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Aurora Boreal - Campanha de Super-Heróis

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Quantico:
Ta na mão, Youkai :)

Proxima etapa, relato da sessões, finalmente.

Quantico:
A Campanha
Foi enviado aos jogadores, por email, 11 opções de tipos de campanha dentro do cenário. Eles fizeram uma votação, para escolher a que mais lhe atraiu a atenção. A vencedora tinha o texto de chamada abaixo:

“Vocês serão  Meta-Humanos que recém-descobriram,  ainda não descobriram, ou ocultam da sociedade seus poderes. Vocês se tornarão uma espécie de heróis secretos – não posso dizer muito mais a respeito. O clima de espionagem seria o mais legal dessa campanha, mas em compensação, nada de mídia e fama. Teriam de ser relativamente jovens”

Prelúdio

  Antes da primeira sessão, foram enviados aos jogadores emails individuais, com um texto que funcionava como um prelúdio ao jogo. Infelizmente, dois desses textos se perderam, mais ainda lembro um pouco de como eram e pude descrevê-los.

Prelúdio – Cassiano

    “Era a terceira noite que você saia para fazer uma patrulha pela cidade. Por volta de duas horas da manhã, você percebeu uma movimentação estranha em uma rua do Leblon. Um Corsa  fechou Vectra, e dois homens armados saíram armados e renderam o motorista do Vectra, que estava com sua família no carro. Você interveio, e usando seus poderes, neutralizou os dois bandidos. Você recebeu os agradecimentos e partiu antes que a polícia chegasse. Quando já estava fora da vista deles, um homem apareceu do meio das sombras.
    Ele tinha uma perna engessada e andava de muletas. Havia um carro com vidros fumê estacionado do outro lado da rua. Ele lhe parabenizou pelo seu feito e disse que era admirável que pessoas com dons tão maravilhosos os usassem para melhorar o mundo ao seu redor. Então se apresentou como Caio, e disse que queria trocar algumas palavras com você. Contou que trabalhava para uma organização que tinha interesse em lhe fazer uma proposta. Disse que sua organização poderia fornecer a você condições de ajudar as pessoas de uma forma muito mais ampla do que deter meros assaltos. Suas palavras foram: “Super-heróis no Brasil têm duas opções. Ou agem na clandestinidade ou se juntam a Liga dos Heróis. Na primeira opção você gastará sua vida e seus dons fugindo da polícia e detendo um ou outro marginal. Na segunda, você irá lutar contra meta-humanos desequilibrados e salvar pessoas de incêndios, enquanto assina autógrafos e posa para fotos. Nós estamos te dando uma terceira opção. Opção de fazer algo pelo mundo realmente relevante, algo possa muda-lo.”
    Ele disse que se você estivesse interessado, fosse até o prédio de nº 73 na Praça Nossa Senhora da Paz, às dez horas de sexta-feira (dali a dois dias). Então entrou no carro e antes de partir disse uma última coisa: “Vá sem sua máscara. Nós queremos falar com o Cassiano, e não com o Mastermind”.


Prelúdio – Fernan

  "Certo dia, ao chegar em casa, você se surpreendeu com uma carta na soleira da porta. Ninguém tinha aquele endereço. Quem poderia ser? No remetente constava o nome Sunyata, e um endereço: Praça Nossa Senhora da Paz, No 73. A carta dizia o seguinte:

   “Fernan,

    Meu nome é Caio. Obviamente você está surpreso em receber esta carta, dado seu esforço em permanecer invisível nos últimos meses. Não vou perder tempo contando como o encontramos, você mesmo poderá perguntar isso pessoalmente.
    Nossa empresa acompanha você há algum tempo, mesmo antes de suas atividades especiais recentes começarem. Suas ideias condizem com a da nossa empresa em muitos pontos, principalmente quando concordamos que, se há esperança para este mundo em que vivemos, para concretizá-la há de se quebrar algumas regras. Como você, nossa empresa trabalha para construir sociedade mais justa – principalmente para seus membros que mais necessitam de justiça - embora façamos isso de um modo que ela não compreenderia ou aceitaria.
    Por isso, estamos propondo que você se una a nós. Com a nossa a ajuda, o escopo e o efeito de suas ações poderiam ser muito maiores. Se quiser ouvir os termos da proposta, compareça esta sexta, às dez horas, no endereço que consta nesta carta.
    E é claro, espero não insultar sua inteligência ao afirmar que não se trata de algum tipo de armadilha. Se quiséssemos pegá-lo, já teríamos feito.
    Ah, e pedimos o favor de queimar esta carta. Ela é ta incriminadora para você quanto é para nós.

