2 anos e meio atrás eu abri esse tópico aqui, "Manifesto Hardcore". Eu reclamava que a indústria de games tinha se reduzido à massificação de poucas fórmulas batidas em nome do lucro certo (Modern Warfare, estou olhado pra você), caracterizadas por um baixo grau de interatividade pelo jogador (dispare em tudo que se mova).

Podemos dizer que a coisa deu uma guinada de 180 graus, desses dois anos e meio pra cá? Estamos passando por uma nova "Golden Age" eletrônica ? O lançamento/popularização de jogos como os citados abaixo é um indicativo disso? (retirado aleatoriamente do google, de 2010 até 2012)


Talvez mais do que isso, podemos dizer que, continuando a tendência de criatividade, inovação e alta variação em estilos como visto na lista acima, os lançamentos aguardados para 2012 são um indicativo disso ?


silva

Esses jogos de massa nos fizeram um favor.

Trouxeram mais gente pros jogos digitais. Gente que não necessáriamente procurava só um shootes básico, apesar de que alguns só queriam isso mesmo. Com mais gente comprando e jogando games, mais espaço pras desenvolvedoras criarem mais jogos, sejam eles iguais aos antigos shooters ou não. Nesse "ou não" que a gente faz a festa.

Eu entendo dessa forma, posso estar completamente errado.

P.S.: Dwarf Fortress é (bem) mais velho que 2010.

Agora 2012 é ano de Creed 3 

s2 s2 s2

Tem MUITA coisa que quase faliu a indústria nessa lista: continuações, remakes e reciclagens. Mas também tem jogos interessantes.

• Guild Wars 2 - Todo mundo aqui na Spell, até quem não jogou, sabe que Guild Wars é um MMORPG fora da fórmula de um normal. Então um novo Guild Wars é bem vindo.
• Monaco - Um jogo indie de visual estranho. Algo novo vai ter nele.
• Quantum Conundrum - Criador de Portal fazendo um jogo que não é Portal. Ótimo.
• The Secret World - Esse jogo foi anunciado há bastante tempo, mas ainda desperta minha curiosidade
• Prey 2 - Prey foi underrated. Era um bom jogo, que tinha uma mecânica de portais antes de Portal. Prey 2 vai ser um jogo aberto. Animador.
• Bioshock Infinity - É uma sequência só no nome. Parece que vai ser um jogo bastante novo, com elementos similares ao anterior.
• Hawken - Não joguei muitos jogos de mecha, mas esse parece interessante.
• End of Nations - Um RTS que não é sequência. Beleza.
• GTA V - É GTA. Ponto.
• Hitman: Absolution - Faz tempo que não vejo um jogo de Hitman ser feito. Não dá para dizer se vai ser bom, mas mesmo Hitman 1, que é horrível, é no mínimo interessante.
• Spy Party - Ideia no mínimo... diferente
• The Witness - First Person puzzle. O último que vi foi Portal. Quero ver o que sai de inovador aí.
• Tomb Raider - Promete ressucitar a série e fazer ela voltar a ser boa. O trailer foi bem feito. Não estou ansioso, mas chamou minha atenção.
• Warlock: Master Of The Arcane - Civilization com magos. Ponto.
• Mechwarriors Online - Tem como não ler esse título e não pensar "uuuUUUUH! Mechwarriors! ONLINE!
• Amy - ultimamente jogos de terror e de zumbis têm decepcionado. Vamos ver o que vai ser desse.
• Overgrowth - This. Mil vezes this. Esse jogo não está recebendo a atenção devida. Pesquisem sobre ele.
• Shadowrun - É shadowrun.
• War Of The Roses - Sinto falta de mais jogos em 3D com jogabilidade mais divertida no PC. O que se vê muito é MMORPG e FPS. Jogos com combos e sistemas complexos de combate estão em falta. Não joguei Skyrim, mas o último no estilo que joguei foi Batman
• DOTA 2 - Todo mundo sabe que está dando certo. Não sou muito fã de DOTA, mas é um jogo das massas, e é bom que exista.
• Gratuitous Tank Battles - Gratuitous Space Battles me enganou. Pensei que fosse chato. Mas peguei o jeito do jogo. Agora, sempre que estou estressado e quero relaxar com algum jogo, minha escolha é ele. Ele é desafiador, mas não é frustrante. GTB vai seguir a mesma linha, mas com tanques de guerra. Não sei se vai conseguir ser tão bom quanto GSB, mas vamos esperar para ver.
• Star Trek - Olha só, jogos baseados em filme costumam ser ruins. A MENOS que eles não saiam junto com o filme (Ghostbusters e Jurassic Park, estou olhando para vocês ). Star Trek não parece ser muito inovador, mas jogar com Kirk, Spock e companhia, numa jogabilidade mais ou menos similar a Gears of War, merece atenção.
• Miegature - Quando eu era mais jovem, não gostava de puzzles. Mas tantos jogos de puzzle bons têm saído que não posso mais discriminar.
• Prison Architect - Olha, geralmente jogamos com os prisioneiros. Jogar com o arquiteto de prisões, pra variar, deve ser legal.
• Botanicula - Sei lá. Parece interessante.
• Carmagedon: Reincarnation - Cara... Carmagedon. Ou vai sair muito bom, ou uma merda completa.
• Gotham City Imposters - No mínimo engraçado. E segue um arco de histórias da DC, por incrível que pareça.
• World of Darkness - Really? Legal!

