Autor Tópico: Código Penal poderá incluir pena para quem abandonar animais  (Lida 87907 vezes)

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Offline Bodine

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Re:Código Penal poderá incluir pena para quem abandonar animais
« Resposta #525 Online: Julho 08, 2013, 04:06:01 pm »
@Bodine

O problema real é na forma com que a lei se estruturada. Se só vale animais de estimação quais serão os parâmetros que tornam tal animal de estimação e outro de abate/trabalho? Tentarei colocar um exemplo pra facilitar isso.

Cachorros são, em geral, considerados animais de estimação logo uma lei que os proteja não criarai nenhum tipo de problema correto? Só que tem uma coisa interessante cachorros também são usados para cumprir protocolos de segurança localizando explosivos e drogas com o faro. Ambos os empregos desses animais são arriscados e põe em risco a vida dos mesmo. No caso das drogas os cachorros, tornam se viciados na droga em questão para localiza-la com mais facilidade. Ou os cachorros d ataque que são usados como armas para proteger determinadas áreas?

O que estamos tentando dizer é que a nossa sociedade como um todo não dá a mínima para os animais. Eles são usados de acordo com a melhor função que o dono do mesmo escolheu. Essas proposta de leis são aberrações por que vão contra a norma da sociedade como um todo, mas pontualmente acharemos que os animais devem ser protegidos. Só que isso está na esfera privada e não pública.

Mas eu estou dizendo (praticamente) a mesma coisa, oras.

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Re:Código Penal poderá incluir pena para quem abandonar animais
« Resposta #526 Online: Julho 08, 2013, 06:12:33 pm »
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Skar: Essas proposta de leis são aberrações por que vão contra a norma da sociedade como um todo, mas pontualmente acharemos que os animais devem ser protegidos. Só que isso está na esfera privada e não pública.

O que é "norma da sociedade como um todo"? Não entendi também o "isso está na esfera privada e não pública."  :hum:
"Sonhos são o que temos." Jojen Reed

Offline Skar

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Re:Código Penal poderá incluir pena para quem abandonar animais
« Resposta #527 Online: Julho 08, 2013, 08:15:42 pm »
@Assumar

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O que é "norma da sociedade como um todo"?

Parto do principio que as leis devem ajudar a regular a sociedade. Ao tipificar condutas que afetam comunidade e mesmo sendo arbitrária em alguns pontos para criar uma forma de haver uma regulação eficaz.

Nessa linha dizermos que animais merecem direitos e proteções afeta a sociedade de uma maneira negativa. Pela simples razão que certas práticas serão abolidas quando não existe nenhuma justificativa remotamente aceitável para tal. Não há beneficio social algum para que omissão de socorro a animais seja um crime, por exemplo, mas uma razão social para o mesmo ser um crime quando nos omitimos contra ajudar uma pessoa.

A claro podemos dizer mais a lei pode ser arbitrária, não precisa ser algo que traga algo bom para a sociedade. Afinal toda a regulamentação para processo é uma grande arbitrariedade, sim é verdade. Só que essa arbitrariedade existe para gerar um quesito de ordem no sistema. Não deixar a consciência de umas crianças mais limpas enquanto comem seus bifes.

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Não entendi também o "isso está na esfera privada e não pública."

Seguindo o pensamento acima. Se o tratamento dos animais não é uma conduta que afete a sociedade como um todo, pois não considero os animais como agentes sociais. A escolha de como indivíduos vão cuidar dos animais deve ser algo pessoal, até o momento em que ela comece a afetar a sociedade.

Exemplo: A partir do momento que você treina cachorros para rinhas vocês os torna muito mais perigosos e eles tem um potencial alto de escapar e acabar machucando uma criança. Ou abandonar animais na rua que podem causar acidentes nas ruas, atacar pessoas e espalhar doenças. Nesses exemplos o trato do animal deixa de ser algo pessoal e começa afetar a sociedade. Aqui o Estado deve criar regulamentações. Treinadores de cães precisam de certificado e multas devem ser aplicadas para abandonar animais.
The essentials for a productive discussion:
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••    Candor: Be frank and sincere.
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Meio Ambiente discute criação de secretarias municipais de direitos animais
« Resposta #528 Online: Setembro 10, 2013, 10:37:57 pm »
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Meio Ambiente discute criação de secretarias municipais de direitos animais

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável promove audiência pública na quarta-feira (11), às 11 horas, com o objetivo de conhecer o trabalho realizado pela Secretaria Especial de Direitos Animais (Seda) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

A intensão do deputado Giovani Cherini (PDT-RS), que sugeriu a audiência, é propor a criação de um setor especial para tratar do tema em todos os municípios, a exemplo de Porto Alegre.

