Arco 00 - Prelúdio
Turno 03/03
Cena 01 - Castelo de Bérquia, Dia 17/05 [Catélia]
A criada retorna aos quartos de Catélia ofegante, o sol já nascia. Ela lhe entrega o bilhete e um pingente: - "Senhora, ele mandou que lhe entregasse isso em resposta. Nenhum dos guardas me viu nem indo, nem voltando."
O pingente feito de ferro, e possui uma pedra azul muito linda, mas sem valor algum. O sol ainda não havia nascido, mas a pedra brilhava a luz das velas.
Cena 02 - Castelo de Bérquia, Dia 18/05 [Catélia]
Catelia esbraveja com Faustos: - "Estamos com sérios problemas de segurança. Reforce nossas tropas, tão grave quanto esta possível fraude é o quão desprotegido estamos."
- "Eu posso resolver isso alteza" - O homem com um olho interrompeu Catélia que nitidamente não gostou da interrupção mas o homem falava enquanto andava olhando as paredes e janelas - "Eu tenho alguns conhecidos que podem reforçar as defesas do castelo. A senhora sabe, carpinteiros, ferreiros, esse tipo de pessoas. E posso cobrir as falhas que todo o castelo tem, soube que um plebeu quase escalou os muros do castelo ontem a noite é verdade? Bem isso não é da minha conta suponho, mas se um plebeu pode fazer isso, e eu consegui obter esse livro com tanta facilidade, quem pode dizer os estragos que podem ocorrer em um cerco?"
Catélia continua se dirigindo a Faustos: - "Temos que resolver a situação central. Não basta sabermos que Radje apenas desviou nossos recursos. Precisamos saber quem é que está o encobertando! Quero que fiquem de olho nele e vamos rastrear esses gastos, você tem o livro, tente ver o que é possível, mas não deixe que Radje descubra nada disso. Essas terras não são mais as mesmas... A ÚNICA PESSOA QUE NÃO TEM CARA DE MORTA É AQUELA QUE ESTÁ ME ENGANANDO?"
Faustos no entanto alerta a Princesa: - "Isso será difícil minha Senhora, se não devolver os livros para Radje ele desconfiara de algo."
- "A essa altura ele já sabe!" - Interrompeu novamente o homem caolho - "Eu posso ter deixado alguns papeis revirados, se ele for um homem atento a detalhes ele vai perceber que alguem esteve lá. O melhor seria esconder o livro ou deixar com a Princesa!"
- "Com a Princesa? Não entendo!" - Faustos parece estar curioso
- "Quem sabe do dinheiro é você correto Faustos? Se ele souber que você viu o livro saberá no ato que foi descoberto, e qualquer outra pessoa que tiver o livro terá certamente os olhos dele em cima dela!"
- "Sim, ele não pode vigiar a Princesa, mesmo sendo o primeiro conselheiro da Bérquia ele seria acusado de traição se espionasse a Princesa, no minimo!"
O caolho apenas acena a cabeça enquanto observa atentamente a janela de pedra em busca de alguma falha
- "Outra coisa, o conselho muitas vezes se reúne sem minha presença, quero que você descubra se Radje se aproveitou de minha ausência em algumas dessas reuniões." - Termina Catélia dispensando os homens.
Cena 03 - Castelo de Bérquia, Dia 19/05 [Catélia]
Catélia estava em seus afazeres diários conversando com algumas damas da corte quando é interrompida por um Soldado. O Aldo, Justicar Máximo de Thandariar estava entrando no Palácio naquele momento.
Um grupo de Cavaleiros com o Brasão de Thandariar acompanhava Aldo, mas a figura mais impressionante era um Char, vestindo uma armadura de placa completa e com uma alabarda em suas costas estava sempre atras do Justicar, nunca o deixando sozinho.
- "Princesa Catélia!" - O Justicar cumprimenta respeitosamente
- "Venho aqui pra tratar de assuntos do interesse da Bérquia".
- "Como sabe o Duque Tzorra Puvias deseja essas terras para seu filho, e vem tentando conseguir um casamento de interesses com a Princesa. O que seria um ganho duplo para o pequeno Duran Puvias, ganhar as belas terras da Bérquia e a mais bela de todas as damas desse vasto continente, se me permite a indiscrição!"
- "Aqui está seu selo" - E entrega selo feito de aço com uma Bérquia, simbolizando que a Bérquia agora é oficialmente considerada um Principado legitimo e indissolúvel.
- "Peço perdão pela demora em lhe trazer seu selo, mas tinha negócios importantes em Shion a resolver. Parece que uma pequena disputa familiar ao leste de Shion vai ser levada a campo de batalha. Você deve me entender, considero que traições e intrigas são recursos bárbaros que nossa sociedade deve abolir o quanto antes, afinal já possuímos politica o suficiente."
- "Devo pedir seu perdão, mas devo me retirar. Não é meu desejo lhe tirar de seus afazeres, e tenho uma viagem longa pela frente. Um Barco já está a minha espera. Rezo aos deuses pela sua saúde, e por seu perdão diante de tamanha desfeita. Já será uma tristeza sem tamanho não poder compartilhas de sua compania por mais tempo. Adeus!"
Ele se retira tão inesperadamente conforme chegou!
