Autor Tópico: [Jogo Aberto] Desventuras ...  (Lida 6675 vezes)

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Offline Vincer

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[Jogo Aberto] Desventuras ...
« Online: Março 19, 2013, 07:54:19 pm »
"O calor das chamas quase queima seus cabelos mesmo a distância, mas nem se comparam com a raiva que queima dentro de você. Sua aldeia lá fora ainda cheira a cinzas e a sangue, o sangue espalhado pelas ruas daqueles que não tiveram tempo de fugir. Seu castelo ainda brilha em chamas, sem qualquer sinal de suas esposas, que se ainda vivem devem ter sofrido destino pior, nem o choro de seu infante filho é audível pelos corredores enfumaçados.
O sangue de um bárbaro imundo ainda escorre pelo seu rosto, não teve tempo de ver que tipo de raça era o homem que o atacou; 'Lá está ele!' ele havia gritado ao correr em sua direção com uma espada em riste, mas você mal reparou nele ou no golpe que deu partindo-o a cara, tamanho o transe que ver sua vida e todas suas conquistas ruírem ao seu redor lhe causava.
Você foi traído.
Queimaram sua casa, mijaram em seu nome, mataram ou raptaram suas mulheres e de certo seu filho não é mais. Se ele era mesmo seu ou não conforme as más línguas espalhavam não importa, a mera ousadia de pensarem em matar seu filho já seria imperdoável.
E agora atentavam contra sua vida.
Não importa mais quem era ou como pensava; Tudo agora mudou. Nem tristeza se consegue sentir num momento desses, apenas um pensamento domina e inflama sua mente..."


Você(s) é Sir.[1 nome] o último filho do Grande Lorde Loric*(que os deuses o tenham),habilidoso cavaleiro, soberano sobre as terras de Valverd, marido de quatro belas esposas, invejado por suas habilidades e posses ainda tão jovem, e claro, vassalo de Hergrelgen, monarca suserano por toda a Baixa Virdina.

Ou ao menos você era até pouco tempo.

Havia partido em campanha militar em socorro ao Grande Lorde Melviq, como seu contrato com o 'rei' determinava ser seu dever, há apenas algumas semanas. Juntara seus homens de confiança e um bando de mercenários istorrianos e marchou confiante contra bárbaros que atacavam aldeias as margens da Grande Floresta. Nada demais, suas finanças iam bem, já enfrentara campanhas maiores e um bando de assaltantes mal equipados não seriam ameaça alguma.

Mas quando voltava vitorioso que tudo mudou. Acampados fora de uma cidade vizinha você se aproximava da cabana do líder mercenário quando ouviu uma conversa: de que havia sido declarado um traidor, de ter saqueado as aldeias que acabara de defender, e que por decreto do próprio rei todas suas posses e título haviam sido confiscados. As coisas começaram a fazer sentido, como as desculpas do chefe local em não poder oferecer-lhe um quarto em sua casa 'por causa de obras', e até mesmo o pedido por ajuda militar contra um montante tão fraco de assaltantes... e um decreto, tão rápido?
Um golpe. Antes que pudesse se sentir como um marido traído que é o último a saber obviamente você tratou de escapar [2], afinal, um bando de mercenários istorrianos acabava de descobrir que não teriam pagamento e seus pés involutariamente se afastaram da barraca antes que alguém terminasse de falar 'recompensa'.

Sua única esperança seria se aquartelar com algum de seus aliados até resolver tudo oficialmente, mas demoraria muito chegar a algum deles e suas terras estavam em perigo. Se chegasse em casa a tempo poderia negociar durante um sítio ou enviar mensageiros antes de ser sitiado, mas qualquer demora corria o risco de ter suas economias e mobília saqueadas e suas esposas de refém.

Mas nem em seu mais louco pesadelo poderia ter previsto aquela cena. O cavalo quase morto por correr 3 noites e dois dias quase sem parar e você sem conseguir pregar os olhos para se deparar com sua cidade saqueada e seu castelo em chamas. Nada mais fazia sentido.