Foram convidadas para o debate a secretária especial de Direitos Animais de Porto Alegre, Regina Becker, e a pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) Angela Maria Branco.

A reunião será realizada no Plenário 2.

Interatividade
O debate estará aberto para participação virtual no site e-Democracia. Na hora do evento, é só acessar o endereço: http://edemocracia.camara.gov.br/web/eventosinterativos

Da Redação/DC

Fonte: Agência Câmara Notícias
"Sonhos são o que temos." Jojen Reed

Re:Código Penal poderá incluir pena para quem abandonar animais
« Resposta #529 Online: Setembro 24, 2013, 12:12:55 am »
Ó o Pondé (que preguiça que eu tenho do Pondé!) metendo o bedelho num assunto que já foi debatido e redebatido aqui na Ispéu! Por que pagar alguém para dar opiniões tão vulgares? O cara não precisa dum diploma de filosofia pra falar isso.

A ética das baratas

 

Ouvir o texto
As pessoas têm crenças desde a pré-história. Nossa constituição frágil é uma das razões para tal. Hoje, cercados de luxo e levados a condição de mimados que somos, até esquecemos que há anos atrás mais da metade de nossas mulheres morriam de parto. Elas viviam por conta de ficarem grávidas e pronto. Hoje existe essa coisa de "escolha", profissão, filhos depois da pós, direitos iguais, ar-condicionado, reposição hormonal, bolsa Prada.

Esquecemos que direitos e escolhas são produtos mais caros do que bolsa Prada. Pensamos que brotam em árvores.

Mas existem crenças mais frágeis do que outras, algumas que beiram o ridículo. E algumas delas até recebem bênçãos de filósofos chiques.

Em 1975, o filósofo utilitarista australiano Peter Singer publicou um livro chamado "Animal Liberation", que deixou o mundo de boca aberta.

Para Singer, "bicho é gente" (porque também sente dor). A partir daí, ele encampou toda uma gama de militantes que gostaria de tornar a alimentação carnívora um crime como o canibalismo.

Achar que se pode comer animais se basearia no preconceito de que os animais seriam "seres inferiores", daí o conceito de "especismo" como análogo ao de "racismo", o conhecido preconceito contra certas raças que foram consideradas inferiores no passado.

Tudo bem a ideia de que devemos tratar os animais com respeito e carinho e sem maus-tratos (eu pessoalmente gosto mais dos meus cachorros do que de muitas pessoas que conheço, e um deles é mais inteligente do que muita gente por aí), mas esta discussão quando toca as praias dos fanáticos puristas (essa praga que antes era limitada a crente religioso, mas hoje também se caracteriza por ser um ingrediente do fanatismo sem Deus de nossa época) é de encher o saco. Se um dia eles forem maioria, o mundo acaba.

O mundo não sobreviveria a uma praga de pessoas que não usam sapatos de couro porque os considera fruto da opressão capitalista contra os bichinhos inocentes.

Ainda bem que esta "seita verde" tende a passar com a idade, e aqueles que ainda permanecem nessa depois de mais velhos ou são hippies velhos que fazem bijuteria vagabunda em praças vazias (tem coisa mais feia do que um hippie velho?) ou são pessoas com tantos problemas psicológicos que esta pequena mania adolescente até desaparece no meio do resto de seus sofrimentos com a vida real.

Recentemente ouvi uma história hilária: alguém contra matar baratas porque não se deve matar nenhuma forma de vida. Risadas? É bom da próxima vez que alguém te convidar para ir na casa dela você checar se ela defende os direitos das baratas.

Nem Kafka foi tão longe ao apontar o ridículo de um homem que, ao se ver transformado num enorme inseto marrom, se preocupou primeiro com o fato de que iria perder o bonde e por isso perder o emprego.

Eu tenho uma regra na vida: quando alguém é mais ridículo do que alguns personagens do Kafka, eu evito esta pessoa.

