Minhas considerações:Antes de mais nada, eu queria reconhecer que balanceei mal este jogo.
Eu havia planejado dois setups: um para 18 jogadores (desde o ano passado) e um com 12. Como se inscreveram 15, fiz algumas adaptações, mas errei na mão no número de mafiosos: 5 mafiosos mais o SK ficou exagerado.
Meus jogos sempre são mais difíceis para a cidade, mas esse ficou um bastante desproporcional. Penso que deveria ter tirado o SK, ou, no mínimo, um mafioso.
Eu não gosto do poder de policial. Acho que muitas máfias ficaram mornas com o policial que acabava levando tudo nas costas e todo mundo dependendo dele. Mas coloco na cidade poderes investigativos, ainda que não tão diretos, como oráculo, ladrão e covarde (que pode ser um investigador, se bem usado). Só que ladrão e covarde estavam como bônus de cenário.
Enfim, peço que desculpem esse desbalanceamento a favor da máfia que encerrou o jogo precocemente.
Eu cometi um outro erro, mas esse pude consertar no jogo. Eu troquei os personagens de Mog e Thales.
Quando o Mog foi morto que eu vi, mas o Thales assumiu o personagem do Conde Trócero e isso não comprometeu o jogo.
Entretanto...Apesar de estar desbalanceado, acho que a Cidade cometeu os mesmos erros que tornaram as máfias repetitivas e monótonas.
Eu fiz uma descrição mínima dos personagens para incitar os jogadores a pesquisar. Não coloquei nem fotos como gosto. O livro não contém muitos contos e pedir personagem era uma arma à disposição. Não eram muitos os personagens possíveis.
O primeiro dia foi bem apático. Eu concordo sempre em linchar inativo, mas o Madrüga estava certo: a máfia se escondeu nisso para deixar o dia passar e a cortina de fumaça pegou.
O segundo dia foi uma pequena pressão no próprio Madrüga que adiantou coisas do seu personagem sem revelá-lo ainda (e era um personagem fortíssimo para quem pesquisasse) e depois se perdeu todo o dia na espera da Ielena, que não voltou a logar (me mandou depois uma mp, justificando sua ausência, que não foi proposital). O segundo dia, para mim, foi pior que o primeiro.
E aí, a dependência que recaiu sobre o Mog, passou para o kinn, que, inicialmente, teve interpretações erradas sobre os contos do livro. O personagem do Thales era fortíssimo. Quando Conan foi vencido, o Conde Trócero se manteve fiel e o ajudou a reconquistar o reino. Ele aparece logo no primeiro conto. É preciso tomar cuidado, pois o universo de Conan, muitos personagens são aliados circunstanciais. Por isso limitei aos contos de um livro como fiz na primeira máfia Conan.
Eu não entendi também o porquê da Manu bloquear a Noara na segunda noite. Ela ia morrer de toda forma, pois foi alvo do SK, mas a Noara era claramente cidadã.
O personagem alegado por Rafa era forte, mas era do mesmo conto do Ivanos. Gostei aqui de ver que houve desconfiança e discussão. O personagem alegado por Samita era mais fraco e do mesmo conto de Murilo, mas a observação do kinn está toda errada! Murilo contratou Conan para matar o sacerdote Nabonidus e acaba o ajudando no conto. Áthicus foi preso antes de poder fazer sua parte no acordo para libertar Conan, mas não era contra o cimério e nem foi morto por ele.
Apesar de tudo...Bem, apesar do desbalanceamento e da leniência da cidade, acho que foi um bom “aquecimento” para o retorno das máfias. Queria cumprimentar a Noara por se manter entusiasmada e ajudar a animar a turma.
Acho que todos tiramos a “ferrugem” e podemos voltar a nos divertir.
Já vou anunciar minha próxima máfia, que será bem cômica:
A Máfia dos grandes erros das máfias da Spell.Prometo estar afiado até lá, para não atrapalhar nada como narrador.
No mais, parabéns aos mafiosos. Tiveram facilidade, mas jogaram muito bem.
Já posto as ações noturnas e as mp´s, assim como todos os bônus do cenário.