Domo arigato, mr. Roboto.
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No escuro, tendo acabado de se vestir, a Gata Elástica enxerga dois pontos amarelo-esverdeados, brilhando num tom doentio. Pisca os olhos de surpresa e percebe que eles não estão mais lá -- teria sido uma alucinação depois de ter passado em meio ao clarão dos lasers de segurança?
"Poder," recita uma voz desencarnada, ressoando nas trevas. "Mate BlackJack no centro desta prisão e você terá o poder dele, e o poder de milhares de Gatas de todos os mundos possíveis... mas para isso vai precisar de minha ajuda. Torne-se meu conduíte e eu sereis seus olhos, que a conduzirão para a vitória."
"Não tenho costume de aceitar barganhas de fantasmas," brincou a Gata, tentando disfarçar o medo e a curiosidade.
"Sua tola. Quem acha que tornou possível sua fuga até aqui?" A voz demonstrava irritação súbita e Melinda sentiu ao mesmo tempo uma ardência nos olhos e uma dor de cabeça latejante.
Seu instinto de liberdade falou mais alto, "Não! Não!" e tentou sair dali, mas os pés falsearam de tanta dor, que aumentava com sua insistência em resistir àquele contato nojento.
Finalmente caiu, em silêncio, espirrando um pouco de sangue pela boca, mas viva.
Poucos minutos depois, outra voz bem diferente se fez ouvir, mas a Gata não estava acordada para ouvi-la: "Ora, ora... mas o que temos aqui?"
*** FIM DA CENA ***
Pelo que percebo da lógica das coisas então, podia ter sido qualquer um de nós que não o Youkai a terminar a cena.
Aliás eu até prefiro que quem defina o dado não seja quem resolve textualmente a cena, pra ficar tudo mais distribuído, mas agora já foi. Passemos ao Frost.