Às vezes me pergunto o que faz uma pessoa razoável cair num delírio como esse. Como assim "não se deve matar nenhuma forma de vida"?

A pergunta é: essa moçadinha seguidora de uma mistura de filosofia singeriana aguada e budismo light (com pitadas de delírio) já olhou para natureza a sua volta?

A natureza é a maior destruidora de vidas na face da Terra. Ela mata sem pena fracos, pobres e oprimidos. A natureza é a maior "opressora" da face da Terra. E mais: normalmente essa moçadinha é bem narcisista e muito pouco solidária com gente de carne e osso.

Se todo mundo defender o direito da baratas, um dia vamos acordar com baratas na boca, nos ouvidos, na xícara do café da manhã. A mesma coisa: se não comermos os bois e as vacas, eles vão fazer uma manifestação na Paulista pedindo direito a pastos de graça ("os sem-pastos") para garantir a sobrevivência de seus milhões de cidadãos bovinos.

Pergunto a esses adoradores de baratas: ele já pensou que as alfaces também sofrem? ela já pensou que quando come uma alface está interrompendo toda uma vida feliz de fotossíntese? Que as alfaces também choram? Malvados e insensíveis...

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2013/09/1342503-a-etica-das-baratas.shtml

Re:Código Penal poderá incluir pena para quem abandonar animais
« Resposta #530 Online: Setembro 24, 2013, 12:18:20 am »
O blog adhominem mandou bem na resposta:

Sofrimento Animal
Postado por Joel Pinheiro
A preocupação com o bem estar animal merece consideração mais atenta do que a concedida por Luiz Felipe Pondé em “A Ética das Baratas” (Ilustrada, 16/09/2013). Ridículo ou não, há um problema mal-resolvido aí que nos desafia a encará-lo.

É complicado negar que o valor da vida humana seja superior à de outros animais. Ou então responda: num incêndio, um bombeiro que preferisse salvar dez ratos a salvar uma criança agiria corretamente? Não é preciso, contudo, condenar o “especismo” – o preferir pessoas a ratos – para se adotar uma posição vegana quanto à morte de animais; ou seja, para se negar a matá-los e a explorá-los.

Para muita gente no planeta, matar animais talvez seja questão de sobrevivência. Para indivíduos de classe média nos grandes centros urbanos (a maioria dos leitores deste blog), no entanto, o que está em jogo não é uma decisão entre vida humana e vida animal. A decisão é entre vida animal e pequenos prazeres humanos. Aí já fica mais difícil justificá-la.

Você estaria disposto a matar dezenas de animais de maneira cruel para usufruir de algumas horas de prazer? Se você frequenta churrascarias, sua resposta já é “sim”. A maioria prefere não pensar no assunto e esquecer que a picanha e o espetinho custaram vidas e causaram dor. Só que essas mesmas pessoas ficariam horrorizadas se um vizinho adotasse um lindo cachorrinho numa pet shop e, chegando em casa, jogasse-o na panela para preparar um ensopado. Tem algo aí que não fecha.

O sofrimento de porcos e bois num abatedouro está mais distante de nossos olhos e ouvidos do que o do cachorro do vizinho, mas é igualmente real. Sim, é verdade que, como afirma Pondé, a natureza “mata sem pena fracos, pobres e oprimidos”. Leões, pássaros e bactérias matam e continuarão matando sempre; não têm escolha. Nós temos. Podemos matar ou não matar. É por isso que a questão ética surge para nós e não para os leões. É correto causar sofrimento a outros seres? Em que casos? O que deve pesar mais: o prazer de comer um bife ou a agonia brutal do boi?

Dito isso, adianto que não sou vegano. Vou sem culpa a um churrasco, e estou preparado para defender minha posição. Nego que haja comensurabilidade entre o bem humano e o bem de animais não racionais, e posso mostrar os problemas conceituais e práticos que identifico no veganismo. Discordo dele, mas não posso dizer que seja ridículo. É uma posição honesta, que leva às últimas consequências uma intuição ética universal: não devemos causar sofrimento desnecessariamente. Fugir do assunto, ridicularizando quem tenta alcançar consistência entre ideias e modo de vida, é uma postura empobrecedora, especialmente quando vem de um filósofo.

