-RuneQuest vai ter uma nova edição, focada em Glorantha e pelo jeito ele voltou a ser o sistema oficial do cenário;
Uai?! Vai dividir o cenário com o 13th Age? Como se a história da publicação de RuneQuest já não fosse aquela bagunça...
Tradicionalmente RuneQuest sempre foi o sistema de Glorantha. Durante algum tempo HeroQuest tomou esse lugar, mas agora eles estão voltando ao que sempre foi.
-The Witcher RPG
Sistema próprio?
Fuzion.
Esse é um assunto complicado, longo e que eu posso entrar em detalhes, mas preferi não falar muito pra não desvirtuar a conversa;
Por mim, pode falar aí, se quiser. Estou sem tempo para acompanhar o que esta acontencendo no universo Hasbro/WotC/DnD e seria bom ter um panorama geral do negócio.
Vamos lá. Entenda que tudo que vou comentar agora é com base em informações de entrevistas, anúncios e informes.
A intenção era tornar a 4e do D&D num produto carro-chefe da WotC, no mesmo nível de Magic. Isso porque a Hasbro mudou a forma de classificar os produtos internamente e repassou esse modelo para as subsidiárias.
Entretanto, RPG não vende bem assim. Todas as edições de D&D nas mãos da WotC venderam bem, mas nenhuma vende tão bem assim a ponto de ficar na marca que eles precisariam pra tornar o D&D um produto carro-chefe. Então o que eles fizeram nesse caso? Passaram a focar na marca. O tabletop pode não vender bem, mas a marca D&D tem um reconhecimento bem grande e pode ser usada pra vender muita coisa.
Então o que tem sido feito hoje em dia é investir na marca e tudo que ela pode gerar. Por isso o filme, por isso o novo MMO, por isso o foco em várias linhas de produto em vez de ter o tabletop como base e as outras como secundárias.
E por isso não anunciar nada importante na Gen Con também. A PAX tem uma cobertura maior de blogs e sites de videogames e entretenimento, além de maior abrangência em termos de produtos tratados (vai de videogame a jogo de tabuleiro), enquanto a Gen Con tipicamente só aparece em blogs de jogadores, alguns sites importantes de RPG e não gera tanta repercussão. E como o foco não é mais o tabletop mas a marca e todos os produtos que eles podem lançar com ela, faz mais sentido usar como evento principal do ano aquele que é mais abrangente em termos de produtos e gera maior número de notícias em sites grandes de informações voltados a entretenimento.
E por isso também a produção lenta de suplementos pro RPG, o caráter mais tradicional nas regras, o playtest de dois anos, etc. e etc. Não existe mais aquela quantidade de recursos para investir no tabletop como existia em edições anteriores, então eles são obrigados a fazer as coisas de maneira mais devagar.
A participação do D&D esse ano na Gen Con foi inexistente fora das mesas de jogo e a presença dos funcionários. Não houve anúncios, palestras, nada. NADA. E isso nunca tinha acontecido desde que a WotC comprou o D&D.