Então!
Quero começar dizendo que estou feliz pois, com exceção do comentário a respeito de aumentar o limite pra 250 palavras, não foram questionadas nenhuma das decisões que eu assentei no segundo post. Perfeito! Vou assumir daí que todos concordam comigo.
Em segundo lugar, sinto que essa discussão se desenrolou graças ao interesse de dois de meus jogadores em termos a melhor partida possível. Ambos se basearam nos seus interesses com relação ao que é divertido para que uma enciclopédia tenha, o que faz sentido que ela tenha, o que é razoável. Como já mencionado antes: não existem
formas erradas. Cada sistema de regras vai fomentar diferentes resultados, e é nesse ponto que as regras de todo jogo ficam arbitrárias. É uma questão de escolher entre duas ou mais opções onde nenhuma delas é certa (inclusive, senti que algumas coisas do que foram ditas poderiam ser usadas na criação de excelentes variantes para o Lexicon. A ideia do Hades de se manter uma ordem cronológica, por exemplo, com algumas regras mais poderia dar uma variante curiosa...)
Vamos então às questões penosas? Minhas palavras abaixo são a minha concepção do que melhor alimenta os três desafios que já expus como sendo, sempre, na minha opinião, a base do
Lexicon.
Sobre
citações de outras enciclopédias: enquanto a citação for usada somente como clarificação de um termo ou palavra existente fora dos nossos universos, acho que é só uma questão de praticidade. No fim das contas, quando um erudito usa uma expressão ou palavra que eu não conheço, pode ter certeza que vou na wikipédia olhar. Criar o link para mim só facilita, e faz da enciclopédia, na minha opinião, uma enciclopédia
melhor (Desafio 1). Gostaria, contudo, que essas citações fossem restritas a fontes assim oficiais. Por exemplo, se eu, para clarificar um conceito, crio uma imagem com 400 palavras (na imagem!), subo para um site meu e uso como referência, sinto que rolou um leve abuso do Desafio 2. Como é de praxe, manda o bom senso. Citações a outras lexicopédias devem ser realizadas de acordo com o concordado pelo grupo para a partida. Nessa nossa enciclopédia atual (a segunda), foram especificadas regras para tal. Nesse caso, não há discussão: vale o que foi previamente acordado. Inclusive, vale lembrar que essa regra foi estipulada num intuito específico, o objetivo de diminuir a barreira de entrada para novos jogadores.
Sobre
auto-citações: mantenhamos as restrições a respeito de auto-citações. Essas regras já são bem laxas. De certa forma, é
possível se citar, na atual interpretação das regras, desde que você
tenha citado pelo menos outro erudito na mesma entrada. É claro que podem existir circunstâncias onde dar continuidade ao trabalho de outro verbete seu é natural. Mas essa regra é sacana mesmo: existe para potencializar o Desafio 3 do Lexicon. Faz parte da brincadeira.
Sobre
corretude e
consistência: as regras assumem que sim, que a palavra de um erudito é lei. Quanto mais consistente for a enciclopédia,
melhor. Mas isso é
difícil! Acho que uma partida de
Lexicon tem que ser cozinhada com uma pitada de "salve-se quem puder" com relação a isso. Eu mesmo gerei uma breve discussão na nossa anterior e primeira lexicopédia. Achei que valia a pena, pois era uma questão grande, na minha opinião como jogador: quem havia ganho a guerra que batizava a enciclopédia? Acho que esse deve ser o critério: para grandes questões, pode-se gerar uma discussão (quanto mais cedo, melhor!). Deve-se fazer vista grossa quanto a questões menores, pontuais: como um juiz de futebol que deixar passar umas faltas para manter o jogo rolando.
Por fim, mas não menos importante... sobre
essas discussões: discussões sempre haverão, e são saudáveis. Criei esse tópico para isso. Sei também que estamos em um momento formativo da nossa comunidade lexicômana, posterior a uma crescida brusca no número de jogadores. Contudo, tentemos ser mais breves nelas. Acho que é possível!
Aposto que já escrevemos de assuntos metajogo, em volume, o suficiente para algumas rodadas de entradas. Preciso dizer mais?