Enquanto toda a sociedade busca empurrar para longe da consciência fatos que, se levantados, nos incomodariam profundamente, o filósofo deveria ser o primeiro a protestar e a suscitar a dura reflexão; independentemente da posição específica que venha a adotar.

Tomar consciência da quantidade de dor animal que vem embutida em nossas opções de consumo é coisa séria, e que muita gente evita. Uma vez conscientes, daí sim poderemos mudar essas opções ou, caso contrário, afirmar essa dor, agora de olhos abertos.

fonte: http://www.adhominem.com.br/

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Aumento de penas para casos de maus-tratos contra cães e gatos é tema de enquete
« Resposta #531 Online: Outubro 10, 2013, 01:12:55 pm »
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Aumento de penas para casos de maus-tratos contra cães e gatos é tema de enquete

Proposta prevê reclusão de três a cinco anos para quem provocar a morte desses animais.

A Câmara promove, a partir desta quarta-feira (9), enquete para avaliar se os cidadãos são favoráveis ou contrários ao aumento de penas no caso de atos contra a vida, a saúde ou a integridade física e mental de cães e gatos.

O aumento da pena está previsto no Projeto de Lei 2833/11, do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que está pronto para ser votado pelo Plenário da Câmara. Em setembro, os líderes dos partidos apresentaram requerimento de urgência para a inclusão da matéria na pauta.

A proposta que será analisada pelos parlamentares em Plenário é o texto aprovado no dia 2 de julho pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) com emenda do relator da matéria na comissão, deputado Márcio Macêdo (PT-SE). O parlamentar defendeu a aprovação da medida, mas abrandou algumas penas em comparação ao texto original.

Macêdo estabeleceu que a punição para quem provocar a morte de animais será de três a cinco anos de reclusão. O projeto do deputado Tripoli previa reclusão de cinco a oito anos. No caso de crime culposo, quando não há a intenção de matar, a pena ficou de detenção de três meses a um ano, além da multa. O projeto original previa, nesses casos, detenção de três a cinco anos.

Agravantes
Na hipótese de morte do animal, o texto a ser votado pelo Plenário também especifica como agravante o fato de o crime ter sido cometido com emprego de veneno, fogo, asfixia, espancamento, arrastamento, tortura ou outro meio cruel. Nesses casos, a pena passa a ser de seis a dez anos de reclusão. O projeto prevê ainda a aplicação da pena em dobro se o crime for cometido por duas ou mais pessoas ou pelo proprietário ou responsável pelo animal.

O texto estabelece punição também para os casos de abandono do cão ou do gato pelos seus responsáveis (detenção de três a cinco anos) ou ainda para a exposição do animal em situações que coloquem em risco sua integridade física (de dois a quatro anos). O mesmo período de detenção será aplicado no caso de falta de assistência ou socorro em vias e logradouros públicos ou propriedades privadas para grave e iminente perigo.

Nas hipóteses em que essas condutas causarem mutilação permanente do animal ou implicarem perda de membro, órgão, sentido ou função, a pena prevista será aumentada em 1/3.

Cestas básicas
Atualmente, a Lei de Crimes Ambientais (9605/88) prevê sanções penais e administrativas para condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, incluindo os animais. Mas a pena de detenção de três meses a um ano, com multa, no caso de maus-tratos ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados é considerada branda pelas organizações protetoras dos animais, já que na maioria das vezes essa detenção é substituída pelo pagamento de multa, convertida em cestas básicas.

E você? É a favor ou contra o aumento das penas no caso de maus-tratos contra cães e gatos? Participe da enquete e deixe seu comentário no espaço abaixo.

Íntegra da proposta: PL-2833/2011

Da Redação - RCA

Fonte: Agência Câmara Notícias
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Câmara promove videochat sobre maus-tratos a cães e gatos
« Resposta #532 Online: Outubro 14, 2013, 09:08:55 pm »
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Câmara promove videochat sobre maus-tratos a cães e gatos

Proposta prevê prisão de três a cinco anos para quem matar esses animais.

A Coordenação de Participação Popular da Câmara promove nesta terça-feira (15) um videochat com o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) sobre maus-tratos contra animais. Tripoli é autor do Projeto de Lei 2833/11, que aumenta as penas para quem maltratar cães e gatos.

