Bom, eu fiz a pergunta do primeiro tópico porque tenho a intenção de (um dia) mestrar uma campanha de supers. Como eu não tinha muito tempo, o primeiro post foi meio vago.
Eu tenho só alguns pontos já pensados, e não imutáveis, do que teria no jogo.
Primeiro que se passaria no Brasil, preferencialmente em Porto Alegre, porque é onde eu conheço melhor e tenho melhor acesso.
Uma visão pessimista de daqui uns 20 anos/cyberpunk.
Os jogadores seriam a primeira geração de supers do cenário, ou, no máximo, a segunda.
Supers seriam secretos (pelo menos no começo).
O nível de poder seria de supers que podem destruir um porta aviões.
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Tô anotando todas as referências de quadrinhos que vocês tão me passando e pretendo ler todas. Gostaria de sugestões de outras mídias, claro, mas é bem mais demorado de ler um livro para inspiração do que ver um filme, por exemplo.
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Acho que, dada a situação política do Brasil, os supers seriam mantidos em segredo e sem uso. Temos uma política de não nos meter com os outros (o que pode mudar se tivermos grupos de supers), e por isso dificilmente o país encontraria um uso militar ou de espionagem internacional para eles. Haveria ainda o medo de que, caso os EUA descobrissem sobre os grupos, eles atacariam o país para impedir o desenvolvimento de exercitos inteiros de supers que pudessem desequilibrar a balança do poder global (na verdade isso seria uma ótima desculpa para roubar nossos recursos).
Assim, acredito que o principal uso que militares dariam a tais grupos seria no combate a traficantes e grupos terroristas nas fronteiras amazônicas, de forma completamente secreta.
Claro, isso se o país resolver manter a bundamolice internacional. Se fossem abrir a existência dos supers, é possível que seu maior uso seja como arma moral de intimidação, que poderia fazer o país facilmente aumentar consideravelmente sua influência na américa latina. O efeito interno dependeria muito da economia do país e da forma como é feita a publicadade de tais grupos: podem muito bem unir o povo, a la Red Son, como podem provocar repugnância pelas experiências com humanos e medo de golpes militares.
Então, isso é algo que acho muito importante. O Brasil tem essa política externa de ser uma país conciliador e pacifista, mas até quando? E se tivesse algo que ninguém tem, como supers? Não mudaria? Claro, considerando que é bem no começo, mas será que não usariam esses supers para invasão e espionagem para adquirir mais armamento?
Nah, provavelmente eles ficariam com os militares. Nem por uma questão de ser HQ estilo old school, mas porque é provavelmente o unico lugar que eles poderiam usar suas habilidades. Bases são sempre bem guardadas e tem mobilidade nacional total, alem de um orçamento muito bom.
E sinceramente duvido muito que os governantes soubesses disso, acho que seria aqueles projetos secretos dos militares que poucos figurões conhecem. Nenhum lider provisório (que fica no poder por 4 ou 8 anos) ia ter noção, seria pedir pra dar um tiro no próprio pé.
Lembrando que pode não parecer, mas os militares tem uma habilidade de esconder o que não querem que nem a imprensa consegue quebrar. Só ir pesquisar todos os casos estranhos que tem por ai e os militares se envolvem.
E como a Policia Federal tem um ligação bem estreita com eles eu suponho que os Supers teriam suas participações nos planos do governo atraves da PF.
Algo a se levar em consideração, a confiabilidade da segurança de informação dos militares. Alguém discorda desse ponto?
Se os supers fossem inteligentes, poderiam ficar milionários com os seus poderes e avançar o país de uma maneira diferente.
Imagina o que um elemental do fogo podia fazer pra indústria, por exemplo?
Ou o tanto que um regenerador poderia ganhar doando seus órgãos?
Ou o que alguém que tem poder sobre as plantas faria para o agronegócio?
Nesse sentido, vejo que se o governo desse um jeito de escravizá-los ou convencê-los do que poderia ser feito, o país poderia virar uma superpotência tremenda...
Eu tava lendo o trope que o Macnol colocou aqui neste tópico e outro que ele me enviou pelo chat (
http://tvtropes.org/pmwiki/pmwiki.php/Main/ReedRichardsIsUseless) e eles abordam bastante esse uso mais inteligente dos poderes; tanto para riquezas próprias, quanto para avanços da humanidade. Será levado em consideração, mas não é algo a me preocupar por agora.
Eu também tenho um cenário de supers onde narro ocasionalmente. É aquele cenário em que a origem dos metahumanos/mutantes/filhos do LHC vem de uma falha no LHC em 2009, que explode e gera uma onda de energia que varre toda a Europa (incluindo Islândia), Norte da África e quase todo o Oriente Médio e uma parte do Irã. Aproximadamente 1 a cada 500 pessoas desenvolve algum poder, mas só uma parcela desenvolve poderes o bastante para cogitar virar herói ou agir de forma egoísta e virar um criminoso.
