estuprador local, mas coisas do gênero de uma família (muçulmana creio) atacar e estuprar mulheres e meninos de uma família vizinha como espécie de vingança contra um ato similar. É vingança gerando vingança, cada um querendo se sentir vingado, tendo seu direito de justiça satisfeito pelas ofensas feitas pelo outro...

Não parece seu conceito meio paradoxal?
Eu até entendo que um assassino serial que dá mostrar que não vai parar, mesmo na prisão de matar quem está à sua volta parece um candidato a ser morto porque seria uma forma de pará-lo, mas ainda acho seu ponto exagerado.

Citar
Eu acho que pena de morte vale por conta do direito natural"(sic)" de cada pessoa de exercer a justiça da mesma maneira que o estado nos toma esse direito e não considera uma injustiça deixar um assassino vivo.

Dizer que o Estado nos toma esse direito é algo forte... o adequado seria dizer que nos concedemos ao Estado a capacidade de exercer certos atos no nosso lugar porque não somos responsáveis o suficiente para ter a posse desses atos em nossas mãos - ainda que o Estado não seja o melhor exemplo de uso deles. Mas com os dispositivos de auto-regulação e fiscalização, tem em mente que o ideal do Estado é cumprir de forma ideal o que se propõe.

O problema é, como você mesmo disse, quem opera a ferramenta.

Citar
Mesmo com prisão perpétua, inclusive. Pagamos para que ele permaneça vivo, já que não podemos garantir que se arrependa do que fez. Isso é justo porque a vida é sagrada para o Estado?

Que alternativa ética/moral/whatever você sugere? Matar pode ser mais barato e menos custoso à sociedade, mas isso torna você melhor que ele em que? E se depois for descoberto que ele era inocente? Como fica sua injustiça? Como desfazer ou reparar esse erro? Porque se ele estiver preso, o erro pode ser reparado, mas não se estiver morto.

E de novo você cita exemplo do extremo oriente. Lá as leis eram poucas, mas extremamente severas. No Japão, o suicídio não virou resposta para desgraça a toa. Quando um samurai envergonhava seu senhor ou era pego cometendo um crime, ele e a família toda eram exterminado porque se pressupunha que o mal está no sangue e se o pai é ladrão, filho e neto serão (aliás, o pensamento ainda persiste nos dias de hoje).

O suicídio ritual é uma forma de expiar seus pecados e dar cabo da própria vida, expurgando o mal na raiz (o suicida) de forma que a família está isenta ou se torna isenta do crime.
===

Esse exemplo do corrupto chinês é outro exemplo da forma como processa o pensamento oriental, mas o sono já embola minha forma de explicar...
Pesquisas provam:
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Offline crudebuster

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #49 Online: Outubro 06, 2012, 01:21:52 am »
Kinn, você parece entender o extremismo que estou empregando perfeitamente, possivelmente deve estar ficando louco também. :)

Abordamos o assunto de forma meio embolada, mas você entendeu que pra mim, justo seria o indivíduo praticar a justiça pois o Estado quando erra, não se redime, e se um indivíduo erra, oras, que pague o erro individualmente.

Matou um inocente? Morre pelas mãos do familiar mais próximo do indivíduo pelo erro que cometeu.

Não sobraram parentes? O Estado tem de cumprir a pena, então. Se for injusto novamente, que se mate o juiz pelo erro.

Se isso não é justo, o que é? Rude? Imoral? Primitivo? Muçulmano? Como animais que se matam naturalmente na natureza por motivos até bobos, do nosso ponto de vista "racional"?

Ah, mas a brutalidade da turba, a vingança pessoal não é justa, porém a violência é monopólio do Estado!

Isso é que me soa paradoxal, sabe? O controle do Estado pode errar, e isso não me deixa nem mais nem menos tranquilo a respeito da minha consciência de cidadão ordeiro, porque o Estado é responsabilidade minha também! São meus empregados!

