OK, no último churrasco da Spell-RS o jogo da vez foi Arkham City... e quando comentei que li muito pouco do Batman até hoje, o Agnelo me recomendou pegar as histórias recentes do Grant Morrison.
Fiz isso, lendo a fase de
Batman&Son, The Three Ghosts of Batman, The resurrection of Ra's Al Ghul, The Black Glove/Batman R.I.P., etc.
Ainda tô indeciso se o Agn me trollou ou não.
Tá, não vou dizer que me arrependo de ter lido, tem alguns toques muito legais ali (especialmente a reunião da liga dos heróis, e a forma como o batman lida com o ataque psicológico que sofre). Mas é uma leitura decepcionante em muitos aspectos, especialmente pela narrativa confusa e desconexa, com saltos de tempo inexplicados, cliffhangers em uma edição que não são abordados no início da próxima, uma ou duas edições que são simplesmente flash-forwards/devaneios/futuros alternativos sem nenhum contexto explicando que é isso que são... e mesmo nas histórias que são um pouco mais fechadas ou coesas tem muitos momentos meio WTF, especialmente a forma como o Damien cai de pára-quedas na história e a naturalidade com que todo mundo lida com isso.
Enfim, fiquei com uma impressão tão grande de estar lendo algo incompleto que saí atrás de informações sobre essa fase do Batman na internet, e me surpreendi ao ver que mesmo fãs que lêem histórias dele há anos se sentiram assim, como
esse aqui.
This is all well and good and I also like some of Morrison's work, but I think the last couple of year's of Batman stories have been somewhat confusing to follow.
Do any of you have any memories of favorite Batman stories that you read when you were a kid? Unfortunately, that's not really possible for younger kids trying to figure out what Morrison is doing in Batman these days. The ongoing story has been very difficult to follow for someone who's been reading comics for 30 years; I couldn't even anticipate what a potential new comer would think. I still have headaches from Batman R.I.P. and some of the stories feel like they are missing details or pages because the narrative doesn't seem complete.
Anyway, kudos to Morrison as he is able to tell the Batman stories that he wants to tell. Maybe someday all of his Batman work will be collected in a couple of hardcovers so that they can all be read together and then maybe everything will make sense. 'Till then, I'm going without Batman until some sanity returns to the storytelling...
Pesquisando um pouco mais eu pude entender que basicamente o que o Morrison fez foi uma masturbação descarada pros fãs inveterados do Batman... pegando um punhado de elementos das décadas de 60, 70, 80 e reciclando em histórias novas, inserindo de volta na continuidade depois que uma das intermináveis Crisis da DC havia
retconado tudo... só que eu, não tendo nenhum contexto pra nada daqueles elementos, ou não percebi as referências (como no caso do batman de zurr-en-arrhh) ou fiquei totalmente boiando sobre o que estava acontecendo na história (esse mini-batman é uma alucinação? Um resultado de drogas? Um alien? Como diabos vou saber que bat-might/mite é um primo do Mxzylpbatenoteclado?).
Enfim. É uma leitura que me deixou frustrado, não só por ter sentido que desprezaram os leitores que não têm essa fixação por continuidade, mas principalmente porque TEM histórias boas por trás disso tudo, que teriam brilhado bem mais, na minha opinião, se não tivessem sido soterradas nessa montanha de referências a revistinhas antigas só pra agradar fãs
oldschool e ajudar a vender os gibis raros da época.
Em contraste, comecei a ler Fables, aproveitando pra testar a app de android pra isso (ComicRack, estou na versão free e parece muuuito bom, ele lembra o ponto em que você parou, organiza bem os gibis, permite ver quais leu ou não, a versão paga promete até sincronização com o PC via WiFi...).
Enfim. Fables é lindo. Fables é um tesão. Fables é o tipo de quadrinhos que eu preciso fazer esforço físico pra parar de ler, tamanha a ânsia pra chegar no fim do arco narrativo. E olha que só li os 2 primeiros arcos até agora (#1-10).