              Sem mais,

Caio Aikau
Diretor da Sunyata”

Sexta feira era dali a dois dias..."

Prelúdio – Marcelo

    O prelúdio do Marcelo foi similar ao do Cassiano, o homem que se denominava Caio se apresentou, e o convidou para ouvir uma proposta de ingressar em sua empresa, na sexta feira, as dez horas, no endereço da Praça Nossa Senhora da Paz, 73. Caio enfatizou que Marcelo teria a chance de viver emoções e ajudar pessoas em um modo que jamais seria possível como um bombeiro.


Prelúdio – Tsuruji

    O prelúdio do Tsuruji foi similar ao do Fernan, só que o convite foi feito por email, também assinado por um homem chamado Caio Aikau. O email ainda dizia que a empresa poderia fornecer meios de ajudar Tsuruji a controlar seus poderes, e evitar que estes machucassem as pessoas ao seu redor.

Quantico:
Os reportes das sessões serão, em sua maioria, descritivos. Algumas passagens do jogo, no entanto, estarão adaptadas para a forma de conto, por mim o por algum jogador. Os meus textos serão sempre do ponto de vista de algum NPC. (para quem conhece G.R.R. Martin, sim, estou imitando-o descaradamente :P)

Algumas informações importantes, sobre o cenário, NPCs, personagens  e etc. estarão aqui, conforme aparecerem no reporte da sessão.

Sessão 1.1 - "A Conspiração do Bem" (19/7/08; no jogo, 23/9/07)


--- Citar ---Caio
  Caio sentia o coração palpitar, mas manteve-se  calmo. Eram 10 e 23 da manhã, e todos já haviam chegado. Fernan fora o último a chegar, como Caio previra, provavelmente rodeou o prédio e observou por vários minutos antes de decidir entrar. Frank informou pelo comunicador que ele estava armado – o scanner remoto havia acusado três objetos metálicos – mas Caio mandou deixá-lo subir sem revistas, o que Frank fez com clara insatisfação.

    Marcelo foi o primeiro a entrar na sala, e logo lhe seguiram Cassiano, Tsuruji, e por último, Fernan.

    - Olá a todos, sejam bem-vindos – disse Caio, com um sorriso, levantando-se com dificuldade. A perna direita, quebrada em duas partes em sua última tentativa de surfar uma onda gigante em Portugal, reclamou de dentro do gesso com um leve sinal de dor.

    - Sentem-se, por favor – apontou paras quatro cadeiras a frente de sua mesa.

    - Você não disse que teria outras pessoas – falou Marcelo. Isso é algum tipo de entrevista de emprego?  Se for, esqueci de trazer meu currículo...

    - Não exatamente, Marcelo. Está mais para uma proposta de emprego. Sentem, por favor, que logo explicarei melhor.

    Depois que se sentaram, Caio analisou por um breve momento o rosto de todos. Cassiano, sentado mais a direita, mantinha-se calado e observador, com seus olhos argutos. Sua mente era uma das mais fantásticas que a humanidade tivera, e era provável que ele já tivesse deduzido grande parte do que Caio iria dizer. Era provável também que, quando Caio começasse a falar, Cassiano tentasse ler sua mente. Mas Caio confiava que as defesas implantadas por Mnemonic manteriam a salvo suas memórias mais preciosas, deixando apenas pensamentos superficiais para Cassiano ler.

    Tsuruji estava claramente desconfortável, mas olhava a Caio com curiosidade por trás de seus óculos. O tímido e franzino rapaz de olhos puxados era provavelmente o mais poderoso de todos, e certamente o mais perigoso.