Não "lavo as mãos porque lhes dei o poder" Isso soa irresponsável.

Como pais que julgam ser de responsabilidade da escola ensinar seus filhos a se comportar, pois "pagam pra isso e os professores deveriam saber lidar com isso". Mas pode soar brusca a comparação, ignore se lhe parece exagerada.

Não sei porque parece tão estranho falar em direito natural, parece que estou falando de um ser tão diferente de todos os animais que o instinto primitivo não lhe pertence mais...

Os orientais (japoneses) praticam certos tipos de preconceito que parecem estúpidos, e claro, o estado os coíbe em prol da coletividade, muito justo para muitos, injusto para poucos. É um equilíbrio bizarro.

Há estigma social até mesmo em seu "sangue" ser de uma família de açougueiros, coureiros, enfim pessoas que trabalhassem com coisas "sujas", os Burakumin... http://pt.wikipedia.org/wiki/Burakumin Ô povinho xenófobo... Mas isso é outro assunto.

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Offline ferdineidos

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #50 Online: Outubro 09, 2012, 04:49:53 pm »
Vou deixar isso aqui, pois acho que é relevante à discussão.

Citar
Que tal processar Tufão pela Lei Maria da Penha?
de Leonardo Sakamoto
Eu era viciado em novelas – na época de Vamp… Hoje, prefiro dedicar a parte livre do meu tempo a reprises de House (que Deus o tenha), Big Bang Theory (nerd, eu?) ou Newsroom (sublime). Ontem, por acidente, acabei assistindo a um capítulo de Avenida Brasil, logo no momento em que o mocinho da novela sentava a mão na cara de Carminha – a megera. Desde então, protestos ganharam as redes sociais por conta da força simbólica de um homem traído agredir a sua companheira.

Muitos telespectadores sentiram-se vingados com a vilã levando uns tabefes. Compadeciam-se de Tufão e acharam que a personagem de Adriana Esteves recebeu o que merecia. Mas o que passa pela cabeça do sujeito em casa, que cresceu em uma sociedade machista como a nossa, quando vê um dos heróis da trama empregando violência doméstica? Provavelmente, vê reafirmado o mesmo modelo de comportamento que conhece desde que era um mancebo e que vem sendo questionado pela sociedade a conta-gotas. Se o Murilo Benício, que é o cara, pode, por que eu não?

Se fosse o vilão seria diferente? Em parte, sim, porque isso seria visto como uma ação ruim. Sei que a vida não é preto no branco – há muitos tons de cinza no meio do caminho. Mas esses folhetins televisivos são produzidos simplificando relações humanas, construindo um lado para que possamos torcer, acolher e nos identificar.

Algumas pessoas vão afirmar que uma novela pode até ser baseada em situações da vida real, mas é uma peça de ficção, com a arte alimentando-se da vida. Sabemos, contudo, que o processo não é de mão única, mas circular. A arte também serve para organizar a vida, reafirmando elementos simbólicos, ensinando padrões de comportamento e estruturando o dia a dia.

Esse sentimento de vingança que deve ter tomado parte dos telespectadores é semelhante – guardadas as devidas proporções – às cenas finais de Dogville, de Lars von Trier. Quando a personagem de Nicole Kidman comanda o massacre na pequena cidade que a humilhou, escravizou e estuprou durante todo o filme, matando homens, mulheres e crianças com requintes de crueldade, não foram poucas as pessoas no cinema que sentiram um calor percorrer o seu corpo. Acreditavam que era o sentimento de Justiça. Porém, pouco tempo depois, surgia, no lugar, um calafrio de vergonha ao perceber que não era Justiça, mas vingança em seu estado mais selvagem que as possuíra minutos antes. Com isso, o diretor conseguiu mostrar o quanto a parte mais bizarra de nossa programação ainda age em nós e como é longo o caminho para domá-la e desligá-la. Não individualmente, mas como coletivo, como sociedade.

