Bom dia, pessoas
Em primeiro lugar desculpa porque eu só vi o convite para vir postar aqui hoje
Em segundo lugar vamos lá...
Existe uma diferença muito grande entre pagar para "mestres profissionais", ganhando brindes desinteressantes que na verdade só servem para fazer propaganda do tal grupo de mestres profissionais (vide camiseta da empresa que está cobrando para mestrar), e pagar para poder usar o espaço num horário em que o mesmo estaria fechado (caso do corujão com cobrança de consumação).
Abrir uma loja durante a noite significa ter custos extras de água e energia elétrica, além do óbvio pagamento de horas extras para os funcionários. Cobrança em consumação, mantendo os preços normais da loja e da lanchonete, é uma forma justa de cobrir esses gastos.
Sejamos realistas: toda loja vive do que se compra nela. Se você está indo jogar e sequer consome, a loja vai acabar fechando as portas para você ou falindo.
Tínhamos aqui em São Paulo até o fim do ano passado um Bob's na Av. Paulista que permitia os jogos de RPG. É uma loja enorme, com muitas muitas mesas, e que nunca lotava exceto quando era invadida por encontros de DS ou de fãs histéricas de alguma coisa coreana ou japonesa.
Aí a loja foi vendida, e o dono novo proibiu o RPG lá, alegando que o tempo que as mesas ficam ocupadas não é compatível com o consumo. Direito dele se quer ter mesas vazias sempre vazias, é uma lanchonete particular, não é um lugar público.
Mas uma loja "nerd" não vende toneladas de milk shake de ovomaltine pra continuar existindo se as pessoas que a frequentam e ocupam as suas mesas não consumirem lá, seja na lanchonete da loja, seja comprando os produtos dela. Então acho o pagamento de consumação pelo uso do espaço fora do horário normal mais do que justo.
Agora vem um grupo de mestres profissionais para ganhar dinheiro usando a propriedade intelectual de outra pessoa. Poucos são os RPGs com licença de uso comercial para os seus
cenários, embora se possa explorar comercialmente alguns sistemas.
Os grupos de mestres licenciados pelas respectivas editoras tem autorização das mesmas para utilização dos cenários em eventos e exibições públicas, por isso podem fazer e participar de eventos temáticos. Mas mesmo eles, como qualquer pessoa que respeita leis, precisariam de autorização formal para a exploração comercial desse conteúdo.
No caso do RPG, as editoras querem mais é que todo mundo mestre em locais públicos para que isso funcione como propaganda do produto. Mas duvido que sejam coniventes com a exploração comercial sem o pagamento desses direitos a eles. Então, tem de ver se esses mestres profissionais estão narrando em cenários próprios, que eles podem explorar comercialmente, ou se estão incorrendo em plágio ou mesmo exploração descarada e não autorizada da criação de outro.