Inspirado num tuíte da WotC, resolvi ampliar a questão: e aí, qual seu primeiro personagem num jogo de RPG? E o que mudou mais significativamente  para você de lá para cá ao criar novos personagens?

Respondendo a pergunta do tópico: meu primeiro personagem era um drow paladino com uma foice -- eu tinha uns 15 anos, ok? Nunca havia jogado RPG mais by the book*, peguei o  livro do cenário de Forgotten Realms da 3.X, o mundo onde iríamos jogar, e depois o Livro do Jogador de DnD, 3.0 ainda. Na hora, eu pensei que ia ser legal um drow paladino. (Detalhe, não conhecia o Drizzt e sua fama). O mestre ficou meio reticente, mas a contragosto aceitou o personagem. No fim, ele durou poucas sessões: o ajuste de nível e a falta de sinergia acabaram minando o gosto por ele. Acabei fazendo um re-skin e transformei num drow feiticeiro (que também não foi muito pra frente, aliás).

Depois de quase 10 anos jogando RPG, acho que o que mais mudou pra mim na hora de fazer um personagem é saber quão efetivo ele é. Não pra ser o fodão-powergamer, mas não consigo jogar com personagens propositalmente limitados por escolhas ruins. Tavelz a experiência de jogar com conjuradores e raças com ajuste de nível tenha influenciado nisso.



 *Antes disso só havia experimentado "RPG" uma vez,  um free-form porra louca de AD&D (acho) quando tinhas uns doze anos e que parecia mais um "conte sua história aí e a gente vê o que faz". Mas não teve criação de personagem, deram-me o papel de guerreiro espadaúdo do jogo e pronto.

um free-form porra louca de AD&D (acho) quando tinhas uns doze anos e que parecia mais um "conte sua história aí e a gente vê o que faz".

Magical Tea Party. 

Respondendo a pergunta do tópico: meu primeiro personagem era um drow paladino com uma foice -- eu tinha uns 15 anos, ok?

Na minha mesa, Drow Bom é Drow Paladino de Lathander sem talento Daylight Adaptation. Chegou perto.

Contudo, eu já fiz algo similar a isso - um Sun Elf Paladino de Torm, utilizando em geral uma spiked gaunlet (mesmo tendo greatsword em mãos) contra oponentes malignos, porque era incrivelmente arrogante e considerava personagens malignos como inferiores a ele. Surpreendentemente, durou uns 6 níveis até morrer e daí veio o meu "nickname original", Elven Paladin.

e aí, qual seu primeiro personagem num jogo de RPG?

Vejamos, meu primeiro personagem de RPG deve ter sido criado mais ou menos um ano depois de eu começar a mestrar RPG. Eu mestrava D&D (Rule Cyclopedia) com um grupo e comecei a jogar em outro grupo com um tipo de Soldado Cyborg em uma campanha meio cyberpunk de GURPS.

Em seguida eu fiz meu primeiro personagem relativamente duradouro, um Theurge Filho de Gaia, provavelmente Impuro, que era um novato em uma matilha de lobisomens (outros jogadores) bem mais estabelecidos. Felizmente, Lobisomens são tão bad-asses que até mesmo um Rank 1 com um nicho específico ainda é útil em meio a uma matilha de Ranks 2 ou 3 (se minha memória estiver correta).

E o que mudou mais significativamente  para você de lá para cá ao criar novos personagens?

A mais fundamental, eu passei a não escrever backgrounds extensos (eu escrevia com ao menos uma página) e passei a usar apenas "bullet points". Eu também passei a me interessar mais por mecânicas, de forma a poder usar o mumbo-jumbo mecânico para permitir criar o tipo de personagem (estranho) que eu queira criar.

Also, eu quero acreditar que desenvolvi senso de ridículo. 

Björn, anão bárbaro CN.

Desde então aprendi que bônus do mesmo tipo não se acumulam, só se pode usar dois anéis, ataques múltiplos é por BBA e não BA total, metamagia altera o nível da magia, só dá para usar pergaminhos, varinhas, e assim por diante se tiver na lista de magia da tua classe, etc. etc. etc.

Meu primeiro personagem "estável" de RPG foi aos 17 anos (lááá pra 2005) que fiz, um elfo ranger que usava como arma um chicote, chamado Thrall (?) e que foi criado por um gnoll... Foi na mesa de um mestre lendariamente ruim, deu pra evoluir bem rápido o personagem em dois niveis mais, que ele pegou de guerreiro (pq era D&D 3.0 ainda). Durou 3 sessões até a mesa acabar subitamente.