    Marcelo era apura confiança e descontração. Havia tirado os óculos escuros com os quais tinha chegado, estava com cadeira chegada mais para perto da mesa e a cabeça careca inclinada para frente, num gesto de quem estava aberto a ouvir. Caio sabia que ele seria o primeiro a aceitar, o primeiro a acordar para os árduos treinamentos que viriam, o primeiro em tudo que houvesse para ser o primeiro. Sentia uma empatia pelo modo como Marcelo gostava de viver a vida intensamente, mas estava ciente de que teria problemas com sua impulsividade e irresponsabilidade.

    Mas Fernan era quem mais o preocupava. Não era para menos. Desde que Alessandra morrera – uma terrível fatalidade - eles haviam perdido quase todo o controle e a vigilância sobre ele. De um jovem politizado e idealista, Fernan passou a ser um eremita, e quando seus poderes manifestaram, um terrorista. Ele olhava Caio com um misto de desconfiança e desdém. Tinha o rosto magro, a pele muito branca e um nariz grande. Muitos foram os que defenderam que ele deveria ser considerado uma “falha do projeto”, mas Caio manteve-se firme na decisão de convocá-lo também. Não perdia as esperanças. Não podia perder.

    - Amigos – falou finalmente – agradeço a todos por terem vindo, imagino que  estão um pouco confusos com toda essa situação, por isso serei bem objetivo.

    - Eu trabalho para uma organização muito especial, com bastante influencia e poder. Nossa missão é apenas uma: melhorar o mundo. Pode soar ingênuo, e até hipócrita... mas se aceitarem nossa proposta, poderão ver com os próprios olhos que temos condições de realizar o que pretendemos, e que nossas intenções são genuínas.

    - Essa sua organização tem um nome? – interrompeu Cassiano.

    - Sim – disse Caio – evitamos falar nomes muito frequentemente, mas quando temos que nos chamar de algo, nos chamamos de Trama.

    - Estranho... – respondeu ele – Pelo que pude saber, neste endereço funciona uma empresa de cosméticos chamada Sunyata, apesar de não ter nenhuma identificação na entrada, e isto aqui parecer muito mais um prédio residencial.

    Muito esperto, pensou Caio. O nome Sunyata não estava em nenhum lugar da internet, e Caio fez uma anotação mental para descobrir depois com Cassiano soubera daquilo.

    - Você está certo Cassiano, oficialmente, aqui é a sede da Sunyata, uma empresa japonesa de cosméticos de porte médio. Mas, como você já deve ter deduzido, trata-se apenas de uma fachada. Uma cobertura necessária para nossos verdadeiros negócios.

    - E que negócios são esses? – perguntou Marcelo, claramente impaciente.

    Era hora de mostrar o vídeo, mas Caio sabia que aquilo era apenas uma formalidade. Tinha certeza que, independente de qualquer coisa, eles aceitariam a proposta. Estavam destinados a isso. Jah era testemunha de quanto tempo Caio havia dedicado ao projeto – o quanto de sua vida havia dedicado àqueles quatro. E os sacrifícios... não foram poucos. Caio mantinha-se calmo – a calma era uma de suas maiores virtudes – mas por dentro, não conseguia deixar de sentir uma ansiedade, borboletas no estômago, como dizem os americanos. Afinal, era como se tudo tivesse levado àquele momento.

    Pegou controle remoto em cima de sua mesa e apertou o botão. Uma tela de projeção deslizou do teto, atrás dele.

    - Permitam que eu mostre a vocês um vídeo que vai ilustrar um pouco de nossos negócios.
    O projetor começou a mostrar as imagens em preto-e-branco que Caio já vira algumas dezenas de vezes: os primeiros registros de agentes da Trama, nada mais que algumas pessoas em roupas da década de 60, reunidas ao redor de uma mesa,  analisando gravações e documentos. Intercaladamente, via-se imagens históricas, como dos ex-presidentes Costa e Silva e Médici, e de Carlos Marighella, e algumas imagens que não estavam disponíveis na mídia comum, de atuação de guerrilhas e do regime militar. Caio havia, inclusive, adicionado ao vídeo uma cena na qual agentes do regime torturavam um preso político, embora tenha a editado deixando as partes mais chocantes de fora.

