Quando ia entrar no Ensino Médio tive a ilusão de que poderia ser Técnico em Química; na época (1995? 96?) ainda existiam os cursos pacotão médio+técnico; passei no CEFET-BA (hoje tem outro nome, sei lá qual), mas perdi o primeiro ano justamente por causa da própria matéria principal, tendo percebido que não tinha nada a ver comigo.
Terminei o Ensino Médio fora do CEFET, sem formação técnica. Cheguei durante esse tempo a cogitar Psicologia e Veterinária. Mas ficou então claro pra mim que eu sempre lidei mais com a palavra escrita do que qualquer outra coisa. Eu já sabia inglês razoavelmente bem e jogar RPG me fez ter o hábito da tradução.
No mesmo ano em que eu entrei na UFBa eu comecei a trabalhar profissionalmente como tradutor, tendo como clientes principais pós-graduandos, mestrandos e etc. que precisavam ter à mão textos traduzidos. De lá pra cá eu já cheguei a traduzir informalmente até livros inteiros das mais diversas áreas, mas principalmente de Comunicação e Biológicas. Só há pouco tempo comecei a treinar tradução literária e há menos de um mês traduzi um conto inédito que será publicado no ano que vem.
Devido a diversos problemas de saúde meus, eu interrompi o meu curso várias vezes; era até bem mais difícil eu parar de trabalhar do que estudar. Entrei em Letras Vernáculas com Língua Estrangeira (Inglês), transferi-me para Língua Estrangeira pura ao notar que não estava muito a fim de ser professor de português. Cheguei a sofrer um acidente sério (que hoje me impede de correr muito rápido), ficando quase nove meses de muletas, e uma confusão com o setor médico e a Secretaria Geral de Cursos da UFBa me fez perder o direito à minha vaga. Sem muito pestanejar eu fiz o vestibular de novo e dei aproveitamento em tudo... nem precisei estudar pra isso. A concorrência é pouca e eu contei com meus conhecimentos gerais.
Nesse meio tempo, além de ter sido professor de cursinho algumas vezes, só tenho trabalhado com a tradução; fiquei nesse semestre encantado com filologia (Crítica Textual) e ando fantasiando se não valeria a pena também me especializar nessa área, visto que os métodos são tão afins aos da tradução. E no que diz respeito ao meu trabalho de escolha, eu sou workaholic, quem sabe encontre outra "cachaça" (termo usado pela minha professora de Linguística Românica) na filologia e quando terminar, não sei quando, o meu curso, faça um mestrado nessa área.
Além dessas especulações atuais eu tenho determinado fazer o Bacharelado (faço Licenciatura), e também me foi sugerido repetidas vezes fazer mestrado na área de Comunicação.