Mikael percebe que não planejou o que dizer ao pessoal da caravana... o plano é sair assim que o grupo tiver as informações que querem, mas é claro que isso não pode ser dito. Ele nunca foi bom em mentir...

-- Eu... *quase diz algo como "só queremos sair daqui", mas a elfa fala primeiro* isso, acho que vamos para Borca a princípio. *haja mais naturalmente! sabe se as coisas estão tranquilas lá em hnn Levkarest? Se não gostarmos, seguimos para Baróvia.

Depois observa a Agnes falando com o coxeiro, levemente confuso. Ele não tem certeza do que ela quer dizer.

Inicialmente eu iria esperar que todos os outros postassem sua atitude para então postar a minha.

E eu queria fazer o mesmo. Aí é que está o problema. ;)

Mikael prefere usar seu saco de dormir do que arriscar qualquer coisa daquela estalagem. Ele já dormiu em lugares piores do que um chão de madeira, e realmente não espera conseguir muito descanso de qualquer forma.

*para Klesha* - Certo, me acorde primeiro se ouvir algo. E o segundo turno de vigia será meu.

Ainda antes de dormir, ele verifica os acessos ao quarto - quantas janelas existem, se há como barrá-las ou trancá-las, se é possível entrar pelo teto de alguma forma...

*Essa maldita cidade está nos matando aos poucos. Todos os meus instintos me mandam fugir para longe daqui. Meu "dever" é ficar, mas não vejo de que isso tem adiantado até agora.*

Mikael ajuda os demais a escalar o muro, e procura guiá-los furtivamente pelas ruas da cidade, indo na frente como batedor. Ele não gosta da ideia de voltar à estalagem.

- Dane-se a estalagem. A noite aqui é muito perigosa, em qualquer lugar. Temos que ficar acordados até amanhecer. Lembram do plano? De manhã a gente pega a caravana, e na volta a gente acampa e descansa direito, mais longe da cidade, e ainda de dia. Não acho que os ratos gostem do sol.


Ele não quer pensar sobre a elfa, o que pode acontecer a ela. Ele teme o que isso possa despertar em si mesmo.

Mikael ainda está ferido e cansado, e gostaria de evitar uma luta dessas, que nem é importante para seus objetivos. Mas se não tem outro jeito, eles vão ver o que é "poder licantropo"...

Mikael será mais cuidadoso nessa luta. Ele irá arremessar suas machadinhas (twin strike à distância) nos que se aproximarem, deixando Klesha avançar primeiro e os conjuradores agirem. Só então ele investe, flanqueando com Klesha se possível. Se ele sangrar, dessa vez não irá segurar seu Longtooth Shifting.

*Mikael se lembra de uma lição de caça ensinada por Baltasar, e tem uma ideia de como aplicar isso com humanos em uma cidade. Agora, como explicar a seus companheiros?*

- E existe outra hospedaria nessa cidade? Pelo que entendi, é aquela espelunca ou dormir na rua. Quer voltar lá? Se tem como fazer sua presa achar que você não é ameaça... quero dizer, eles não vão gostar tanto se a gente abordar depois de seu trabalho, ou interromper seu descanso ou sua viagem. Nós teremos mais chances se a gente pegar a caravana com eles amanhã. Nada de mais você fazer uma ou duas perguntas amigáveis a um companheiro de viagem, depois de uma boa música de estrada...

- Claro, depois abandonamos a caravana e voltamos, acampamos fora e entramos na cidade à noite. Com sorte... eles vão pensar que abandonamos a cidade, e nós deixamos de ser a caça, pelo menos por um dia.

Ele acena, concordando com Klesha, e sai mudo do quarto e da estalagem.

*Merda de cidade. Como não tem nada decente pra comer? Mesmo no vilarejo gundarakita mais pobre dava pra arranjar batatas cozidas ou galinha ensopada... melhor não pensar em comida*

A fome deixa Mikael mais mal-humorado.

- Amanhã, Kriger? Vamos hoje. Assim que a Agnés acordar... juntamos nossas coisas, e saímos antes do anoitecer; não vou ficar nessa cidade maldita mais do que o necessário para cumprir nossas ordens.