VA, também sou a favor da proibição de bater nos filhos. Mas você viu o que o Lumine postou (e o que do efetivamente se trata a lei?)
A proibição não está só contra "surras de cinto", que acredito que ninguém aqui apoie, mas ela extrapola muito além disso.
O que é "ridicularização" do adolescente? Ou "ameaça"? Sob a ótica de quem? Forçar um adolescente a pedir desculpas públicas por praticar um ato errado seria humilhação? Dar "bolo" ou "beliscão" seria considerado a mesma coisa que a surra de cinto?
O "juiz" de como se castiga o filho deixa de ser o pai e a mãe e passa a ser o poder público. Em essência estão tirando a sua liberdade como pai pra encontrar um castigo adequado e dizendo pra você o que é aceito ou não, e se você não concorda você é um facínora que bate em criancinhas.
De novo, o poder público tem sim que limitar o "poder de disciplina" dos pais, mas dentro da esfera do razoável. Surra de cinto já é proibido e já vi vários casos aqui no Rio de Janeiro de pai indo preso por causa disso, principalmente em área mais pobre onde este tipo de comportamento ainda seria aceito como normal. E se isso não se aplica em outros locais é por conivência do poder público, não por falta de lei.
Dona Edit:
Acho que você quis dizer pela Bancada Evangélica.
Na verdade acho que está havendo um movimento de regulação do indivíduo muito preocupante. São as leis de "tolerância zero" onde o estado se julga na qualidade de dizer o que pode ou não fazer já que os indivíduos são idiotas sem opinião ou responsabilização, que tem que ter seus direitos tolhidos caso contrário vão acabar se machucando.
O pior é que essas leis são normalmente para o "bem comum".
Enquadro nesse caso a lei seca, leis anti-fumo, essa lei da palmada, entre outras.