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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 13, 2012, 07:25:53 pm »
Ai voltamos aquele ponto lá atrás que levantei... Como renovar o hobby ?

Antigamente tínhamos, pelo menos, o Hero Quest nas prateleiras de grandes lojas. Hoje o seu sucessor espiritual, o RPG Quest, não saiu das mesmas prateleiras que todos os outros RPGs...   

Veiculação em rádio, revistas e tv são caros

A mídia Podcast vem crescendo será uma opção? Será barato também?
Existem muitos Blogs que não são necessariamente de RPG que podia vender espaços

Quem teria cacife de bancar?
Financiamento coletivo?

Acho que existem dois modelos principais de iniciativas (ou esforços, sei lá) para renovar as bases do RPG por aqui. A que todo mundo mais se lembra é a que eu chamo de "cima para baixo" - anúncios em revistas de cultura pop e afins, jogos de temáticas mais adolescentes em bancas de jornais, mega eventos, etc. O lance de uma estratégia de "cima pra baixo" é que pega um monte de gente e relativamente rápido, embora custe geralmente uma nota preta.

O outro lado é o que eu chamo de "baixo pra cima" e são pequenos eventos regulares, microcomunidades em torno de vários jogos, ações de financiamento coletivo, campanhas pontuais de divulgação e parceria em outras mídias e por aí vai. Geralmente tem um custo menor e acho que podem ter um efeito interessante a médio e longo prazo, ou seja, precisam continuar acontecendo por um longo tempo para ter resultado.

Acredito que atualmente estamos agindo muito mais no modelo de "baixo pra cima". Várias cidades grandes possuem eventos regulares, onde iniciantes podem chegar e aprender o jogo, além de comunidades online bastante fortes, como a que surgiu em torno do Old Dragon. Só posso falar dos indies, mas tenho visto que o interesse em adquirir e jogá-los por aqui é maior que no final de 2010 quando as coisas realmente começaram a decolar nesta área.

Ainda assim, ações de "cima pra baixo" viriam bem a calhar, até para que as pessoas atingidas por elas pudessem recorrer aos micro eventos e comunidades online se precisassem.

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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 12, 2012, 04:34:30 pm »
Não sei de mercado aqui no Brasil, mas na Paizo a maioria dos livros deles tem uma diferença substancial o valor do formato digital para o valor do formato físico.
Sinceramente nem conheço livrarias brasileiras que vendem em ambos os formatos, mesmo de outros tipos de publicação que não o RPG.

Opa, aqui no Brasil a loja da Retropunk funciona neste esquema, com diferença de preço substancial entre o mesmo título impresso e em formato eletrônico: http://loja.retropunk.net/index.php?language=br

Pelo que vi a maioria dos jogos em PDF custa cerca de um terço do preço dos impressos, o que pra mim é um valor bem interessante.

Agora se para você algo que VOCÊ não presenciou ou VOCÊ não percebeu é tudo prontamente rotulado de "lógica estapafúrdia" o mundinho que é pequeno aqui é o seu e não o meu.

Hmm Ad Hominem, que saudade eu não estava de você!

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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 12, 2012, 04:01:01 pm »
Não precisa ter poderes psíquicos não.

Basta um pouquinho de inteligência.

Ou para você os psiquiatras são paranormais?

Aliás porque você tá tão ofendidinho assim? Eu falei algo diretamente sobre você ou suas atitudes? Acho que não. Só se falei indiretamente a a carapuça serviu direitinho...

Opa, não sabia nem dessa sua formação e nem que rolava Psiquiatria via blogs. Viva a ciência!

Mas sério, não tô ofendido não cara, na verdade é muito difícil eu me ofender com discussão de internet, ainda mais sobre RPG, uma coisa que eu jogo, leio e crio por pura diversão. Só acho que infelizmente ainda é algo muito comum na internet (e não só aqui na Spell ok?) as pessoas jogarem indiretas e ofensas ao vento, mas quando são perguntadas para serem mais específicas (ou no bom português, darem nome aos bois) aparecem como todo tipo de explicação e lógica estapafúrdia.

Exatamente como aconteceu aqui nessa breve digressão sobre "as pessoas" que querem ficar ricas com RPG...

