Mais um ano se foi, mais uma campanha bem sucedida na Spell também. Agora, chegou o momento decisivo que poderá dar um fim à saga do Reino de Ferron, seus aliados e seus inimigos.
Inicialmente essa campanha será presidida pelos antigos jogadores, mas, já sabendo que não será o suficiente para que o número de 5 jogadores seja preenchido, haverá vagas disponíveis para quem se interessar. Todos os detalhes serão postados no decorrer dos dias. Abro com esse texto principalmente paradar início às preparações dos jogos e ver o que os jogadores esperam ou não dessa campanha, bem como o que já foi preparado em relação aos personagens.
Pois bem, senhores, eis os detalhes básicos da campanha!
Sistema: D&D 4.0;
Nível: 8º;
Classes disponíveis: Todas, mas qualquer material do Essentials será previamente analisado;
Cenário: Próprio, com detalhes já existentes e material de campanhas passadas (a ser postado);
Programa a ser utilizado: Maptools.
Esses são os detalhes, meus caros. Caso precisem de qualquer informação, sintam-se livres para perguntar.
O veterano caminhou pelo chão de alvenaria da antiga masmorra, amarelada pela iluminação calorosa das tochas presas às paredes. O espaço não era usado há anos, mas havia um motivo especial pelo qual aqueles prisioneiros haviam sido levados à sua presença. Eles não podiam ver, não em plena consciência. Alguns estavam desacordados, outros apenas afetados pela poderosa droga de fabricação drow que corria em seu sangue.
O olhar do veterano para aquelas pobres almas enjauladas era frio e demorado. O carcereiro observava tudo a uma distância segura, se é que isso fosse possível. "Sou um homem de Adamantium, de Armada, a capital do mais poderoso reino do mundo conhecido. Não posso tême-lo.", dizia a si mesmo, mas tal tarefa era demasiada árdua para o pobre homem. O veterano que observava os prisioneiros era, para ser educado, hostil. O homem era, de fato, um demônio, um tiefling. Sua pele era avermelhada e as chamas pareciam enaltecer suas feições infernais. Não possuía um dos chifres característicos de sua raça, o que lhe restava girava em torno de sua cabeça como se fosse parte de um elmo macabro. E seu olhar, o pior de tudo era seu olhar.
"Ainda bem que os pobres coitados não podem ver isso."
"Sâo aqueles que eu pedi?" - O diabo indagou. - "Não me parecem os mais capazes para o que eu tenho em mente."
"Eles.... foram os que mais deram trabalho nesses últimos dias. Depois dos últimos acontecimentos.... a grande quantidade de mercenários no último conflito e todas as baixas.... a profissão de aventureiro errante foi realmente colocada à margem, criminalizada, não apenas regulamentada, como antes..."
"São mercenários, todos eles?"
"Não... não. Ouvi cada um deles.... eles são bem mais que isso, mas vejo que você vai querer perguntar a eles pessoalmente."
"Acertou, carcereiro, mas vejo que sua inquietação em sair daqui é muito mais evidente que o passado desses morimbundos."
O homem não deixou de mostrar que tremia, mesmo sob sua cota de malha. - "Não deveria estar aqui... essa não é a masmorra que deveria estar tomando conta."
"Não se preocupe.", o tiefling disse, colocando a mão em sua algibrieira e jogando um saco de moedas para o homem.
Naquele dia, o veterano descobriu que os homens de Adamantium não são tão incorruptíveis como diziam as lendas, mas também, era difícil não ser corrompido quando um diabo ocupava um dos lados do contrato.
Tudo estava tão certo que o próprio veterano deixou escapar um sorriso, um dos macabros. Enquanto o carcereiro tratava da parte mais prática, os papéis eram organizados por outras pessoas também suscetíveis a algumas moedas. Logo aquelas pessoas sairiam dalí. Não na forma de cativos, mas de pessoas a serviço do reino. "De qual reino?", perguntou-se o diabo. "Do meu.", ele mesmo respondeu.
Mais uma vez... Tudo estava certo, agora ele só precisava daquela lista de nomes de pessoas para visitar, mas o tiefling sabia que deveria se apressar, pois quando o abismo bate na porta da sua casa, já passou da hora de se mudar.