Não sou de concordar muito com o silva, mas é justamente por causa de clientes assim que as empresas não investem em jogos novos ou inovadores, apenas em remakes, continuações e reciclagens.

Quem se interessa pelos demais jogos daquela lista que os compre, ué

Engraçado que eu já vi mais de um nego reclamando que o mercado de jogos casuais (tipo Angry Birds ou coisas de Wii) está acabando com os jogos "sérios". Vocês acham que procede?

Engraçado que eu já vi mais de um nego reclamando que o mercado de jogos casuais (tipo Angry Birds ou coisas de Wii) está acabando com os jogos "sérios". Vocês acham que procede?

Não. Não exatamente, pelo menos.

O mercado de 2010 estava estagnado com continuações e remakes (com um monte de jogos YA2WG - Yet Another 2nd War Game), porque era mais fácil, e mais seguro simplesmente investir em gráficos e não em jogabilidade. Esses jogos ainda existem, mas chamam menos a atenção que inovações como Skyrim ou o mercado independente.

Jogos casuais são ruins quando feitos por empresas que só querem ganhar dinheiro em cima desse mercado pouco exigente. Mas não é a realidade do mercado atual. A realidade é que temos um monte de jogos independentes fazendo a diferença (vide Super Meat Boy, Minecraft e Terraria), o que força as grandes empresas a inovar (vide Skyrim).


Então, quem estava matando de verdade o mercado eram os jogos hardcore que só investiam em gráficos.

Espera aí Silva, desde quando Deus EX e Skyrym são jogos inovadores? Só Skyrym já descende de uma franquia que rivaliza com Final Fantasy em número de títulos, pelo Clemente e Misericordioso. E a julgar pelas vendas, ambos jogos são tão massificados quanto Winning Eleven. 

Pular de Call of Duty para Skyrym é como deixar de escutar Jay Z e passar a escutar Metallica. 

Deus Sol (pelo amor de deus, não vai falar que é o Elven ) concordo que nenhum deles é inovador. Mas ao mesmo tempo, o próprio lançamento deles (e o consequente sucesso/popularização) é um sinal, a meu ver, de que o mercado está aberto a gêneros além dos "corredores de tiro-ao-alvo", coisa que entre 2007-10 não estava. Nesse sentido eles não seriam inovadores, mas sim "renovadores".

Só para adicionar ao que VA falou(sobre o que está matando os 'jogos sérios', estagnação, gráficos etc)

É comum atribuírem a culpa aos jogos casuais(e isso vai se tornar mais frequente) por causa de um fenômeno de mercado bem comum e que já está começando, e realmente vai ser sensível o impacto. Vai reduzir bastante o volume de jogos grandes e hardcore vindo por aí, ainda estamos pegando projetos iniciados a 2(até 3) anos... os lançamentos AAA vão começar a minguar e os casuais ruins vão continuar crescendo nesse boom. Simplesmente porque grandes produtoras e nomes de renome em game design estão migrando para os casuais, mobile e etc e sinceramente, o que vi dessas migrações que ainda vão chegar no mercado é bem... chulo. O mercado ainda não se adaptou e quem está agora correndo atrás do atraso está tentando as mesmas técnicas dos demais; Jogabilidade derivativa, gráficos cute, temas genéricos, jogos curtos e casuais. Casuais não são ruins ou o problema, apenas vai levar um tempinho para esse ramo amadurecer e começar a aumentar a qualidade e criatividade no gênero.