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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 12, 2012, 02:24:08 pm »
Já ví na época do boom dos Blogs um monte de idiota que abdicou de fazer um conteúdo legal para ficar fazendo propaganda ou auto-propaganda e posts inúteis para atrair movimento a seu site e assim tentar ficar "rico", pelo menos na cabeça deles...

Bom, como você citou com tanta certeza e mais de uma vez, achei que tinha alguém falando por aí em ficar rico com RPG. Mas como meus poderes psíquicos não são nem de longe tão bons como os seus, não tenho como saber o que o pessoal realmente queria "na cabeça deles"...

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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 12, 2012, 11:44:30 am »
E Não há problema nenhum exceto para os que acham que vão ficar ricos vendendo RPG sem investir em divulgação fora do mundinho bolha.

Mas aqui no tópico a única pessoa que usou as expressões "rico" e "RPG" foi justamente você... Aliás, não me lembro de ver nenhuma editora, indie ou tradicional, vir com essa conversa em nenhum lugar, que RPG é o caminho para a riqueza e tal.

Quem tá querendo ficar rico com RPG mesmo?

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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 12, 2012, 09:32:49 am »
Primeiro, seja bem vindo Rocha! Acho interessante termos alguém da "industria" do rpg aqui, para nos trazer uma visão mais ampla do mercado.

Valeu cara, mas assim, acho que os dados e informações que eu tenho são o que qualquer um mais ligado tem acesso hoje em dia na cena do RPG nacional.

Dito isso, ao assunto:
Citar
Rocha: A moda agora é E-Book + Suplementos (e Suprimentos) online.

Não entendi. Moda onde?
Nos states é. Mas são realidades completamente diferentes. Lá o mercado de e-books (em geral, não apenas de RPGs) já ultrapassou o mercado de livros físicos. No Brasil ainda estamos longe disso. Até que leitores portáteis se tornem populares, o jeito é continuar investindo em material impresso mesmo.
O que é pessimo para a industria. E-books são muito mais baratos e portanto atingiriam um publico muito maior, além de não exigirem uma tiragem mínima para diminuir os custos de impressão.

Cara se o outro usuário tava falando dos EUA (e por isso eu perguntei "onde"), a tal "moda" da publicação em PDF não é de hoje, mas vai do início dos anos 2000. Diabos, até a gente na Secular publicou em PDF lá pelos idos de 2005... Agora, dureza é chamar de "moda" quando claramente é um formato (que nem é mais tão novo), como você mesmo colocou, com várias potencialidades interessantes, como o baixo custo de entrada para quem quiser começar a se aventurar na publicação de material.

Pessoalmente, acho que publicação em PDF e Financiamento Coletivo são as duas formas de menor risco para lançar um RPG que temos atualmente. Não sei se o camarada ali falou que "a moda hoje é..." pra tentar desqualificar o formato (até porque a 'moda hoje" já é publicação em PDF com opção de POD), mas enfim, tomara que uma "moda" que torne mais barato e fácil publicar dure pra sempre...

Citar
Agora, é fato, hoje é muito mais fácil lançar um jogo de RPG em baixa tiragem, com menos de mil reais, só de brincadeira, para testar formatos, mecânicas, ideias. E você ainda recupera a grana! Na pior das hipóteses você lançou seu jogo doidão e os amigos compraram. Na melhor seu jogo "pega" e você pode continuar brincando de lançar coisas. Me diz como isso faz mal pro RPG?

Olha, mal não faz. Mas se todos desenvolvedores se focarem neste modelo, o hobby tende a afundar. E acho que é sobre isso que foi a pergunta do amigo ali que começou a discussão: me parece que todos estes lançamentos são focados em vender para macacos-velhos. Não se vende Shotgun Diaries para iniciantes, ou para quem não conhece nada de RPG.

O lance é que não são todos os desenvolvedores que estão se focando neste novo modelo - são os novos desenvolvedores. Vamos pegar de 2008 ou 2009 pra cá. Quem de grande lançava RPG por aqui? A Devir e a Jambô. Fast foward para 2012: quem de grande publica RPG atualmente? A Devir e a Jambô. A diferença crucial de 2012 em relação a 2009 não são os grandes, que continuam lançando e mandando bem (a Devir até começou a mandar melhor, pela primeiro vez em muito tempo segurando bem duas linhas), mas a RedBox, Coisinha Verde, Secular e Retropunk. Ou seja, quem já liderava o mercado em um formato tradicional continua fazendo isso atualmente, não houve migração, o que houve foi o surgimento de um novo formato de publicação, que coexiste com o antigo, mas não o substitui.