Qualquer pessoa poderá participar do debate, que ocorrerá das 11 às 12 horas. Basta clicar no link do videochat que estará disponível na página do Câmara Notícias ou encaminhar perguntas para o Disque Câmara (0800 619 619).

Ricardo Tripoli ficará na bancada da TV Câmara com um apresentador, que receberá as perguntas via internet e as repassará ao vivo para o deputado.

Pronto para votar
O PL 2833/11 está pronto para ser votado pelo Plenário da Câmara. “Eu espero, nas próximas semanas, termos aprovado um projeto dessa dimensão. A proposta atende à maioria da população brasileira que espera ver reparados os direitos dos animais, que sentem dor, frio e calor como qualquer ser vivo”, afirma Ricardo Tripoli.

A proposta que será analisada é o texto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) com alterações feitas pelo relator, deputado Márcio Macêdo (PT-SE). As modificações abrandaram algumas penas previstas no texto original.
Conforme o texto aprovado pela CCJ, a punição para quem matar cão ou gato será de três a cinco anos de reclusão. O projeto do deputado Tripoli previa reclusão de cinco a oito anos.

No caso de crime culposo, quando não há a intenção de matar, a pena aprovada na CCJ foi detenção de três meses a um ano, além da multa. O projeto original previa, nesses casos, detenção de três a cinco anos.

Agravantes
Na hipótese de morte do animal, o texto a ser votado pelo Plenário também especifica como agravante o fato de o crime ter sido cometido com emprego de veneno, fogo, asfixia, espancamento, arrastamento, tortura ou outro meio cruel. Nesses casos, a pena seria de seis a dez anos de reclusão.
Entre outros pontos, o texto estabelece ainda punição para os casos de abandono do cão ou do gato pelos seus responsáveis (detenção de três a cinco anos) ou ainda para a exposição do animal em situações que coloquem em risco sua integridade física (detenção de dois a quatro anos).

Atualmente, a Lei de Crimes Ambientais (9.605/88) prevê sanções penais e administrativas para condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, incluindo os animais. Mas a pena de detenção de três meses a um ano, com multa, no caso de maus-tratos ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados é considerada branda pelas organizações protetoras dos animais, já que na maioria das vezes essa detenção é substituída pelo pagamento de multa ou convertida em cestas básicas.

Outros animais
O coordenador da Frente Parlamentar do Congresso em Defesa dos Direitos Animais, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), elogia o projeto de Tripoli, mas defende a inclusão na lei da proteção de todos os animais, não apenas de cães e gatos. Na avaliação de Izar, é preciso ainda definir no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) o que seriam os maus-tratos contra animais. “Hoje, o grande problema é que não existe uma tipificação. Fica a critério do juiz”, observa Izar.
O autor da proposta, Ricardo Tripoli, lembra que outras matérias em análise na Câmara, como o Código Federal de Bem-Estar Animal (PL 215/07), de sua autoria, tratam da proteção a outros animais, como os de produção e os de circo. Ele acredita, no entanto, que em um primeiro momento é preciso tratar de cães e gatos, que são maioria nas residências brasileiras. Trata-se, segundo ele, de uma demanda emergencial, e fazer a modificação no Código Penal levaria mais tempo.

Íntegra da proposta: PL-2833/2011

Reportagem – Noéli Nobre
Edição - Natalia Doederlein

Fonte: Agência Câmara Notícias

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deputado afirma que punir maus-tratos a cães e gatos é passo inicial
« Resposta #533 Online: Outubro 16, 2013, 10:32:02 am »
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Em videochat, deputado afirma que punir maus-tratos a cães e gatos é passo inicial

Ricardo Tripoli conversou com internautas sobre seu projeto que estabelece penas para quem comete violência contra animais domésticos.

Em videochat sobre maus-tratos contra animais, promovido na manhã desta terça-feira pela Coordenação de Participação Popular da Câmara, o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) afirmou que a aprovação do Projeto de Lei 2833/11, que aumenta as penas para quem maltratar cães e gatos, será apenas um primeiro passo.

Questionado pelos internautas sobre a proteção a outros animais, Tripoli ressaltou que, neste primeiro momento, quer trazer à discussão o problema com os animais domésticos, para sensibilizar a população e, em seguida, estender o debate para os maus-tratos a animais silvestres e outros, como os de circos.

