Autor Tópico: Random pero no mucho  (Lida 941 vezes)

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Offline crudebuster

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Random pero no mucho
« Online: Agosto 24, 2013, 02:20:37 pm »
Uma vez eu trapáceei num joguinho de escrever contos via um gerador aleatório de uma página agatêemeele via uma lista de discussão e peguei isso:

"An unconventional ninja werewolf who believes he can never love again.
a vivacious renegade vampire from aristocratic European Stock."

Daí escrevi isso:

Um meio-yokai, um monstro amaldiçoado, assassino silencioso das madrugadas? Esse é Shikuto.
 
Desde pequeno criado para ser um assassino frio e eficaz, ele mal conhece sua força.

Agora, ele foi enviado à Europa para exterminar um vampiro da máfia, abrindo caminho para seu clã.

Porém seu caminho é cruzado por Catherine, tão sedutora quanto mortal, forçada a ser uma cortesã da máfia, buscando vingar-se pela morte de sua família com a força da maldição imposta pelos seus tutores vampiros.

"They fight crime!" Era a frase de efeito.

"Ei, parece até uma sinopse de filme B... que tal uma cena?" Eu disse.

É noite de lua cheia em Londres. Correria. Tiros. Gritos. Sangue escorrendo dos sobretudos pretos esburacados.

Ela foge. Sabia que não deveria ter chegado perto da mansão, mas agora foge dos capangas
de Markus.

Talvez não veja outro dia, que ironia. Os ferimentos ardem, o sangue ferve, as feridas se multiplicam conforme seu fôlego se esvai na névoa. O beco sem saída. Não há forças para saltar mais alto.

Não há garras, não há defesa. Só a morte lhe aguarda no beco sujo.

Ele a observa da janela de seu apartamento, através dos desajeitados óculos empinados no focinho quase vulpino de pêlos marrom-claros.

Apesar de tudo, ainda tem de usar óculos.

Olha para a lua, respira fundo e pede para que não seja tarde demais pra se arrepender. Salta.

Quatro andares até o próximo poste, de onde salta até o beco, onde quatro encapuzados cercam a dama de vermelho.

- Já não é tarde demais pra vocês estarem na rua, cavalheiros? A noite está fria, e o vento está cortando como navalha... - Diz o lupino ao cair, seguido de um estalo surdo de seus joelhos recurvados.

- Mas que droga é essa? Pensei que tinhamos matado todos vocês, cachorros fedidos!

- Deve ser um imigrante, olha só a pose dele. Não é inglês.

- Não me interessa, fogo nele! Atirem na cabeça! - Levantam as pistolas quase sincronizadamente...

- Vocês querem fogo? - O lobo mostra as garras curtas segurando shurikens - Este deve servir. - Os shurikens se incendeiam, e começam a rasgar o ar, cruzando as balas e se encravando nos sobretudos pretos.

As figuras medonhas começam a arder em chamas, enquanto as balas perfuram o lobo que não contém seus instintos e ataca ferozmente, chutando e socando várias vezes até que os homens param de resistir e no chão, dão ao fogo a possibilidade de queimar seus pecados...

Assustada porém decidida a vampira brada do canto onde observava a demonstração de força do lobo marrom:

- Você esqueceu uma, maldito - Levantando um ensanguentado braço travando o gatilho frouxo de uma arma. - Eu não vou perder minha vida pra uma abominação dos infernos!

- Minha cara, vê-se que faltou educação de minha parte - Se aproxima devagar, olhando do alto de seus 2 metros e pouco a vampira entre os sacos de lixo - Meu nome é Shikuto. Eu fiquei curioso em saber porque os vampiros daqui estão lhe caçando. Seu sangue parece ser bem antigo,
porque estavam tentando tirar sua vida? Ou não-vida, como costumam dizer?

- Não interessa a você, lobo. Vou morrer mesmo, nada disso vai lhe interessar. Faça logo seu trabalho, então. Ao menos os cães mandaram alguém sutil. - quase desistindo, afrouxando a mão e apontando pra própria cabeça, de cabelos louros e sedosos, um tanto maltratados.

- Tomare que vocês matem todos aqueles malditos chupadores... - Aperta o gatilho, no que é interrompida pelo vapor quente das narinas dele, com uma fina garra segurando a bala no tambor.

- Hoje não. Ainda não descobri o que eles queriam, deve valer a pena mais um dia. - Uma cotovelada, um nocaute, e a leva a sua casa, já em sua forma normal e franzina, coberta de sangue e sujeira, a  pondo no sofá.

Tira suas roupas e cuida dos ferimentos, esperando calmamente o amanhecer na sacada da janela enquanto ela parece dormir no desconfortável sofá.

- Espero não me arrepender do que fiz... - diz o lobo, voltando a admirar o luar na noite fria e nevoada de Londres...
deve ser muito estranho ser normal