    - Nossa organização foi fundada em 1969, embora com uma missão diferente da atual. No início, nosso objetivo era combater a ditadura militar que havia tomado o poder no Brasil. Mas, diferente dos grupos de guerrilha da época, nós não partíamos para a luta armada. Nossas armas eram espionagem e informação, e contávamos com uma forte ajuda internacional.

    O vídeo continuou seu passeio pelas décadas – Com o tempo, nossos objetivos se expandiram - continuou Caio - e nossa atuação se tornou cada vez mais global. Acumulamos recursos financeiros, tecnologia, know-how, influência e especialmente, conhecimento – muito conhecimento, sobre várias coisas. Coisas que muitas pessoas - algumas delas bem poderosas - não gostariam que fossem sabidas.

    Caio estava virado de lado para o vídeo, de modo que podia ver, com o canto do olho, um pouco das expressões deles. Estavam incrédulos, como esperava. Fernan mantinha o mesmo ar com que chegou, só que seu rosto agora demonstrava um pouco de raiva. Ele não havia falado nada desde que entraram, o que era um tanto preocupante.

    - Hoje em dia, podemos dizer que nossa missão é trazer ao mundo uma “revolução silenciosa”. Combatemos a corrupção, a desigualdade, injustiça, ajudamos as pessoas que mais precisam de ajuda, mas nos concentramos nas ações com resultados mais abrangentes possíveis. É um trabalho árduo, longo, com poucos efeitos imediatos, mas que a longo prazo, simplesmente vai transformar o mundo, para melhor.

    O vídeo chegou até a parte que mais interessava – Vou dar um exemplo recente de uma de nossas ações. Vocês, é claro, sabem do escândalo do mensalão, denunciado pelo deputado Roberto Jefferson, dois anos atrás. Podemos dizer que tivemos uma participação decisiva nesse caso. Fizemos uma proposta irrecusável ao nobre deputado: se ele denunciasse o esquema publicamente, nos “esqueceríamos” de vários outros esquemas em que ele tinha parte, assim como de vários detalhes escandalosos de sua vida pessoal – na tela, vários documentos sigilosos apareceram, assim como fotos de Roberto Jefferson em um hotel, participando de uma orgia.

    - A primeira resposta do deputado foi negativa – um áudio de umas dos inúmeros contatos que a Trama fez com Roberto Jefferson começou a tocar. Podia-se ouvir a voz eletronicamente alterada do agente da Trama fazendo ameaças veladas, e Roberto Jefferson respondendo com palavrões.

    - Então tivemos mostrar a ele que falávamos sério. Soltamos na imprensa uma gravação comprometedora para o deputado, o que gerou o escândalo dos correios. O deputado pareceu entender o recado, embora tenha sido idiota o bastante para tentar agredir o nosso agente que tinha ido lhe fazer uma visita – na tela, apareceu a famosa foto de Roberto Jefferson com um olho roxo, depondo na CPI dos Correios.

    Caio apertou o botão que encerrava o vídeo e a tela deslizou para cima. Eles não saberiam disso, mas um programa deletaria o vídeo automaticamente, de forma irrecuperável.

    - Certo... – disse Marcelo - vamos dizer que eu acredito que você trabalha para um super-agencia-de-espionagem-do-bem-que-ninguém-nunca-ouviu-falar... e o que a gente tem a ver isso? Que proposta é essa que você falou?

    - Acompanhamos vocês há algum tempo e achamos que vocês tem o perfil necessário para o projeto que estamos iniciando. Um projeto que visa adicionar a nossa força de trabalho colaboradores com... capacidades especiais.

    Caio sabia que tinha que ser sutil aqui, e viu isso no rosto deles. Só Cassiano não pareceu se incomodar com a menção de que eles eram meta-humanos, então era melhor não entrar no assunto agora. Logo eles estariam bem cientes dos poderes uns dos outros.

    - O salário é de dez mil reais mensais, fora vários benéficos que nossa organização proporciona. Não é o bastante para torná-lo ricos, mas vai permitir que vocês e seus familiares vivam com conforto. Não procuramos pessoas interessadas em dinheiro, mas sim em nossos ideais.

