Em vários outros mundos, Belenus é apenas um integrante de um enorme panteão de divindades veneradas por tribos celtas. Na Terra das Brumas, ele se tornou o deus principal de duas culturas sem relação entre si: Tepest e as Terras Sombrias. Infelizmente, ambas as ramificações da crença de Belenus desenvolveram um problema em comum: a intolerância.

Belenus é um deus do sol, assim como Rá, e o senhor do fogo. Seus seguidores dizem que ele abençoa com a luz e o calor vitais do sol os indivíduos que o veneram, mas retira esse benefício das pessoas capazes de despertar sua ira, amaldiçoando-as com o frio glacial e a escuridão. Os eclipses solares são considerados presságios terríveis.

Em Tepest, o culto a Belenus existe como uma religião popular rústicae seus clérigos também veneram outras divindades do mesmo panteão. Os fiéis costumam misturar as lendas sobre Belenus e outros deuses com as histórias antigas e respeitadas sobre fadas sombrias, goblins devoradores e bruxas e feiticeiras demoníacas. Durante gerações, os clérigos tempestani estavam satisfeitos com a proteção de suas pequenas comunidades, mas isso foi alterado com o advento da Grande Conjunção. Acreditando que os domínios de G’Henna e Markóvia haviam sido destruídos pelas fadas, um sacerdote da aldeisa de Viktal, um homem chamado Wyan, conclamou uma inquisição para aniquilá-las. Quinze anos depois, a inquisição ainda permanece ativa e, infelizmente, acumulou a reputação de ser extremamente zelosa. Os clérigos executam qualquer “fada” que caia em suas mãos, incluindo calibans, elfos, meio-elfos e feiticeiros.

No reino de Nidala, o culto a Belenus tomou um rumo completamente diferente. Nesse reino, uma poderosa religião organizada venera a divindade, seu “único e verdadeiro deus”, em uma catedral enorme e gloriosa. Na sociedade matriarcal das Terras Sombias, apenas as mulheres têm o direito de participar do clero e todasdevem fazer voto de castidade. Os homens podem servir à igreja, mas somente como guardiões ou impositores; A adoração de qualquer outra divindade é castigada implacavelmente - assim como inúmeras outras transgressões. As sacerdotisas de Belenus obedecem de bom grado às leis da maior protetora da nação, a guerreira sagrada Elena Mantenedora da Fé.

A Igreja de Ezra surgiu há cerca de noventa anos, quando um dos membros da família Dilisnya proclamou que uma entidade, Ezra, Nossa Guardiã das Brumas, tinha lhe revelado uma mensagem que deveria ser espalhada pelo mundo todo. De acordo com a maioria das tradições dessa igerja, Ezra foi uma mulher mortal virtuosa que, desesperada com as maldades que assolavam os reinos, ofereceu a sua mortalidade para todo o sempre às Brumas, a fim de tornr uma guardiã eterna da humanidade. No entanto, os grupos fragmentados da Igreja de Ezra têm debatido a verdadeira natureza e os ensinamentos de sua padroeira suprema há décadas.

O grupo original, Leal e Neutro, também chamado Crença Nativa, está localizado em Borca. Ele envia os clérigos ordenados de Ezra, chamados anacoretas, em missões para proteger e curar seus fiéis, mantendo-os protegidos das forças do mal. O grupo Leal e Bom de Mordent também prega que os anacoretas devem incluir a maior quantidade possível de almas ao rebanho de Ezra - para os seu próprio bem. O grupo Neutro e místico de Dementlieu afirma que Ezra sempre foi uma deusa e abandonou seus companheiros cruéis para oferecer auxílio aos mortais; a organização concentra-se no estudo da verdadeira natureza da divindade. Por fim, o grupo Leal e Mau, situado nas Fontes de Nevuchar, profetiza a iminência dos Tempo da Inigualável Escuridão, quando os infiéis serão consumidos pelas trevas. Todos os anacoretas concordam que Ezra não protegerá os indivíduos incapazes de aceitá-la em seus corações.