Forçando um pouco, é quase como se a gente achasse que os Humble Bundle e os jogos indies no Steam fossem legais, mas a médio e longo prazo ameaçassem as Eletronic Arts e Biowares da vida por apresentarem outro modelo de venda e de jogo... 

Como eu já falei antes neste tópico, faz falta um meio de trazer novos jogadores da forma que a Dragão Brasil fazia nos anos 90. O mercado nos EUA se renova constantemente porque eles conseguem atrair jogadores novos. Como fazer isso aqui? Passar uma propaganda na globo? Duvido que um jogo com tiragem de 1000 exemplares tenha cacife pra isso.

Olha Iuri, pra ser muito sincero, nem as editoras brasileiras dos jogos com tiragem de 10 mil unidades estão fazendo isso, imagina os indies né? Ainda assim acredito que os jogos independentes podem sim fomentar uma entrada de novos jogadores, seja através de iniciativas como pequenos eventos regulares, ou mesmo designs mais voltados para iniciantes como o Mighty Blade e o Old Dragon.

Agora esperar que os indies façam essa divulgação de uma forma massiva que nem a Devir e Jambô tem feito na publicação do hobby por falta de estrutura, aí realmente não tem como...

Rocha, não vejo problema a Secular e outras editoras que estão pipocando por aí, lançarem seu RPGs da forma como estão lançando. Elas tem o meu apoio! Porém, o que me preocupa é esse mercado estagnar somente nos jogadores antigos.

Então Alduim, é uma preocupação real, as coisas tem que se renovar, claro. Mas assim, acho que existe mais chance de renovação com novos jogos e editoras, do que com as mesmas duas editoras saca? Não acho que a situação seja ideal ainda, mas como disse uns posts atrás, é um ponto muito melhor que 2009.

Sinto uma certa implicância e receios com indies por aqui. Minha única 'frustração' com eles é que a maioria não cabe em campanhas longas(ou se tornariam repetitivos numa), mas isso não é o ponto fraco; É justamente o ponto forte.

Pois é, sinto a implicância também. Ninguém é obrigado a amar a parada, óbvio, mas falar que é tudo cópia do que vem de fora já é birra e chilique mesmo.

'Mas vincer, se os indies são essa solução cadê o resultado?'
O foda é a resistência e certo desinteresse do próprio público rpgista; Mesmo o pessoal antenado que sabe desses jogos ainda os olha como algo menos interessante que os rpgs robustos(maioria, estou generalizando). Outro problema dos indies é que muitos poucos(aqui no Brasil não sei de nenhum) tentam arriscar. Eles têm um público de nicho focado e não tentam divulgar e alcançar além desse público.

Mas acima disso tudo eu ainda acho falta mais 'evolução' nesse viés indie. Mais variedades, outros estilos, outros conceitos de design. Os indies ainda se esforçam em oferecer algo muito diferente dos rpgs clássicos, ou pecam pelo extremo na simplicidade de regras. Se tornam simplórias, fáceis de dominar; sistema engajante não se resume a funcionar dinamicamente.

Concordo com muito do que você disse aí cara. Se a gente parar pra ver que a produção indie nacional se fortaleceu mesmo em 2011, ou seja, a um ano, ainda tem muito chão pela frente. Acredito que se essa tendência se manter, nos próximos anos teremos designs ainda mais interessantes e diversos, e que eventualmente preencham essas lacunas que você apontou.

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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 10, 2012, 12:50:17 pm »
Sobre o tal do "Mercado de RPG" as editoras pequenas que eu vejo publicando trabalham na linha de "re-impressões" lançam um livro em pequena tiragem (só para se pagar e ter um lucro pequeno) e quando esgotam as tiragem fazem um re-impressão (novamente só para se pagar e ter um lucro pequeno).

Ué, eu mesmo falei uns 2 ou 3 posts atrás que a gente na Secular faz exatamente isso aí que você falou, não sei qual a novidade da sua declaração. E aproveito pra perguntar de novo: Qual o problema?