O que aprendi? Muita coisa. Primeiro a evitar colocar referências descaradas de jogos/animes/mangás/HQs/filmes/livros/etc que eu goste nos nomes ou no conceito do personagem em si, a aprender a usar o sistema pra criar coerentemente os personagens, etc e etc.

Depois meu segundo personagem foi um humano ranger/guerreiro/dervixe negro/afro-descendente oriundo de Anauroch (apesar de que depois descobri que o povo de lá lembra mais tuareg/bérberes do que sub-saarianos). Esse durou meses de jogo, uns 8 meses.

Inspirado num tuíte da WotC, resolvi ampliar a questão: e aí, qual seu primeiro personagem num jogo de RPG? E o que mudou mais significativamente para você de lá para cá ao criar novos personagens?

Foi jogando rpg no recreio no colégio de freiras, caralho isso faz tempo...

Um paladino humano, por que era AD&D e só tinha opção. Acho que toda aventura durou umas 5 sessões e eu lembro que meu paladino morreu para um dragão. Logo depois a gente conseguiu o livro em inglês do 3.0 e aew comecei a fazer meus ladrões e assassinos neutros que viraram tradição 

Sobre drow e paladinos, acho que só fiz um desses. Eu me dizia paladino mais era clérigo e usava uma corrente de cravos. Se bem que acho que paladino nunca mais joguei o outro mais próximo de paladino foi um artífice anão. Nunca entendi por que jogar com uma classe que tinha código de conduta embutido.

O que mudou acho que comecei a deixar de lado um pouco os históricos e dar high light do personagem que falar sobre a vida inteira do infeliz, também a ser mais adepto da simplicidade que de coisas complexas. Parei de jogar gurps pq meu grupo estragou o sistema 

também a ser mais adepto da simplicidade que de coisas complexas

Regra elementar de personagens de RPG - Menos é mais. 

Foi num jogo atual de mutantes num Storyteller adaptado a partir de lobisomem pra um cenário de X-men ... Dimitri Borja Korozec, o assassino de 6 dedos, garras estilo Wolverine (4 pq do dedo extra) e soltava bolas de energia estilo Jubileu (não eram sutis mesmo ehauehaue)... isso lá em 2001, a campanha até que durou bastante... depois dele tive muitos outros personagens marcantes... acho que vou começar a escrever antes que comece a esquecer deles...

Ê nostalgia  . O meu primeiro personagem foi um ladrão de OD&D (basic boxed set) em 87. Eu queria jogar de guerreiro, mas o grupo insistiu naquela droga de discurso de "we need a thief" então acabei levando a frente e jogando aquela droga de classe. Parei no nível 18, última aventura foi um módulo do companion, Where Chaos Reigns. Muita pancadaria e muito surreal por se passar em outro mundo envolvendo viagem no tempo e a luta em épocas diferentes contra uma raça tecnológica.  Mas foi inesquecível.

Mago, se der tiver lugar no grupo pode me chamar hehehe.
Meu primeiro foi no famigerado 3D&T mas realmente não me lembro o nome e nem suas características.
O primeiro que me lembro bem e foi bem marcante foi um gangrel em Vampiro: A máscara 3ed.
Me lembro na época que por vacilo meu e do mestre, criei um personagem com o defeito caolho, que na verdade pensei durante muito tempo que se tratava apenas de um zarolho, kkkkkk. Até um dia que resolvi mudar para que ele realmente aparentasse ter apenas 1 olho.

Primeiro personagem....

ad&d

anão guerreiro sem barba ex-pirata que lutava usando uma rapier e uma machadinha.
Não durou muito ou subiu de niveis e tal
criado na vibe de iniciante que leu revistas demais que falavam "pense num conceito bizarro por que isso é único, e ser único é cool"

"pense num conceito bizarro por que isso é único, e ser único é cool"

Eu sempre gostei de jogar com raças pras quais a maioria dos jogadores torce o nariz por que não são "bunitinhas".