Cena 04 - Castelo Oglaskayadrartaz, Dia 21/05 [Nerener]
- "HAHAHAHA, a quanto tempo, princesinha, digo, conde Nerener e lá vai sobrenomes impronunciáveis! Vejo que trouxe umas gracinhas pra viagem de agora, hehehe! Devia ter cuidado com as ondas, elas parecem ter gostado de vocês, hahaha!" – Turer já se apresenta de forma bem marcante, se fosse outro homem, teria sido mandado pro empalamento ou machado de execução, mas trata-se de um ex-pirata perigoso e necessário nesse momento, e nem a ira do jovem nobre é maior do que seu bom senso camuflado entre sua personalidade ególatra com complexo de diva, preferindo entretanto...
- "Ora, como ous..." –c ontem-se e cerra os punhos, para em seguida colocar de leve os dedos sobre o peito com o braço bem contraído com o cotovelo quase pra frente e empina o nariz – "Certo, você teve seu momento e a natureza mostra-se ingrata, mas lembre-se que cada piada de mal gosto assim rende-lhe decréscimos no seu pagamento. Mas como sou generoso, desconsiderarei agora."
No fundo, marujos e servos buscam as malas e baús pesados que foram arrastados pela onda e se arriscam bastante pra recuperá-los, e mesmo com um deles tendo a perna quebrada em fratura exposta, recebem gritos e comandos para se apressarem e carregarem logo as malas, que assim as são.
- "Primeiro eu, depois as damas. Pode dispensar por ora a sombrinha, já que fomos encharcados, mas guardem-na. Guardas, a postos e subam, escoltem-nos! – diz energicamente o belo e impaciente nobre."
Os marujos parecem não ter ouvido as ordens de Nerener e continuam parados sem abrir espaço na ponte de subida para p Conde.
- "Acho que não entendeu Nerener, esse Navio não vai zarpar!" - Turer falou enquanto saia da proa e entrava em seus navio - "E não espere outro tão cedo, o único que poderia fazer essa viagem nos próximo dias sou eu. Melhor rezar para a chuva acabar e meus homens se tornarem competentes e concertarem essa banheira de madeira rápido. Por que se não vamos ficar aqui pelos próximos 3 dias."
Cena 06 - Castelo Oglaskayadrartaz, Dia 25/05 [Nerener]
Nerener recebe Dinir que parece preocupado e cansado: - "Alteza, eu procurei em todo Castelo e tive pouco sucesso, mas descobri algo que pode ser útil. Seu filho foi levado para o oeste" - Ele entrega a Nerener um pano roxo e simples, mas muito bom - "Esse pano não é de ninguém do Castelo, e o unico lugar que ele pode ser encontrado é na Cidade de Ciprur, ao oeste, onde só a melhor lã pode ser colhida." - Percebendo a desconfiança do Conde ele completa - "O pano estava sujo de cocô do seu filho, achei perto de seu berço e a Senhora Korkini disse nunca ter usado esse pano, suas outras esposas também nunca o virão"
Cena 05 - Castelo Oglaskayadrartaz, Dia 09/06 [Nerener]
Um dos Soldados entra apressado nos aposentos e fala a Nerener que o Justicar Máximo Aldo está chegando, ele desceu de um navio negro e vem vindo ao Castelo.
Os Cavaleiros fortemente armados ficam a porta enquanto Aldo entra com seu fiel guarda-costas Char
- "Nerener é sempre um prazer peculiar lhe encontrar!" - Cumprimenta respeitosamente o Justicar
- "Tenho alguns assuntos importantes a tratar com você Alteza! Soube da rápida expansão de seu território e precisamos agora definir adequadamente suas fronteiras obviamente."
- "Gostaria que autenticasse com seu selo real esses papeis. Eles lhe conferem o poder sobre as terras que acabou de adquirir, mas obviamente gostaria que os lesse com calma e conferisse se está tudo de acordo." - Enquanto deixa os documentos expostos para Nerener ler ele continua - "Tem sido dias difíceis você sabe, fui obrigado a alguns dias destituir os direitos sobre alguns de seus conterrâneos ao leste de Shion. Uma família que luta por terras, nada incomum. Infelizmente as divergências que ambos afirmavam terem na legitimidade territorial das terras de seus antepassados me obrigaram a tornar suas terras conquistáveis. Agora creio que noticias de mais uma guerra chegaram em breve. Nada mais justo e correto que pagamento em sangue por terras de direito sanguíneo. Se ao menos pudéssemos resolver tudo sem recorrer a violência!"
- "Bem, acredito que minha tarefa aqui acabou. E tenho certeza que em breve nos falaremos novamente, ouvi falar de planos expansionistas bem audaciosos, espero que tudo de certo. Mas agora devo partir, o trabalho de um Justicar nunca termina. Minhas mais sinceras desculpas por sair tão apressadamente, e por favor deixe que suas esposas e filhos saibam que lhes desejei os mais profundos sentimentos de apreço. Agora devo ir."
Gente, chegamos no final do Preludio, meu próximo post vai ser encerrando esse arco.
Deixei a ultima cena com Aldo bem definida, quero testar outras formas de postagem, mas percebam que as frases dele são genéricas e você tem total liberdade de preencher as lacunas no dialogo.
Tentei dessa vez ser mais claro nos meus posts, espero que tenha melhorado.