    Deixou digerirem a informação por alguns segundos e os observou. Cassiano mantinha a expressão neutra e pensativa. Tsuruji estava um tanto confuso, e Marcelo coçava o queixo, fingindo que tinha alguma dúvida se aceitaria a proposta. As sobrancelhas curvadas para baixo de Fernan não deixavam dúvida: ele não só não acreditava em nem uma palavra que Caio tinha dito, assim como não estava nada feliz com tudo aquilo.

    - Vocês teriam que passar por um treinamento antes de se juntar a nós, é claro. Não vou enganá-los: será um treinamento duro, pesado e vocês terão que ficar pelo menos seis meses isolados. O treinamento também tem um caráter eliminatório, e não há garantias de que vocês sejam aprovados – aquilo era um tanto mentiroso, eles continuariam o treinamento até  completarem todos os módulos, mas não era necessário dizer aquilo a eles.

    - Senhor Caio.... – Tsuruji venceu a timidez e falou pela primeira vez – Se aceitarmos essa proposta, nós vamos poder, depois... desistir? Quero dizer, nós poderemos deixar a Trama quando quisermos?

    - Sem dúvida, Tsuruji. Claro que, devido à natureza de nossas operações, manteríamos um olho em vocês. Mas vocês poderiam partir a qualquer momento, sem nenhum tipo de retaliação – outra meia-verdade, mais que necessária.

    - Então, amigos, a proposta é essa. Façam o treinamento, conheçam melhor a nossa organização. Tenho certeza que, ao fim, decidirão se juntar a nós.

    Fernan levantou-se subitamente, colocando a mão por trás da jaqueta. Atravessou o um metro que separavas cadeiras da mesa de Caio, e colocou uma granada sobre mesa.

    O negócio é seguinte – disse ele – vamos acabar com a palhaçada. Quer que eu acredite nesse teatro ridículo? Quero saber quem são vocês e como me encontraram, agora - enfatizou a última palavra com uma batida de mão na mesa, logo ao lado da granada.

    Caio manteve a calma, com especial cuidado para não alterar sua expressão. Apenas olhou fixamente Fernan nos olhos. Estava esperando algo como aquilo o tempo todo, e talvez fosse pior se ele tivesse sacado uma pistola.

    Marcelo sobressaltou-se da cadeira e veio em direção à mesa – Você está louco!! Tem noção do perigo disso!! – foi com a mão em direção a granada, mas Caio fez um gesto que o deteve.

    - Acalme-se Marcelo, está tudo bem. Tenho certeza que Fernan não quer machucar ninguém - dirigiu-se a Fenan – Sei que você está desconfiado de tudo o que falei, e não é para menos. Não é algo que se possa simplesmente acreditar, sem ver com os próprios olhos. Nós encontramos você Fernan, porque podemos. Podemos muitas coisas. Apenas nos dê uma chance, e você verá que nossos ideais são muito próximos dos seus, e podemos dar as condições que você precisa para alcançá-los.

    A calma com que Caio falou aquelas palavras claramente quebrou Fernan. Ele deveria  estar esperando que sua ameaça surtisse feito, que Caio reagisse com violência ou ao menos se mostra-se surpreso, mas o fato de Caio não fazer nada o deixou  apenas confuso.

    Caio sabia que, àquela altura, Frank já estava do lado de fora com seus homens, a postos para reagir, e também que havia homens atrás da porta secreta lateral. Esperava que Frank seguisse suas ordens e interviesse apenas se fosse estritamente necessário. Mas não seria. Fernan não puxaria o pino da granada – não porque sua ameaça era vazia, mas porque, mesmo se ativasse seus poderes, a explosão poderia machucá-lo seriamente.

    Fernan alterou sua expressão aos poucos, e voltou ao ar de desdém – Bem... vamos ver então. Talvez eu pense sobre essa sua proposta – pegou a granada e a recolocou atrás da jaqueta, e começou e se virar para a porta.