Somos programados, desde pequenos, para que homens sejam agressivos. Ganhamos armas de brinquedo, espadas, luvas de boxe. Raramente a nós é dado o direito de que consideremos normal oferecer carinho e afeto para outro amigo em público. Ou de chorar e se fechar diante da tristeza. Manifestar nossos sentimentos é coisa de mulherzinha. Ou, pior, de “bicha”. De quem está fora do seu papel. Lavar a honra com sangue ou com porrada, pode. Bater em “vadia” pode. Em “bicha” pode. Em “maconheiro” pode. Em “mendigo” pode. E por que não em índio? Em vagabundo. Em sem-terra. Em sem-teto.

As pessoas envolvidas em casos de violência contra mulheres colocam em prática o que devem ter ouvido a vida inteira: quem não se enquadra em um padrão moral que nos foi empurrado – e que não obedece à hegemonia masculina, heterossexual e cristã – é a corja da sociedade e age para corromper o nosso modo de vida e tornar a existência dos “cidadãos de bem” um inferno. Seres que nos ameaçam com sua liberdade, que não se encaixa nos padrões estabelecidos pelos “homens de bem”.

Quando uma mulher tem uma relação extraconjugal, o coletivo não a agride por ter rompido unilateralmente um acordo interno do casal, mas por ter desrespeitado uma regra social que todas as outras pessoas estão obrigadas a obedecer. Quem é ela para achar que pode ser melhor do que os outros?

Uma amiga pediu a aplicação da Lei Maria da Penha para o Tufão. Em 1983, o ex-marido de Maria da Penha – o covarde Marco Antônio Herredia Viveiros – atirou nas costas da esposa e depois tentou eletrocutá-la. Não conseguiu matá-la, mas a deixou paraplégica. Muitos anos de impunidade depois, ele pegou seis anos de prisão, mas ficou pouco tempo atrás das grades. A sua busca por justiça tornou-a símbolo da luta contra a violência doméstica. E, em agosto de 2006, foi sancionada a lei 11.340, a Lei Maria da Penha, para combater crimes dessa natureza. O STF, posteriormente, ampliou as possibilidades da lei, afirmando que é desnecessária a denúncia da agredida para que o processo seja aberto.

A caminhada que a lei teve que percorrer até aqui é dura e ingrata. Lembro de um juiz de Sete Lagoas (MG) que rejeitou uma série de pedidos de medidas, baseadas na Lei Maria da Penha, contra homens que agrediram e ameaçaram suas parceiras. Edilson Rodrigues afirmou em suas sentenças: “Para não se ver eventualmente envolvido nas armadilhas dessa lei absurda, o homem terá de se manter tolo, mole, no sentido de se ver na contingência de ter de ceder facilmente às pressões.” E ainda: “A vingar esse conjunto de regras diabólicas, a família estará em perigo, como inclusive já está: desfacelada, os filhos sem regras, porque sem pais; o homem subjugado”.

Ainda bem que as decisões do Supremo sobre a interpretação da Constituição Federal visando à garantia de direitos humanos não são tomadas com base em pesquisas de opinião ou para onde sopra a opinião pública em determinado momento. Principalmente em finais de novela.

Em uma sociedade que canta um “tapinha não dói” e se sente vingada quando alguém que teve uma relação extraconjugal apanha em rede nacional, a Lei Maria da Penha é uma lufada de ar fresco. Mais do que apenas punição, é didática. Mas, como já disse aqui, deixou uma manada de babacas irritadíssimos com uma suposta “interferência do Estado na vida privada”. Afinal de contas, quem vocês pensam que são? Eu bato na minha mulher/filha/mãe/irmã na hora que quiser e com o objeto que quiser!

A esses, o meu desprezo. Bem como ao mocinho (sic) da novela.

