Isso foi uma piada que meu antigo grupo fez de como seria o slogan da campanha oriental dele.
Agora estou mestrando para outro grupo no oriente.
Para quem estiver curioso sobre a teogonia ocidental, está aqui:
http://contosdacrisalida.blogspot.com/search/label/HelliosPiyu ZhuNão se sabe o que havia no início, pois esta era a Era dos deuses.
Supõem os sábios que havia apenas o Tao intangível e indistinto.
Tudo ele continha; nada era e tudo ao mesmo tempo, eis o Tao.
Era inteiro, perfeito e inefável e se dividiu gestando Yin e Yang.
O Yang gerou a luz; esta o dia e ela ainda a Fênix celestial solar.
Seu mundo era vívido, alegre e exuberante, ainda que ilusório.
O Yin cobriu tudo um manto de escuridão; a noite do rei Dragão.
Seu reino era frio, racional e sinistro, onde as almas era julgadas.
Yang após Yin. Yin após Yang. Num ciclo eterno e harmonioso de
Criação e descriação, morte e vida, modelou os planos e gerou
Grandes frutos, como a criação do mundo e surgimento dos deuses.
E estes deuses, que eram oito segundo consta, fizeram o mundo
E neles colocaram os mortais, de diversos tipos, animais e espíritos
Povoando o mundo de grande diversidade; dez mil seriam as coisas.
E os mortais, primitivos e supersticiosos, não sabiam lidar com os deuses
Nem sabiam como se apartar das feras selvagens ou mesmo os espíritos,
Quer fossem falecidos ou entidades trapaceiras, tudo era horror e pesadelo
Os mortais viviam como nômades, sem conhecimento nem sabedoria da vida.
Nesse momento, desceram do céu oito imortais e se ofereceram para ajudar.
Tinham como mestre as estrelas e com a permissão delas, traziam sua corte.
Apesar disso, eram polidos e educados para solicitar permissão dos deuses
Antes de começar o seu fastidioso empreendimento da educação dos mortais.
Uma parcela grande da burocracia celestial havia descido a terra e com eles,
Os oito imortais, que eram ministros do Grande Imperador Dourado; auxiliavam
O governo dele aconselhando quais decretos deviam ser emitidos pelo reino.
O primeiro governo foi de Xingyun Nushen, a vidente e durou dez mil anos.
A Dama da Sorte, criou a adivinhação, os ritos e libações para os deuses,
As bases da civilização e mandou erigir templos em oito locais sagrados.
O segundo governo também durou dez mil anos e quem seguiu foi seu esposo,
Tie Fuchin, o Pai de Ferro, que ensinou a ciência da forjaria e arquitetura ao povo.
O dever familiar e o respeito aos ancestrais se tornou a maior lei de seu governo,
O governo seguinte pertenceu a Chihon Huoni-i, a Chama Vermelha da espontaneidade.
Com o povo educado, ela pediu ajuda ao imortal Gaojié e ele lhes ensinou a escrita.
Graças a isso, ela pôde dedicar o povo ao entretimento e desenvolver o pensamento.
Pois ela era a patrona das artes, musicista e poetisa, patrona dos romances e teatro.
Guanliao Liwei, o Burocrata Legalista, foi o próximo a governar e começou criticando
A imortal que não conseguiu governar sozinha. Para piorar, infortúnios apareceram,
Inundações, secas, ataques de bárbaros estrangeiros, tudo de uma vez; eram provas:
Os mortais se comportavam mal e deviam permanecer sobre leis rígidas ou sofrer.
Shang Xiê Wang, o Santo Rei da Neve, seguiu o comando pelos próximos dez mil anos.
Sua missão foi difícil, mas foi cumprida a contento: deveria ensinar a arte da esgrima
Aos mortais e com eles treinados construir exércitos para defender o povo e o reino.
Gaojié Zhengzhi assumiu seu posto preocupado com a opressão que o povo sofria
O Político Idealista, afrouxou a lei e deixou o pensamento livre fluir; nenhuma crítica
Devia ser silenciada; mesmo os governantes tinham algo a aprender, como a ensinar
Finalmente, assumiu Gui Xiaojié, a Senhorita Astuta, e resolveu fazer como Chihon,
Seguindo conselhos de Guanliao, retomou as leis repressoras, pois seu ministério,
O departamento da cultura havia descoberto coisas terríveis sobre os ditos deuses:
Na verdade, faziam pacto eles com os Primordiais, o inimigo e mestres dos demônios.
Os deuses ultrajados pela injúria, revelaram ter descoberto outra verdade sombria:
Eram os imortais, servos destes demônios; humanos que obtido de fato vida eterna,
Mas ao custo da vassalagem a estas criaturas de fora da criação, abomináveis e vis.
Com as armas em riste, a guerra começou e duraria ainda por outros dez mil anos.
Mesmo a Fênix Celestial e o Dragão das Trevas, brigaram, cada um defendendo
O ponto de vista que lhe parecia inocente de tão graves acusações e perfídia.
Mas um evento em particular selou a guerra e mudou o mundo para todo o sempre.
Contam os imortais que os ditos deuses, dispararam contra o céu; algo proibido.
Onde ela foi conjurada só existe um imenso deserto maldito até os dias atuais;
O Céu tremeu e reluziu, abalado em suas fundações, até que finalmente, CAIU!
Os servos dos deuses, contam uma versão diferente; não falam de magia,
Mas atestam que algo caiu do céu e este algo tremeu o mundo e queimou,
Criando o temível Grande Deserto, onde as crias dos primordiais assolam.
Independente deste fato, a maioria dos imortais, liderados por Guanliao Liwei,
Fez algo impensável: um ataque direto aos templos de cada um dos deuses.
Traindo a promessa e o acordos feitos no passado, baniram todos os deuses,
E mais ainda, trancaram o acesso a todos os planos espirituais definitivamente.
Alguns imortais, acharam isso um exagero e foram contra seus companheiros.
Particularmente Sheng Shan, o Sábio da Montanha, dizia não ser auspicioso.
Os cinco imortais que selaram os deuses combateram-no e foram derrotados.
Ele foi ao norte e dizia não mais reconhecer o comando do Imperador Dourado
Seguiram ele Chihon Huoni-i e Shang Xiê Wang, criando assim um novo país.
P'iu Zhu era o norte. As terra dos ancestrais, ligada à cadeia de montanhas.
E assim a guerra acabou. Os imortais, mesmo sendo humanos, eram eternos.
Ainda assim venceram aqueles que se chamavam deuses; então eram falsos.
A literatura cresceu e proliferou contos de como podiam também virar imortais,
Tanto contos onde eles eram heróis, quando os que eram vilões vencedores.
O tempo passou nesses governos de dez mil anos, e restaram apenas virtudes,
Que eram oito, ditas pelos deuses, espontaneidade, a sabedoria, a astúcia;
O valor, a honra, dever familiar, a inteligência e o orgulho. Deram nascimento a:
As artes, a magia, a espionagem, a esgrima, as leis, a arquitetura, a escrita;
As formas de adoração e ao culto dos ancestrais.
FIM DA PARTE I