Além de ser autor do PL 2833/11, o deputado destacou que apresentou em 2007 outra proposta, o Projeto de Lei 215/07, que institui o Código Federal de Bem-Estar Animal, baseado no código estadual de São Paulo. A proposta estabelece normas para as atividades de controle populacional e de zoonoses, experimentação científica e criação. No entanto, afirmou Tripoli, até hoje as lideranças não indicaram representantes para a instalação da comissão especial que deverá analisar o projeto.
Já o PL 2833/11 está pronto para ser votado pelo Plenário da Câmara. A proposta que será analisada é o texto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), com alterações feitas pelo relator, deputado Márcio Macêdo (PT-SE).

Reclusão até cinco anos
Conforme o texto aprovado pela CCJ, a punição para quem matar cão ou gato será de três a cinco anos de reclusão. O projeto do deputado Tripoli previa reclusão de cinco a oito anos.

No caso de crime culposo, quando não há a intenção de matar, a pena aprovada na CCJ foi detenção de três meses a um ano, além da multa – o projeto original previa, nesses casos, detenção de três a cinco anos. Essa seria a punição, por exemplo, a uma pessoa que acidentalmente matasse um cão ou gato ao dar marcha a ré no carro, como explicou Tripoli a Bruna, que enviou sua pergunta pelo Disque Câmara (0800 619 619).

Apesar das reduções de penas aprovadas na CCJ, o deputado acredita que o texto original pode ser recuperado na votação no Plenário, e lembrou ainda que foram mantidos agravantes como o que prevê reclusão de seis a dez anos se o animal for morto com emprego de veneno, fogo, asfixia, espancamento, arrastadura, tortura ou outro meio cruel.

Além disso, o deputado destacou que, nos casos de crime doloso, o projeto estabelece a reclusão, que pode levar à prisão em regime fechado e é mais rigorosa que a detenção, que leva apenas ao regime aberto ou semiaberto.

Legislação branda
Tripoli acredita que uma legislação específica dará maiòr credibilidade às pessoas que defendem os animais. Ele afirmou que é preciso conscientizar a todos de que, ao adotar um cão ou gato, “você não está adotando um produto ou um brinquedo, vai ter que cuidar dele”. Ele ressaltou que é muito comum, por exemplo, que as pessoas comprem um animal pequeno, levem-no para um apartamento e, quando ele cresce e fica muito grande para o espaço, soltem-no na rua.

Em sua avaliação, a lei hoje é muito branda, além de não tipificar a agressividade contra animais – atualmente, a Lei de Crimes Ambientais (9.605/88) prevê sanções penais e administrativas para condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, incluindo os animais, com pena de detenção de três meses a um ano, com multa, no caso de maus-tratos ou mutilação de animais silvestres, domésticos ou domesticados (na maioria das vezes, acaba substituída pelo pagamento de multa ou convertida em cestas básicas).

Tripoli considera que “a sofisticação hoje é de uma crueldade impressionante” nos maus-tratos a animais. Ele cita o caso de orientais que tinham três restaurantes no bairro de Bom Retiro, em São Paulo, e serviam a carne de cães e gatos mortos em matadouros no interior. Segundo o deputado, a pele dos animais era retirada com eles ainda vivos, com um maçarico, depois de levarem uma pancada na cabeça para ficarem inconscientes. Tripoli disse que três pessoas que estavam no País em situação ilegal foram extraditadas, e duas acabaram condenadas por formação de quadrilha. Para ele, se seu projeto for aprovado, “as pessoas vão pensar duas vezes antes de cometer essas barbáries”.

Você concorda com o projeto de Tripoli? Vote em nossa enquete.

Para acompanhar a discussão completa, assista à íntegra do vídeochat.

Íntegra da proposta: PL-215/2007, PL-2833/2011

Reportagem – Marcos Rossi
Edição – Dourivan Lima

Fonte: Agência Câmara Notícias
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Advogado nega denúncia de maus-tratos a cães no Instituto Royal, mas é vaiado
« Resposta #534 Online: Outubro 30, 2013, 06:50:35 am »
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Advogado nega denúncia de maus-tratos a cães no Instituto Royal, mas é vaiado em audiência.

