Certo. Mas é meio desleal, porque você é muitos
Como é de se imaginar, o jogo é baseado no RPG da White Wolf, mas aproveita os conceitos práticos ao invés das filosofias (é um jogo de porrada, não de conversa). Cada personagem é baseado em um arquétipo de caçador, o que limita os poderes que ganham com o passar do jogo. É possível mudar o personagem entre as missões (já que os personagens no "banco de reserva" evoluem mais devagar), então é uma boa para manter todos equilibrados, já que em certas fases alguns são melhores que outros.
Esse jogo tem uma estranheza: é RPG de ação, mas os controles são de FPS (talvez fosse a intenção em um estágio de desenvolvimento): a alavanca esquerda controla o movimento e a direita a "mira", isso é, para que lado você vai atacar; inclusive, é possível fazer o "side walk" típico dos jogo de tiro. Pular, atacar/atirar e ativar poderes são feitos nos botões L/R. Particularmente, eu acho que foi isso que faltou no jogo anterior que eu postei, o Brotherhood of Steel.
O combate também tem "pesos diferentes": cada boneco tem um ritmo de golpear, e uma arma de fogo básica, além de variar na precisão dos tiros. Nota que os personagens dão "passos de ajuste" entre os golpes, e é possível mudar a direção durante os combos, sendo bom dominar isso ao seu favor:
> A policial (essa linda da foto
) usa uma katana e é a combatente equilibrada, mas a
elephant gun dela faz um estrago;
> A japinha usa duas foices ou duas pistolas, é bem ligeira e certeira, recomendada pra quem gosta de esmagar botão. Mas também é a mais frágil, exige movimento constante para não apanhar;
> O motoqueiro tem um machadão e uma escopeta. Ataca mais devagar, por isso se beneficia de posicionamento e usa power attacks pra manter os inimigos sempre à distância segura;
> O padre é o "mago": é melhor atirando (ele tem uma besta
) e usando poderes e físico de frango, mas tem uma espada/cruz se a coisa apertar.
> Tem outros caçadores que são habilitados conforme se avança no jogo, mas não cheguei a jogar direito com eles.
O esquema de recuperar vida e magia é igual à God of War: inimigos soltam bolinhas das cores respectivas quando morrem; existem também glifos no hão encontrados esporadicamente, que dão vida, energia e XP.
A munição é meio limitada, já que inimigos não usam armas de fogo, mas tem uma boa quantidade espalhada pelas fases. Eu não lembro bem, mas armas de fogo que não são usadas ficam em um cache no fim da missão, e você só pode escolher algumas delas pra missão seguinte. Elas se dividem em tipos, como pistola/revolver, metralhadora, explosivo...
O legal é que você encontra itens durante as fases que dão novas roupas e explicam a ambientação do jogo, que pode ser acessada no refúgio (um quarto de hotel). Destaque pra atmosfera deprê bem anos 90, com ambientes urbanos decadentes, gravações em VHS, monitor/TV de tubo, internet de layout horrível e o
sense of doom de virada de década/século característico. As lutas com chefes são bem legais (e os chefes bem fdps), e os inimigos são dignos de filme B
O jogo faz parte de uma trilogia: começou no Xbox e Gamecube (joguei essa versão), teve o capítulo do meio (
Wayward) exclusivo pra PS2, e voltou pro Xbox no último (
Redeemer), que não joguei.
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Ah, e de certa forma, esse jogo é um" sucessor espiritual" pra Zombies Ate My Neighbors