Copiado na cara dura daqui:
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/10/09/que-tal-processar-tufao-pela-lei-maria-da-penha/

Em tempo, igual o botão de "agradecimento" podia ter um de "quem se importa" ou "nem li"...
« Última modificação: Outubro 09, 2012, 04:51:51 pm por ferdineidos »
"Entre todas as tiranias, a tirania exercida para o bem de suas vítimas é a mais opressiva.Talvez seja melhor viver sob o olhar de nobres usurpadores do que de intrometidos moralistas onipotentes."

Offline crudebuster

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #51 Online: Outubro 09, 2012, 05:39:11 pm »
Mais um assustado com o quanto as pessoas se vêem irracionais de fronte à injustiças, desejando vingança, justiça da turba, terminando por pagar a dívida com mais injustiças.

É uma pena ver a coisa indo pra esse lado, ou oito ou oitenta...

Por outro lado, N novelas onde o vilão se dá bem, não sendo preso nem julgado, ou matando outros para enganar a todos de que foi paga sua dívida esse cidadão não computa, e ainda demonstrando o caso real que deu origem à Lei Maria da Penha o compara a uma humilhação, tapas na cara...

Na cabeça do cidadão, um corno e um assassino são a mesma coisa! Não, não são.

Se Tufão matasse a Carminha, quem sabe o efeito seria o que ele deseja? Que a sociedade tomasse noção de que foi desproporcional o troco como nesse filme que ele cita?

Lembra que Carminha armou um esquema para matar seu ex-marido, e conseguiu?

Isso jamais será julgado.

Logo, para os espectadores, mais uma vilã que toma um tapa no punho por ter feito a vida de várias pessoas um inferno, roubando, matando... E saindo livre da cena porque é injusto um corno bater numa ladra, assassina e manipuladora.

Ademais, concordo que deva-se processar um corno por bater na mulher. Juízes que discordam disso por preconceitos próprios recebem todo tipo de linchamento moral da sociedade que os sustenta como autoridades.

Se visse Gabriela acho que iria ficar possesso e pedir pra prender o coronel corno que "lavou a honra" com sangue da traidora e do traidor.

[ad hominem]
Fã de BBT que se diz nerd? Um seriado que constantemente humilha as figuras nerds, acha graça da inequalidade e falta de habilidade social, abusa da claque eletrônica para convencer pessoas normais de que "coisas de nerd" são ridículas e ele acha graça, como "nerd" que é?

Mais um blogueiro querendo notoriedade usando de hipérboles mal-construídas e denunciando a habilidade pífia de se revoltar com pessoas normais. Típico de nerd de papelão.
[/ad hominem]
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Offline ferdineidos

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #52 Online: Outubro 09, 2012, 07:04:54 pm »
Como eu disse, cadê o botão de "who gives a fuck" quando se precisa dele?
"Entre todas as tiranias, a tirania exercida para o bem de suas vítimas é a mais opressiva.Talvez seja melhor viver sob o olhar de nobres usurpadores do que de intrometidos moralistas onipotentes."

Offline Malena Mordekai

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #53 Online: Outubro 09, 2012, 07:13:14 pm »
Argumento maluco do crude, comparando um coronel vilão do século passado com o mocinho plácido da novela atual...
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Offline crudebuster

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #54 Online: Outubro 09, 2012, 09:04:12 pm »
Argumento maluco do crude, comparando um coronel vilão do século passado com o mocinho plácido da novela atual...

Hahaha! Eu sou maluco por comparar dois personagens fictícios, cornos, traídos, um assassino outro não?

E a reação de ambos ao se verem traídos? Não vale nem mesmo mencionar que havia Estado, Leis, Judiciário, tudo certinho naquela época fictícia que validavam a reação do coronel "vilão"?