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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 10, 2012, 12:37:55 am »
No Brasil? Se pensarmos que jogos gringos lançados aqui como o Shotgun, Fiasco e 3:16 entraram na conta dos indies one-shot do RPG nacional, então nos sistemas para campanhas longas e português temos, além destes dois que você citou, GURPS, D&D, M&M, Terra Devastada, Rastro de Cthulhu, Changeling, Lobisomem, Vampiro, Mago, Dragon Age RPG e Reinos de Ferro... Acho que é um bom leque de opções!

Tirando Dragon Age, todos exigem um (ou mais) livro caro pra começar a jogar, e tem sistemas complexos demais pra se pegar do zero e absorver.

Ué, se a margem de corte é o preço de um Dragon Age (60 pilas), então temos também por preços até menores jogos de um livro básico só como Old Dragon, Terra Devastada, M&M e Rastro de Cthulhu. Novamente, é uma lista relativamente diversa...

Não que isto seja ruim, é o charme de todos eles. Mas em um grande dilema tostines, isso torna estes livros inadequados como portão de entrada pro hobby, exceto se for a convite de outro grupo/jogador antigo que já os tenha.

Mas essa pode ser justamente a beleza da diversidade em ter os indies one-shot e os jogos mais tradicionais rolando no mercado nacional. Teoricamente os primeiros são mais simples de aprender e mais rápidos, e depois que o eventual jogador já estiver empolgado aplica-se drogas mais pesadas. Pronto, mais um noiado!

É difícil de explicar. Eu só sinto que atualmente a modinha no brasil é ter centenas de sistemas one-shot.

Difícil é entender esse lance da modinha... Pra mim é um formato de jogo que nunca foi muito explorado aqui, e agora está sendo com resultados bem legais e interessantes. Acho curioso que a expressão "moda" tenha aparecido pela segunda vez em tão pouco tempo. Incomoda tanto assim que as pessoas estejam curtindo e produzindo coisas novas simultaneamente? Qual é o problema disso?

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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 10, 2012, 12:05:45 am »
Rocha: A moda agora é E-Book + Suplementos (e Suprimentos) online.

Não entendi. Moda onde?

Pelo menos o meu problema com Indie games (Fiasco, Shutgun Diaries, 3:16, Violentina, Busca Final...) é que a grande maioria deles é genial - pra one-shot ou aventuras curtas (3-6 sessões). E o RPG nacional tá indo muito pra este lado. É ótimo pra descobrir talentos e ver o hobby se espalhando, mas excesso de one-shots acaba por trazer outro problema a longo prazo: Deixarem os outros pensarem que RPG é só isto.

Pessoalmente não acho que esse seja um problema real - que os jogos com um foco mais recortado e visando aventuras isolados ou arcos menores eventualmente "façam as pessoas pensarem que RPG é só isso". Na real, seria impossível atropelar, mesmo com uma centena de jogos legais, o peso do imaginário de um D&D, paradigma não só do que é RPG como desse outro formato.

E em sistemas que podem ser usados pra campanhas longas, temos dois no mercado atualmente: Old Dragon e Tormenta RPG. Eu não posso falar muito pelo OD, mas TRPG é simplesmente um D&D 3.5 mais quebrado. E eu não acho isto legal.

No Brasil? Se pensarmos que jogos gringos lançados aqui como o Shotgun, Fiasco e 3:16 entraram na conta dos indies one-shot do RPG nacional no início do post, então nos sistemas para campanhas longas em português temos, além destes dois que você citou, GURPS, D&D, M&M, Terra Devastada, Rastro de Cthulhu, Changeling, Lobisomem, Vampiro, Mago, Dragon Age RPG e Reinos de Ferro... Acho que é um bom leque de opções!

Ou eu estou simplesmente ficando velho, e não tenho mais paciência de ler um livro inteiro de regras (por mais curtas que sejam) pra jogar uma one-shot.

Ironicamente eu prefiro jogos com arcos narrativos mais longos também, embora adore ler e jogar coisas mais pontuais. Vamos ver se engato uma campanha do novo Marvel RPG esse mês!

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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 09, 2012, 10:37:50 pm »
Esperamos que sim, mas aparentemente, não vi ainda efeito algum desta renovação. Vi lançamentos de RPGs grandes no mercado nacional (que querendo ou não, são os carros-chefe de nosso mercado) minguando e os eventos de RPG perdendo força.

