Yeah, eu entendo a importância do arquétipo do contador de histórias no mundo real.
O meu problema é com a falta de qualquer esforço para passar esta importância para o mundo ficcional sendo descrito.
Não que uma história longa e uma dissertação sobre a natureza da casualidade narrativa. Pela minha experiência a melhor forma de fazer com que um elemento do cenário se torne relevante á ele é ligando-o com outros elementos.
Personagens religiosos-mágicos tem capítulos inteiros descrevendo seus deuses e as religiões, que quase inevitavelmente serão relevantes na história e talvez na política do mundo. Chances são de que uma boa quantidade dos NPCs relevantes são membros do arquétipo. Uma situação semelhante acontece com os personagens mágicos-de-verdade (?).
Mas bardos? "poder das histórias! Você não precisa de contexto."
Eu gostaria de ter pelo alguns exemplos mais das histórias que eles usam, especialmente se for algum acontecimento já citado no livro de cenário. Existe algum colégio de bardos? O treinamento só funciona com o modelo de aprendiz? Como eles são tratados nas sociedades, especialmente quando eles tem poderes mágicos que vão além de impressionar públicos para caramba? Há uma hierarquia? Se há territórios governados por feiticeiros, há locais governados inteiramente por bardos? Há alguma narradocracia no cenário? Existe algum equivalente de imperador Tarquin no cenário, abusando de seus conhecimentos de narrativas para ter poder? Existe alguma força essencial semelhante á de Discworld, onde as leis da física fazem o mundo naturalmente funcionar como uma história? Eles são como clérigos, mas incarnando poder de arquétipos narrativos essenciais ou do equivalente in-setting das musas?
Nào é necessário tantas respostas, apenas o bastante para eu saber que eles tem mais relevância do que "opção de jogador apresentada num suplemento lançado dois anos após o livro de cenário" .
Shadows of Esteren apresenta o equivalente dos bardos que não tem poderes mágicos, mas são relevantes por serem uma organização de mensageiros da cultura Demorthein, formando uma corrente de mensageiros num mundo sem comunicação á longa distância e ridiculamente perigoso. Em cenários com influência de povos nórdicos, como Midgard e Hellfrost, os Escaldos já são descritos como figuras vitais da comunidade e tomam o papel de grandes sábios (provavelmente velhos). O livro básico de Eberron os descrevia como sendo usados para espionagem pelos governos, mas eu não lembro de muito depois disto. Nunca pude ler algum livro básico de Forgotten, mas lembro de haver uma organização de bardos lutando contra o mal.
É tudo o que eu quero do arquétipo: Contexto, consequências de sua existência e talvez um pouco de sua origem.