Durante a madrugada (a autópsia estava marcada para o dia seguinte), com o auxílio de irmãos no hospital e na polícia, conseguimos permissão para visitar o corpo no IML. Fomos em 4 magistas, todos bem experientes. E o que encontramos lá foi o seguinte:
O corpo do nosso amigo estava lá, morto, mas seu perispírito ainda estava preso a ele. Para a sua consciência, era como se ainda estivesse vivo, sentindo absolutamente tudo o que se passava ao seu redor. Sabíamos que isso, infelizmente, é mais comum do que se gostaria. Nesse caso, o corpo passa por toda a experiência de dor de ser dissecado (cortes, quebrar ossos, mexer nos músculos, órgãos, etc.). Esse trauma demora algumas encarnações para ser ultrapassado.
Isso me parece claramente o que eu li em Campbell explicando a necessidade dos ritos funerários da sociedade.
E ele e os amigos agem como xamãs modernos, seguindo em suas vidas esses ritos que buscam da significação às suas vidas, num mundo árido e seco da 'magia', dos ritos e de eventos de transição que faça a vida ter um sentido, já que morremos.
Minha posição atual sobre essas coisas é: "Preciso respeitar esses xamãs e suas crenças, porque isso precisa fazer sentido pra eles, para sua vivência e seus mitos pessoas lhe darem ajuste e plenitude na vivência pessoal".
Tirando isso, vejo uma mescla de espiritismo, culto de fertilidade e outras crenças num amalgama tão profundo que faria os praticantes das doutrinas originais queimarem na fogueira esses hereges modernos...
Mas os mitos se transformam. E com eles, os ritos que são por eles ordenados...
A parte mais engraçada do texto é essa:
Vindos de países diferentes, com idades diferentes, todos estavam rigorosamente no local deviam estar e no momento em que deveriam estar lá (uma vez compreendida através dos estudos da kabbalah, a sincronicidade é algo que é manipulada ao bel prazer dos ocultistas… mas isso nem é tão impressionante assim… um dia conto a respeito da história do Grão Mestre de uma ordem templária secreta que eu procurava a ANOS que sentou na poltrona do meu lado em um vôo de Porto Alegre para São Paulo).
Se eles conseguem manipular ao bel prazer, porque não ganham na loto toda semana? Ou ao menos pra ganhar um grande prêmio, fazendo isso uma única vez na vida, se há alguma regra obscura de equilíbrio que faz com que isso não deva ser repetido?