[ad hominem]
E agora um blogueiro crente que sua opinião retardada sem noção do que seja fora do politicamente correto é autoridade moral?
[/ad hominem]

Eu apóio o botão WGAF. Seria uma bênção.
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Offline Malena Mordekai

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #55 Online: Outubro 09, 2012, 09:45:18 pm »
Meu filho, eu acredito que vc está trollando, mas eu tenho mania de explicar: o coronel é vilão, a trama critica essa atitude dele. Não é o caso do Tufão.
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Offline crudebuster

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #56 Online: Outubro 10, 2012, 12:38:16 am »
Meu filho, eu acredito que vc está trollando, mas eu tenho mania de explicar: o coronel é vilão, a trama critica essa atitude dele. Não é o caso do Tufão.

Papai, a visão do autor não está sendo discutida, e sim a do público. O blogueiro quer que todo mundo se arrependa e ache um absurdo o mocinho agredir uma vilã mulher numa obra de ficção em horário nobre porque agredir uma mulher é um absurdo PER SE.

Na minha opinião ela merecia mais por ser uma assassina.

Enquanto um pouco depois, na minissérie que ninguém deve estar assistindo, um "crime de honra" que por sinal era coisa comum antigamente passa batido, e tinha lei protegendo o vilão e tudo, sabe?

Nem precisava ele citar um filme com a Nicole Kidman, era só deixar a TV ligada um pouco mais e ver que a correlação entre o que é justo numa época, pode ser um disparate em outra e ainda mais absurdo se for ficção em horário nobre...

E isso não muda em nada a condição humana. Se você é treinado, condicionado para conter seus instintos por toda sua vida em troca de uma convivência pacífica com seus pares, não há que se surpreender se alguém puxar uma arma e usá-la sob qualquer pretexto senão "fazer justiça com as próprias mãos".

É natural. O estranho de fato é achar que não é normal matar, estuprar e roubar.

Levamos séculos pra tirar isso das sociedades, "cedendo" o poder pro Estado fazê-lo por nós e ainda tem gente que sabe perfeitamente como fazer sem nunca ter treinado.

Como respirar. Uma hora você vai entender.

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Offline PowLyne

  • Cachorro irritante
  • * Você despachou o cachorro.
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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #57 Online: Outubro 10, 2012, 02:39:32 am »
Eu ia falar exatamente o mesmo que o crude: povo fica besta com qualquer tipo de maus tratos dos homens contra as mulheres em Gabriela, mas aplaude de pé quando o cara escurraça a esposa infiel na novela do horário nobre.


Na minha opinião, não é saber o background dos personagens que deveria mudar o senso de julgamento do espectador. Uma trai por deslize, é morta, e todo mundo fica com nojo de quem a matou - outra trai por maldade, é moralmente destituída de tudo o que possuía, e todo mundo clama o herói que fez isso. Não muda o fato de ambos os casos serem, em resumo, iguais: traição seguida de punição.






PS: no meu mundo perfeito, a Globo faz coisas assim de propósito pra testar e ficar estudando a ignorância da massa. Ou rindo dela, tanto faz.

Offline Agnelo

  • Pai
  • O que se escreve num campo desses?
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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #58 Online: Outubro 10, 2012, 08:28:53 am »
Pobre elfo, abre um tópico sobre um assunto interessante e quando vê vira uma discussão sobre novelas...
Eu amo você. Tenho orgulho de você. Você trouxe à sua mãe e a mim mais alegria do que eu achei que houvesse. Seja bom pra ela e cuide bem dela.

Seja um dos mocinhos. Você tem que ser como John Wayne: Não aguente merda de nenhum idiota e julgue as pessoas pelo que elas são, não pela aparência.

E faça a coisa certa. Você tem que ser um dos mocinhos: Porque já existem Bandidos demais.

Offline crudebuster

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Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Resposta #59 Online: Outubro 10, 2012, 08:42:11 am »
Pobre elfo, abre um tópico sobre um assunto interessante e quando vê vira uma discussão sobre novelas...

E lamentos sem sentido. Tudo está perdido. Não há mais sutileza, verborragia desnecessária, falácias crassas...

Os trolls de outrora estão mortos, todos eles.

Nada mais faz sentido.
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