Ainda estão aprendendo a usar interface touch e não acredito que todo o potencial(e melhores formas de usá-lo) já foram descobertos. Então ainda vem muita coisa ruim pela frente, experimentos só 'curiosos' ou tentativas de adaptar jogabilidade tradicional a novas interfaces e mídias.

Vai reduzir o volume de AAAs mas eles nunca vão acabar. Pelo contrário, as empresas que ainda se segurarem no ramo(investirem bem nele) terão um mar de oportunidades mais largo, menor competição, devem lucrar melhor do que eles vinham lucrando antes(por menor excesso de títulos) e assim continuar o ciclo de injetar esse dinheiro em produções ainda mais caras e elaboradas.
E é claro, menos títulos AAA, mais oportunidades para os indies.

Eu vou arriscar um palpite/previsão: os jogos para pc(e talvez até console) provavelmente vão pegar uma onda de 'menos emburrecimento' e mais títulos hardcore. O motivo? Há mídias e veículos mais apropriados aos jogadores casuais agora, que só estão melhorando. Conforme esse público migrar cada vez mais para jogos web e mobile, que vão rapidamente se aproximar do nível gráfico que vemos em console/pcs atuais, os que sobrarem nos consoles e pcs vão começar a redefinir a tendência. E o excesso de jogos casuais derivativos e ruins que deve continuar por um bom tempo(mesmo que o mercado amadureça, a competição e excesso continuarão a aumentar) pode contribuir para... aumentar o público hardcore. Quase um marketing negativo, quem quiser jogos não tão simples e com um 'possível' mercado voltando ao 'hardcore' nas plataformas robustas, esse público vai acabar optando pelo último e engrossando as fileiras 'hardcore'.

Usei aspas porque acho que não há jargão mais mal usado atualmente(nesse tema) que hardcore.

Só Skyrym já descende de uma franquia que rivaliza com Final Fantasy em número de títulos, pelo Clemente e Misericordioso.

De novo, ser sequência não quer dizer que não seja inovador.

O que Skyrim inovou foi com as possibilidades do mundo sandbox dele. Era praticamente um universo de MMO, mas não necessariamente multiplayer, e com uma jogabilidade que não é ruim.

Diria até que 2011 foi o ano do sandbox (Arkham City, Skyrim, Terraria, Minecraft).

Relevante:
http://www.levelcapped.com/2012/03/27/begin-again-retro-gaming-is-now/

Como o Lumine, que aceita presentes.

GAH, PHANTASY STAR 1.

Eu tive flashes aqui de Transtorno de estresse pós-traumático. Não quero mais brincar.

que é basicamente o que eu venho tentando dizer aqui - estamos tendo um "boom" criativo generalizado, englobando vários gêneros e estilos, desde platformers a rpgs, desde casuals a hardcores.

Espera aí... o boom criativo é recriar ou relançar jogos do passado? Isso está bem longe do que eu defino como criatividade.

De novo, ser sequência não quer dizer que não seja inovador.

O que Skyrim inovou foi com as possibilidades do mundo sandbox dele. Era praticamente um universo de MMO, mas não necessariamente multiplayer, e com uma jogabilidade que não é ruim.

Eu não vejo muita diferença quanto ao que Skyrym faz com o que era feito no Oblivion, de alguns anos atrás. Eu vejo Skyrym como uma ótima sequência - ele expande e melhora muito do seu ancestral. Tem seus elementos criativos, mas basicamente o que faz é reciclagem e aprimoramento - coisas que podem ser ótimas, afinal, ser criativo não quer dizer ser bom.

Bah, esse legend of grimrock fez cócegas onde Stone Prophet e Menzoberranzan deixaram um vazio...

