Só eu que acho que esse tópico podia ser unido ao de religião?
Não é o único.
Depende. Você afirma que a manutenção das liberdades individuais deve ser uma guia para decisões dos governantes, não? Deus poderia retirar (ou melhor, não dar) o livre arbítrio, garantindo que nenhum ser humano fizesse o mal. Mas nesse caso Ele é que estaria sendo mau, por negar a liberdade ao ser humano.
Eu defendo as liberdades individuais porque pressuponho um universo basicamente impessoal e onde nada nos espera no post-mortem. Agora, se o que está em jogo é o
destino eterno de uma pessoa/alma, a liberdade não tem o menor valor comparado a isso. Aliás, nenhuma experiência humana (que é limitada e temporal) tem valor se comparada a uma eternidade de dissabores ou felicidade.
Eu não vejo incompatibilidade entre o Bom, Onipotente e Onisciente.
Então você não viu o bastante sobre a Teogonia. Existe um ótimo motivo porque ele não teve nenhuma resolução em uns 400 anos.
Ele vê que o mal está sendo feito, pode eliminar esse mal se quiser, mas não o faz. Para qualquer imediatista isso pode parecer prova que ele não é bom, mas pra mim apenas é sinal de que para deus "os fins justificam os meios" (pensamento muito comum entre seus seguidores, pelo visto). O mal que as pessoas sofrem hoje é insignificante perto da eternidade de paz e boa-venturança que terão no pós-vida.
Ou ele poderia não permitir a existência do Mal, algo completamente dentro das possibilidades do Grande Javé.
Aliás, outro ponto curioso é que se você quer defender a bondade e boas disposição divina, você não só tem que assumir que esse universo que vivemos não é só o melhor dos universo possíveis, quanto o melhor dos universos imagináveis. Qualquer coisa inferior a isso mostra que o Big J simplesmente não se importava tanto assim com as criaturas que ele amava e fez a sua imagem e semelhança.
PS: E note que esses sequer são argumentos anti-Deus. São contra uma concepção muito específica dele.