Em um plenário cheio de ativistas que defendem a causa animal, o advogado do Instituto Royal, Alexandre Serafim, negou as denúncias de maus-tratos aos cães usados nas pesquisas científicas realizadas pela entidade. Alexandre Serafim participou, nesta terça-feira (29), de audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados na qual o assunto foi debatido.

Na madrugada de 18 de outubro, um grupo de ativistas invadiu o Instituto Royal, localizado em São Roque, no interior paulista, e retirou 178 cães da raça beagle que estavam sendo usados em testes científicos.

Vaiado diversas vezes, o advogado do Instituto Royal afirmou que todas as pesquisas com animais feitas pela entidade têm base legal.

Alexandre Serafim também lembrou que o instituto tem certificado do Conselho de Controle de Experimentação Animal (Concea) para poder atuar, "As denúncias de maus-tratos são infundadas. Os cães se encontram em ambientes adequados. O instituto dispõe de todas as licenças e autorizações para funcionar como manejo de animais. Os animais que ficam nas dependências do instituto têm tratamento adequado, até porque, como foi mencionado pelo representante do Concea, não se consegue chegar a bom termo nas pesquisas se os animais não estiverem em condições absolutamente regulares de tratamento com relação a peso, idade. Até circunstâncias de umidade são controladas dentro do instituto."
Inspeção
O advogado da entidade também ressaltou que o Instituto Royal foi inspecionado neste ano a pedido do Ministério Público. Segundo Alexandre Serafim, um biólogo designado pelo Ministério Público verificou o estado de saúde dos animais e constatou que gozavam de boa saúde, além de não aparentarem ter sofrido abusos e maus-tratos.

A presidente da União Internacional Protetora dos Animais, Vanice Orlandi, rebateu as declarações do advogado. Segundo ela, quando o biólogo e o veterinário designados pelo Ministério Público chegaram ao pátio externo do laboratório, sentiram um forte cheiro e acharam que vinha de cadáveres - mas eram, na verdade, as fezes dos cães. A ativista ressaltou que os animais se alimentavam e dormiam sobre as próprias fezes.

Vanice Orlandi levantou dúvidas sobre as informações que constam no inquérito civil aberto pelo Ministério Público. "Por enquanto, com base naquele inquérito civil, não tem como se concluir muita coisa, porque as visitas foram previamente agendadas - o que descaracterizou muito. Os dois profissionais que visitaram o instituto não presenciaram como é feita a experimentação em si.”

A dirigente alegou que muito do que está no relatório tem como base o que foi dito por funcionários para os profissionais: “‘Ah, eles saem para tomar sol, ar? Ele saem para tomar sol.' Quer dizer, eles não viram. Eles não puderam constatar que o animal sai para tomar sol nem nada. Mas há relato, por exemplo, de um ex-funcionário que diz que os animais, os machos, jamais saíram para tomar sol. Nunca viram a luz do dia."

Incineração de carcaças
O relator da comissão externa criada pela Câmara para investigar o caso do Instituto Royal, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), foi também o autor do pedido para a realização da audiência pública. Ele afirmou que tem recebido diversos documentos relacionados à entidade, alguns, inclusive, sem identificação de quem enviou.

Um deles, segundo Ricardo Tripoli, é uma solicitação feita pelo instituto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente para incinerar aproximadamente duas toneladas e meia de carcaças de animais por ano. "Ou seja, eles estavam levando os animais a óbito. Tem um documento que comprova que eles estavam testando agrotóxico e, depois de 90 dias, eles matavam o animal para depois fazer o estudo para saber qual foi o impacto do agrotóxico na vida desse animal."

Ricardo Tripoli declarou que os animais estavam sofrendo no Instituto Royal. O deputado também defendeu a ação dos ativistas que retiraram os 178 beagles da entidade. Na opinião do parlamentar, eles são pacifistas por natureza.

Tripoli acredita que atos de vandalismo no instituto não foram realizados pelos ativistas e sim por "um grupo que não tinha nada a ver" com os defensores dos animais.