Bom, você pode ver o copo meio cheio ou meio vazio né? Agora acho que não dá pra falar que 2011 não foi um ano muito melhor pro RPG nacional do que, sei lá, 2008 e 2009. Tanto pelo número de lançamentos nacionais (pequenos e grandes), como novas editoras e tal. Gente, quando que imaginávamos ter um Fiasco, jogo incrível, que tascou um monte de prêmios fodas lá fora, cair aqui menos de um ano depois de seu lançamento na gringa? Por mais que você não curtam, vão realmente ignorar que o Old Dragon vendeu mais de mil cópias? Sem falar que nos próximos meses ainda teremos Savage Worlds, Song of Ice and Fire RPG, Spirit of the Century, Mutant City Blues... Isso sem entrar nos jogos produzidos aqui.

Enfim, no meu caso específico nem acho que a Secular seja um grande marco do RPG nacional e nenhuma porra destas, não por modéstia, mas porque tem gente fazendo um trampo muito melhor por aí e efetivamente ganhando grana com RPG. Agora, é fato, hoje é muito mais fácil lançar um jogo de RPG em baixa tiragem, com menos de mil reais, só de brincadeira, para testar formatos, mecânicas, ideias. E você ainda recupera a grana! Na pior das hipóteses você lançou seu jogo doidão e os amigos compraram. Na melhor seu jogo "pega" e você pode continuar brincando de lançar coisas. Me diz como isso faz mal pro RPG? Ou ainda, porque diabos eu, que não vivo de RPG embora curta pra caralho jogar, pensar, debater a parada, vou ter que gastar 40 mil reais pra lançar um jogo "de respeito", capa dura ou distribuído em banca? Vou é lançar meus pequenos petardos por aí, me divertir no processo, pensar novos designs, formas de vender a parada, e aproveitar que a tecnologia atualmente é muito melhor e mais barata que 20 anos atrás, quando pra brincar de fazer RPG eu teria que fazer umas 2 mil cópias e queimar milhares de reais no processo...

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Off-Topic / Re:O fim da Rede RPG (e do próprio RPG?)
« Online: Março 09, 2012, 09:48:54 pm »
Oportunismo é uma palavra chave, assim como picaretagem. Tu importa algo de fora, já que pouquíssimos tem acesso e menos ainda interesse, destila a essência e faz um sistema de regras em cima de um já existente, enfia um monte de fluff descartável e vende como produto novo. E não foi esse o caso de 3d&T ou Daemon, da revista Só Aventuras, irmãzinha da DB em seus tempos de ouro (felizmente, não de Ediouro)?

Você realmente acha que é essa a situação do RPG nacional atualmente?

Mano, tem que se colocar uma coisa em mente: o mercado brasileiro, como era nos idos dos anos 90 e inícios dos 2000 acabou.

Em suma, o mercado de antes simplesmente não existe mais; ele está morto pra quem usa um modelo de vinte anos atrás.

Exato e exato! Por isso que isso aqui embaixo não faz sentido algum...


Todo mundo sabe que a solução é vender RPG em banca de revista, em formato americano e com capas estilo anime ou comics.  :linguinha:
Sim, isso é uma solução plausível, porque não depende de livros enormes de regras e pode ir na crista da onda de outra febre, que apesar de tudo, também reduziu em muito  e proporção.

Não, não é, justamente pelo que você falou ali em cima. O mercado, os investimentos, nada é mais como nos anos 90, e lançar coisas no formato de revista é JUSTAMENTE ignorar isso, entrar em um DeLorean e querer voltar para 1997. Para lançar um RPG basiquinho na banca de jornais você precisa no mínimo de uma tiragem de umas 50 mil cópias e ainda se ferrar na mão de uma distribuidora grande. Na real, pra fazer isso você precisa de grana na casa das centenas de milhares de reais...

O Rpg TEM como dar certo com microiniciativas, editoras indies e o escambau. Mas sem uma renovação adequada, essa e a próxima serão as ultimas gerações a ter algum RPG nacional ou mesmo em português.

O número de títulos nacionais só aumenta, assim como a possibilidade de novas editoras. Do meu ponto de vista essa renovação é justamente o que começou a acontecer em 2011, segue esse ano, e se tudo der certo, nos seguintes.

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