Você também foi influenciado de forma bizarra pela Dragão Brasil, FireJay? Eu lia bastante, daí conheci a Spell e passei a ser mais critico com o que eu lia da Dragão.

pois é
meu primeiro contato com rpg foi bem teórico, aí comecei a ler sobre o assunto e tal. E demorou até eu achar um grupo definitivo. Logo depois, perdi o interesse na revista e a internet estava em seu desabrochar (que poético) com material infinito à disposiçãp

Um clérigo em um cenário low magic, um tanto caseiro (acho).
O sistema era o Defensores de Tóquio - 1ed com house rules e o baralho aquático.
Eu tinha 11 aninhos. :3

Era pra ser uma one-shot pra iniciar os priminhos no RPG. No caso, o grupo estava investigando eventos estranhos e acabou esbarrando em entidades muito poderosas, desconhecidas naquele plano. Essas entidades eram um tanto sádicas e obrigaram os heróis a cumprir uma tarefa: passar por um labirinto mortal e derrotar o dragão no fim do labirinto ou ver seu mundo ser completamente destruído.

No fim das contas os personagens e o NPC que estava ajudando caíram um a um (falhas críticas por todos os lados), e quem sobrou foi o clérigo. Barganhei todos os pontos de experiência que havia ganhado até então (e o resto dos poucos pontos de vida) com o mestre para realizar um ataque crítico (única chance, mesmo que mínima, de derrotar o dragão). No fim das contas o dragão sobrou com 1 ponto de vida. As entidades, só pra **der a **rra toda, deixaram os personagens vivos pra contar a história, e mandaram eles pra um outro universo aleatório, depois de apagarem o plano original do grupo da existência (o mestre não ia matar personagens de crianças de 11 anos :p). O clérigo continuou à partir dali e progrediu bastante. Foi ficando mais legal quando eu fiquei mais velho e já tinha outras experiências de outras personagens (e de vida). A culpa era a marca da personagem e era massa interpretar isso. Foi legal superar isso também.

*Aprendi que personagens bonzinhos e altruístas demais podem ser um porre (mas por vezes eu não consigo evitar interpretar isso).
*Comecei ali uma tradição de barganhar coisas com o mestre, em especial XP, por sucessos garantidos e coisas do gênero. Meu personagem geralmente tinha níveis a menos que o resto da mesa, o que eu tinha que compensar interpretando muito bem (em relação ao resto da mesa) pra não ficar defasado demais.
*Meio que dei uma maneirada nas barganhas depois que um mestre forçou uma barganha como algo também ingame, envolvendo demônios e essa coisa toda. O V bagunça meus sentimentos por causa disso! Hahahaha.

Se bem me lembro, um Elfo bárbaro.

Eu não era o guri mais brilhante.

O Lumine Miyavi tem uma dose alta de masoquismo pra estar jogando RPG e falando sobre o assunto até hoje em dia, depois de tanta mesa ruim que ele relatou. Estou até hoje impressionado com isso

Aeee maneiro o post... parabens. Legal fazer os velinhos lembrarem dos primeiros personagens... ajuda a combater algumas doenças da idade ;-)

Meu primeiro personagem foi um Guerreiro no D&D Rules Cyclopedia.. (onde voce não tinha diferença de raça e classe.... ou voce era Anão, ou era guerreiro... as duas coisas não podia)
Tinha força 15... lembro desse detalhe porque a menina que eu tentava beijar fez uma guerreira de força 16 e ficava me lembrando que era mais forte que eu a todo momento... (tudo rolado no dado)

O nome era Jon Lenon (sim... porque não?) e eu mestrava e jogava... eu ganhei o livro um pouco antes dos primeiros first quests e a Caixa preta da grow chegarem ao Brasil, então demorei um pouco pra entender esse conceito de DM, GM, Narrador etc... (até porque não manjava muito de ingles)

Lembro que pra improvisar o d20 (que eu não achava pra vender em lojas comuns) eu usava um cronômetro... e usavamos Playmobils e tabuleiros de xadrez pra fazer as miniaturas e grids... (não que precisasse muito nessa época, mas ta valendo)

O que mudou?? quase tudo eu acho... agora os jogos tem história... os personagens tem Background e motivação (apesar de que isso foi mais importante na era Storyteller, depois diminuiu bastante) Não me preocupo mais tanto com esse lance de Role play ser mais importante que outras coisas do jogo (tambem, herança do velho WoD), e no geral... tendo a fazer personagens mais velhos, balzaquianos,  e muitas vezes com familia e filhos... até porque fica dificil me identificar com os personagens jovens, independentes e solitários que eu fazia quando era moleque... (aquele Garou de 16 anos que passou pela primeira transformação ontem já não desce pra mim)

Grande Post mr...