    - Ótimo. Já é um começo – se aceitar então, vá até ao aeroporto de Jacarepaguá, nesse domingo. Partiremos às 10 horas – disse Caio, enquanto Fernan abria a porta e saia.

    - Isso vale para vocês também, amigos – falou para os outros três. Pensem sobre isso hoje e amanhã, e se aceitarem, não se esqueçam de avisar seus parentes. Passaremos um bom tempo fora.

    Os três levantaram lentamente, e saíram, pensativos, sem falar nada. Caio os observou pela câmera de segurança enquanto iam embora. Não tinha se dado conta de como nutria por eles uma afeição quase paternal. Tinha acompanhado a maior parte da vida deles, era como se fossem seus filhos.

    Mas não eram seus filhos.

    Eram Filhos da Esperança.

--- Fim de citação ---


- Todos os PCs aceitaram o convite de Caio, e estavam no aeroporto no domingo. Eles partiram em um jato particular, em direção a uma ilha na América Central, cuja a localização exata Caio não revelou.

- Durante a vôo, Tsuruji e Fernan se estranharam e brigaram. O motivo foi um cigarro que Fernan acendeu, e que Tsuruji pediu pra ele apagar. Quando ele o ignorou, Tsuruji usou seus poderes para apagar a chama, o que ativou sua outra personalidade. Tsruji, descontrolado, chegou a disparar uma bola de fogo contra Fernan, que  se transformou em ar e evitou o ataque. Caio interveio, e disparou algum tipo de taser em Tsuruji, fazendo-o desmaiar.

- Quando chegam a ilha, conhecem seus alojamentos, e um homem chamado Alfredo, uma espécie caseiro que vai servi-los. Eles não tem nenhum luxo, mas o alojamento é bem abastecido.

- No dia seguinte, de manhã, conhecem seu treinador, o meta-humano mundialmente famoso por treinar super-heróis, Viktor Dunkanov, conhecido como Mentor. Ele passa para eles uma série de exercícios puxados.

- A tarde, conhecem Blix, a professora de Habilidades Sociais. Ela os apresenta o Simulador de Realidade Virtual, uma máquina extremamente avançada, capaz de simular diversas situações sociais e reagir adequadamente a maioria das atitudes dos PCs.

- De noite, já bem cansado, conhecem Kaito, o professor de Noções de Tenologia, e têm aulas de eletrônica.

- Antes de dormir, são surpreendidos pela visita de um garoto chamado Jimmy, que diz que há outros cadetes na ilha, do outro lado. Ele diz que estava curioso com os novos cadetes "super-poderosos", e que escapou para conhece-los. Os outros cadetes parecem não estar muito felizes com a presença deles, enciumados por eles terem super-podres.

-  Na manhã seguinte, Mentor os avisa que eles terão de enfrentar os outros cadetes em uma partida de futebol, como uma forma de confraternização. No entanto, para alimentar-les o espírito competitivo, há uma aposta: o perdedor lavará a roupa do ganhador por uma semana.

- Apesar do aviso de que nenhum super-poder é permitido, Cassiano tenta usar sua Leitura Mental logo antes do jogo começar, o que Mentor prontamente detecta, e desclassifica os PCs. Os outros cadetes, no entanto, pedem que ele reconsidere, pois estão loucos para derrotá-los em campo, e ele então decide deixar o jogo acontecer.

- Jimmy fica no gol para os PCs. O jogo é nervoso, com muitas entradas ríspidas. Os outros cadetes abrem o placar logo no início. Em uma das jogadas duras, Marcelo simula que foi agredido, e Mentor expulsa o craque do time adversário. O jogo fica mais fácil para os PCs, mas eles só conseguem empatar no ultimo minuto, quando Jimmy resolve sair do gol e aparecer no ataque para finalizar. Com o empate, ninguém lava a roupa de ninguém.

Quantico:
Reporte da Sessão 1 complementado (não deu tempo de postar uma parte).

Youkai X:
Que houve com os reportes? Houve algum problema de fim de ano ou real life happens atrapalhando? Quando planeja voltar a colocar os reportes? A campanha está ficando interessante, mesmo sendo um estilo de jogo que eu não jogaria, mas acho interessante de acompanhar.

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