Íntegra da proposta: PL-2177/2011

Reportagem - Renata Tôrres
Edição – Regina Céli Assumpção

Fonte: Agência Câmara Notícias
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Deputados e manifestantes pedem abertura de CPI sobre maus-tratos a animais
« Resposta #535 Online: Novembro 20, 2013, 11:00:40 pm »
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Deputados e manifestantes pedem abertura de CPI sobre maus-tratos a animais

Com cartazes, fantasias, autofalantes e até cachorros de verdade, ativistas em defesa dos animais promoveram uma manifestação pacífica na tarde desta quarta-feira (20) em frente ao anexo 2 da Câmara dos Deputados. A mobilização, organizada por meio das redes sociais, estava prevista para ocorrer também em mais de 32 cidades brasileiras.

O principal objetivo do movimento é pedir a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar casos de maus-tratos a animais, além de exigir penas mais rígidas para quem comete esse crime.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Animais, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), vestindo a camisa do evento, entregou ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, documento com as assinaturas de todos os líderes da Casa em prol da CPI.

Segundo Izar, o presidente se comprometeu a colocar o Projeto de Resolução (PRC) 204/13, que prevê a criação da CPI, na pauta da próxima terça-feira (26) para ser votado com urgência. “Instaurar uma CPI será a forma mais rápida de abranger vários temas de maus-tratos aos animais de uma só vez. A luta já dura três anos, mas está chegando ao fim”, disse Izar, autor do PRC.

Mais assinaturas
O coordenador da ONG Cruelty-Free International no Brasil, Frank Alarcón, também participou da reunião com Henrique Alves e o entregou mais de 100 mil assinaturas de brasileiros pelo fim do uso de animais em testes de produtos cosméticos.
Alarcón ressaltou que outros países já abraçaram a causa e que as assinaturas ajudarão na instauração da CPI. “O Brasil tem plena condição de abolir o uso dos animais [nas pesquisas], porém está andando devagar. O Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (Bracvam) não está operante, o que é um dos grandes obstáculos para a mudança”, declarou.

Izar lembrou que hoje, no Brasil, 5% dos centros de pesquisa ainda usam animais para testar cosméticos. Isso, na avaliação dele, deixa o País atrasado moral e mercadologicamente, porque a Europa não aceita exportação de produtos testados em bichos.

Políticas públicas
Caso seja instalada, serão discutidas na CPI políticas públicas, como o controle populacional e de zoonoses, maximização das penas de maus-tratos, além de mudanças no Código Civil (Lei 10.406/02). Para Izar, a legislação vigente trata os animais como coisa e não como sujeito de direitos.

Também estiveram presentes na manifestação, defendendo a causa e a criação de políticas públicas, entre outros, os deputados Acelino Popó (PRB-BA) e Marcos Montes (PSD-MG). Segundo a organizadora do evento em Brasília, a estudante Bárbara Ferreira, 200 pessoas haviam confirmado, pelas redes sociais, a participação no ato na Câmara.

Íntegra da proposta: PRC-204/2013

Da Redação – MO
Colaboração – Caroline Pompeu

Fonte: Agência Câmara Notícias
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Meio Ambiente aprova proibição de filme pornográfico com animal
« Resposta #536 Online: Julho 02, 2014, 11:18:19 pm »
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Meio Ambiente aprova proibição de filme pornográfico com animal

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou hoje (2) o Projeto de Lei 6267/13, do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que proíbe a produção, a comercialização, a exibição e a circulação de filmes pornográficos com animais. A proposta procura coibir a prática da zoofilia, ou sexo com animais.

O relator na comissão, deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), defendeu a aprovação da medida. Ele ressaltou que vários países, como Alemanha, França, Suíça e Holanda, têm proibido o sexo com bichos. “Não nos parece correto submeter os animais a práticas de zoofilia, permitindo que sejam violados sexualmente, para fins comerciais de entretenimento”, afirmou.

Bornier retirou da proposta a vinculação do valor da multa a ser paga pelo infrator a partir da gravidade do ato contra o animal e do lucro com o filme. Pelo texto aprovado, o valor será definido a critério do juiz.

Além da multa, quem for pego comercializando esses filmes terá pena de três meses a um ano de detenção, aumentada de 1/6 a 1/3. Atualmente, a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) prevê essa punição para o abuso ou maus-tratos seguido da morte do bicho.

Tramitação
A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o Plenário.

Íntegra da proposta: PL-6267/2013

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira

Fonte: Agência Câmara Notícias
"Sonhos são o que temos." Jojen Reed