Mas não há tempo de pensar nos porquês agora. Sua cabeça está a prêmio e areia desce pela ampulheta como o sangue da apunhalada que levou. É preciso reagir logo, antes que os responsáveis fechem o cerco e nem seus mais confiáveis aliados lhe dêem asilo.

"Vozes em alguma outra sala ecoam em alguma língua indigna, provavelmente perceberam o grito do falecido companheiro e sabem de sua presença. Você tem apenas tempo de tirar a espada do cadáver ao seu lado quando vê seu fiel servo [3] no final do corredor lhe acenando preocupado para segui-lo."

Sua reação natural foi entrar no castelo, mesmo em chamas, para tentar salvar alguém ou algo, mas não encontrou alma viva na ala residencial. Agora você está na ala leste, onde ficava seu tesouro e onde está a sala secreta, onde guarda algumas jóias e velharias de seu pai, inclusive a Fura Olhos, a famosa espada de sua família a gerações. Chances são que esses bárbaros fedidos não perceberam a parede falsa que pode ser arrastada para acessar a sala.

Um castelo demora mais que outras construções a padecer de um incêndio, mas mesmo as bases de um castelo da mais exímia engenharia anã caem perante o fogo dado tempo o suficiente. Ele parece ter resistido bem até agora mas uma viga cai ao seu lado esmagando o cadáver do bárbaro que matou no exato instante em que pensava nisso. As vozes dos invasores têm origem confusa pelos ecos mas vêm do mesmo lado que a sala secreta, provavelmente são apenas alguns retardatários tentando encontrar algo de valor que a horda tenha ignorado na confusão ou mesmo bandidos, ralé que como moscas entraram após os invasores. De certo não são muitos, mas conseguiu distinguir umas 3 ou 4 vozes distintas no mínimo, está cansado e embora o castelo não vá desabar agora o forro começa desmoronar e a saída pode ficar complicada.

Seu fiel servo acenou apressado mas também não esperou muito, por mais fiel que seja ele preza pela vida sendo cauteloso e parece não querer testar a sorte nenhum segundo a mais dentro do castelo. De certo ele pode dar detalhes sobre o ataque, mas você não sabe se ele esperaria por você, se pretende fugir ou para onde ele vai fugir.

E então, o que você faria?

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A narrativa é aberta. Ao final de cada dia a ação que o primeiro usuário tiver postado será a escolhida, OU a mais votada. Qualquer um pode declarar uma ação ou quotar outra ação para votar. 4 ou mais votos tornam algo um fato, mesmo que o dia não tenha passado, e já podem começar a declarar outras ações, só espero o dia seguinte para prosseguir na falta de votos.

Cada um também pode inventar e explicar como preferir as questões, quantas e quaisquer forem, mesmo com mais de uma alternativa, independente de declarar ações/decisões do 'protagonista coletivo'.
Qualquer coisa vale, vocês que vão preencher a história dele aos poucos ou decidir como ele é ou pensa. Se votarem em coisas contraditórias não importa, sinal de que ele é 'caótico'.

Primeiras questões e detalhes:

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Algumas regras e outros detalhes vão surgir conforme preciso, ao seu tempo, até mesmo porque o tópico já está grande. Por hora isso basta; Eu quase incluí a descrição das esposas mas isso pode esperar. Se alguém quiser eu adianto.

Próximas postagens não serão tão grandes, prometo que vou tentar me conter  :bwaha:
Podem comentar 'off-game' aqui também, perguntas, críticas, etc... não quero criar mais de um tópico para isso.
« Última modificação: Março 20, 2013, 10:13:51 pm por Vincer »

Offline Vincer

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Re:[Jogo Aberto] Desventuras de um ex-lorde
« Resposta #1 Online: Março 20, 2013, 10:13:25 pm »
Eu abri para qualquer comentário e crítica também, tipo 'que diabos de idéia é essa', 'achei chato', 'TL:DR'... qualquer feedback.

Um dia ainda vou achar alguma forma de narrar pbf que me agrade, algo que não demore tanto e mais ainda quando algum jogador demora a responder. 1 personagem-1 história-todo o fórum não é interessante pelo visto(ou essa história, sei lá).