De acordo com as sagradas escrituras de hala, os Contos das Eras, nove deuses criaram o mundo a partir das névoas do Caos. Os deuses se retiraram, na esperança que os mortais preenchessem a sua criação com atos malignos e bondosos. Entretanto, os mortais não possuíam sabedoria e o mundo se encheu rapidamente de dor e angústia. Apenas um dos Noves Deuses, a deusa Jala, retornou a Terra das Brumas para aliviar esse sofrimento. Ela reuniu treze mulheres e treze homens e ensinou-lhes os segredos da Trama, uma antiga forma de magia. Infelizmente, esse ramo das artes arcanas também é conhecido como bruxaria e procova um medo supersticioso que se alastra nos reinos. A má reputação da feitiçaria maligna existe principalmente em função das bruxas, suas praticantes mais infames. Embora a bruxaria não seja naturalmente maligna, acredita-se que esteja repleta de perigos ocultos. Sabe-se que a exposição a ela gera os calibans e, de acordo com o folclore, as feitceiras que perdem o controle de sua magia podem ser transformadas definitivamente em bruxas monstruosas.

A Igreja de Jala é uma crença reservadamente mística. Suas sacerdotisas - que se autodenominam feiticeiras - gerenciam uma quantidade considerável de abrigos espalhados pela Terra das Brumas, onde oferecem descanso e tratamento a todos aqueles que batem às suas portas. No entanto, a igreja não busca ativamente novos seguidores e não existem nenhum lugar onde a Igreja de Hala seja predominante. Em geral, as bruxas de Hala enfrentam muita hostilidade quando estão fora de seus abrigos; Qualquer integrante da religião tola o suficiente para encontrar os inquisidores de Tepest, por exemplo, terá muita sorte se escapar com vida.

Esse deus é conhecido por muitos títulos, como o Tirano de Ferro e o Lorde Negro (Black Lord). Os clérigos do Lesgilador pregam que a revelação do verdadeiro nome de seu deus poderia causar o fim de um mortal; Essa religião recompensa a obdiência cega e assegura a providência divina dos reis; Todos que nasceram ricos e poderosos merecem governar; aqueles nascidos na pobreza merecem apenas o que conseguireem através do serviço leal a seus mestres. A crença no Legislador é a religião oficial de Hazlan e Nova Vaasa. Nasta última, ela é utilizada pelo príncipe Othmar (quaser Vohmtar) para justificar seu método de governo.

Os clérigos do Legislador procuram reforçar as estratificações rígidas da cultura vaasi em todos os reinos. Os sacerdotes originários de classes sociais diferentes não se misturam e a igreja proíbe o matrimônio entre raças distintas. Todos os ritos devem ser proferidos em vaasi e quais textos sagrados devem utilizar essa escrita.

O Legislador permaneceu em silêncio durante a Grande Conjunção. Esse lapso problemático criou um pequeno cisma no clero. De um lado, estão os sacerdotes que pregam a insignificância desse fato, ou que a ausência foi um teste; uma minotia na opposição defende que o Lesgislador estava, de algum modo, incapacitado. Embora a Igreja tente eliminá-los sem misericórdia, um grupo de hereges afirma que a divindade morreu durante o cataclisma e que atualmente os clérigos veneram um monte de títulos sem sentido.

O Culto ao Senhor da Manhã surgiu no final do quinto século, quando o fundador da Igreja alegou que, durante sua juventude, a própria divindade apareceu para ele em sua forma física e o salvou das ameaças que o espreitavam na noite baroviana. Baseado nesse encontro singular, o Senhor da Manhã é representado como um humanóide luminoso e silvestre. Apesar de ser constituído por uma luz dourada suave, sua face está suja de sangue. O culto ensina que esse estranho detalhe tem dois significados: até mesmo a bondade mais pura contém certa mácula maligna e até a pior malevolência abriga uma faísca do bem.

O Senhor da Manhã é o deus do amanhecer rubro que marca o final de cada noite; A divindade exige pouco de seus seguidores - que se tratem com benevolência e mantenham a esperança em seus corações. Essa crença humilde atrai bastante os indivíduos que têm apenas esperança e bondade a oferecer, e o culto está se espalhando com rapidez entre os gundarakitas oprimidos da Baróvia. Seus ensinamentos simples guardam uma mensagem de esperança intensa. Não importa o quão negro o futuro possa parecer, não importa o quão escura a noite seja, o amanhecer virá. Muitos dos adoradores do Senhor da Manhã acreditam numa profecia que assegura o seu retorno, quando irá liderar o mundo novamente ruma à luz do dia.

Mas o culto engloba mais do que uma mensagem otimista. Um dos fundadores foi um clérigo que caçava os mortos-vivos em segredo durante a noite. É possível que até hoje os clérigos dessa religião sejam treinados nas técnicas de combate aos vampiros.