Nesse cenário houve um atentado terrorista em julho de 2012, na abertura das Olimpiadas de Londres. Alguns líderes mundiais a serem definidos foram mortos pelos supers asseclas do mandante (um super ser psíquico bem poderoso conhecido como Hollow Diamond), mas graças a ação de outros supers locais e de países vizinhos (França, País de Gales, Escócia e Irlanda) chamados por outra super (esta sem poderes, só treino e muito dinheiro) conseguiram evitar o desastre completo, mas infelizmente o Parlamento foi explodido.
Como conseqüência alguns países, como a Rússia, decidiram que metahumanos são uma ameaça e devem ser detidos a todo custo, e começou uma caçada a metahumanos na Rússia, Ucrânia e Bielorrússia. Mas os propósitos dessa caçada são mais sinistros.
Envolve fazer experimentos militares nesses super seres pra criar soros de super soldados e clones geneticamente modificados. Além disso, os russos possuem tecnologia militar recente bem mais avançada devido aos estudos feitos a partir de uma sonda alienígena encontrada na Sibéria. Eles sabem que a China, Mongólia e Cazaquistão possuem outras sondas alienígenas, cada uma num país. E parece que os alienigenas donos dessa sonda são do tipo expansionistas e conquistadores.
Outros países, como Israel, prontamente adotaram super seres em suas forças militares e usam-nos contra insurgências na Palestina, incluindo super seres palestinos como adversários.
Já a França, enfim cogita chamar super seres para suas fileiras de defesa, que é o que tem ocorrido na mesa online onde o publicano, Kinn, Torneco, Uzury e anteriormente o Akimeru jogam (e que falta terminar, quanto azar em não conseguir marcar sessão).
O tal Hollow Diamond está por trás de um mega plano perigoso, mas por motivos de mesa não posso revelar ainda.
Percebam como nesse cenário os EUA estão na merda por terem pouquíssimos metahumanos (basicamente norteamericanos que estavam na Europa, Oriente Médio ou Norte da África durante a época da explosão do LHC)
Detalhe 2, os poderes só se manifestam em meados de 2010.
Detalhe 3. Penso pro cenário a existência de uma organização estilo cruz Vermelha, mas fortemente escoltada por outros metahumanos, cujo centro é uma metahumana da Sardenha cujo poder é regeneração e cura a nível celular, podendo curar doenças e amputações, dentre outros ferimentos graves e leves.
Certamente vou dar uma roubada nas tuas ideias.
Continuando na linha do stinger, o governo (supondo que os supers fossem "objetos" e estão ligados a políticos específicos ou partidos) poderia usar eles em "melhorias para a sociedade" (compra de votos, chantagem, gerar riqueza para o político, matar opositores, estragar um projeto de outro partido...).
Supers que usam seus poderes para controlar clima, ligado diretamente a cultivo de alimentos. Gerar energia. Construir alguma coisa super rápido. Criar matéria-prima ou metais preciosos. Maior exploração dos recursos do país. Dependendo dos poderes construir um programa espacial.
Mas como estamos falando do Brasil, não vejo supers sendo usados como se fossem bobas atômicas para amedrontar outros governos. Talvez um projeto, como o cura-gay fosse feito com lavagem cerebral feita por um super.
Tô considerando o uso dos poderes por políticos, desde os mais sutis aos mais explosivos, como os exemplos dados pelo Kimble lá em cima. Mas fica a questão do Cigano em relação a confiabilidade da segurança da informação dos militares, porque eles estariam com o poder nas mãos.
http://tvtropes.org/pmwiki/pmwiki.php/Main/CutLexLuthorACheck
Tem várias outras tropes relacionadas a Supers que podem te inspirar.
Acho que as primeiras coisas a definir seriam A) qual o nível de poder desses supers e B) quão pública é a existência deles.
Quanto menos poderosos, mais fácil você manejar a história e menos vai ter que calcular o impacto deles no mundo. Quanto mais fortes, mais você tem que avaliar a repercussão das ações e principalmente as decisões que tomam (do contrário é muito frequente o "mas Fulano podia ter feito X desde o começo e aí Y nem teria acontecido!". Vide: Heroes e a decisão estúpida de colocar um protagonista que pode viajar no tempo.
Também tem que definir se tu quer uma história mais ingênua (estilo era de prata e tal), aí não precisa se preocupar muito com essas repercussões... mas o tom fica meio bobo; ou uma história mais contemporânea, pensando nas repercussões como se fosse tudo inserido no mundo real. Nesse caso, e com personagens mais poderosos, eu acho meio inevitável que as coisas caíssem pra um lado Watchmen/The Boys/Black Summer/MiracleMan. Com personagens MUITO poderosos, penderia pra The Authority, mas aí já perderia as estribeiras e cairia pra histórias a nível galáctico.
Enfim... esse post inteiro é só pra dar duas dicas: um nível de poder menor deve ser uma boa opção, e LEIA AS REVISTAS QUE EU CITEI, SÃO FOOOOOODA.
O nivel de poder seria o de Miracleman, ou um pouco menor. E, sim, vou ler tudo!!
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quote author=Lumine Miyavi link=topic=1431.msg59507#msg59507 date=1373387241]
Se bem, todos quadrinhos do Warren Ellis da linha do "transhumanismo super" (Black Summer, No Hero e Supergod) são excelentes fontes de ideia.
Especialmente Black Summer, que parece o que você procura.
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Anotado!