Sonho impossível: uma releitura de DS:Shattered Lands e DS:Wake of the Ravager

Acho, mesmo na época deles não eram títulos especialmente famosos, nem com público, nem com crítica. É mais um amor pessoal, mesmo.

meu sonho era um re-vamp de Cobra's Mission... >: 3

Levantando esse defunto pra dizer que minha profecia se concretizou. Estamos numa nova Golden Age.

Ajoelhem-se diante de mim, e beijem meus pés.

Assim disse El-tor. Ámen.

O que exatamente motivou essa declaração?

A grande variedade e criatividade de jogos recentes, tanto da indústria mainstream até a indie.

Eu por ex, to numa sequencia de jogatina que ha muito não ficava, jogando um título novo após o outro amarradão - Deus Ex 3, Crusader Kings 2, Arkham City, Dark Souls, Sleeping Dogs, Faster Than Light, XCom, Dishonored, etc.

Tem muito jogo bom saindo pra todos os gostos e estilos. Taí algo que eu não podia falar ha 2 ou 3 anos atrás (quando tudo era dominado por Modern Warfare, e quem gostava de coisas diferentes tinha que ficar chupando dedo ou se contentando com porcaria). 

Eu esqueci de mencionar 2 jogassos que tive o prazer de curtir no Ipad esse ano: Sword & Sworcery (tem pra PC também) e Waking Mars. Fora que saiu o King of Dragon Pass pra Ipad também.

Ah, e acabei de comprar (apesar de ainda não ter jogado) esse aqui também, que vem sendo bem elogiado:



 

Um jogo recente, feito aqui em Brasília, muito bom, entre os mais vendidos do Google Play: Knights of Pen & Paper.

É um rpg de turnos que mistura muitos clichês de rpg de mesa com jogos de turno, com classes típica, mas as raças são "esteriotipos" de rpgistas (tanto que no jogo você é um grupo de rpgistas, tem até o mestre, dá para customizar a mesa, os salgadinhos e outras coisas, só jogando para ver) Aparentemente, ainda não em para pc, mas logo sai.

Esse jogo é muito viciante... Sinceramente, estou impressionado com um jogo desse nível ser feito no Brasil. É o melhor jogo de Android que já joguei (principalmente por ser bem longo e ter um fator replay gigante)

Tanto a quest principal como as side quest são muito boas. Apesar de combates, em geral, repetitivos (algo esperado num jogo de turno) você não precisa fazer grind porque tem muita sidequest. Dica, muitas delas destravam novas classes. Pena que eu já to com um grupo completo faz um tempo e ainda não juntei ouro suficiente para apagá-los.

A, cópia do e-mail que recebi dos desenvolvedores (provavelmente devido ao grupo de rpg daqui de brasília)

Olá, meu nome é Ronaldo - sou da Behold Studios de Brasília.

Estou enviando este e-mail para falar do nosso último lançamento, o Knights of Pen & Paper.


Knights of Pen & Paper é um RPG indie por turnos com estilo retrô pixel art. Inspirado pelos grandes títulos dos anos 90, esse jogo dá a sensação de jogar um rpg de mesa tradicional.
O jogador controla os personagem E o mestre da aventura, e ele mesmo escolhe quais batalhas travar. Coloque vários monstros de uma vez e suas recompensas serão ainda maiores!
O jogo conta com 12 classes diferentes (6 delas desbloqueáveis) e 17 personagens (5 desbloqueáveis), mais de 100 quests, 50 monstros, 100 itens e equipamentos, blacksmith, enchanter, mining e gathering, tesouros secretos e muito mais. Knights of Pen & Paper dá ao jogador muito espaço para personalizar sua experiência de jogo.
Lançado com 2 campanhas diferentes e muitas outras chegando em breve.
-Batalhas por turnos
-Arte retrô em pixels
-Referência a RPG de mesa
-Simples de se jogar
-Quests fáceis e difíceis no mesmo jogo - você escolhe
-História interessante e marcante


Este jogo foi criado em 6 meses com a ferramente Unity 3D e em apenas uma semana chegou a #1 RPG mundial na AppStore, chegando a #3 Top New Paid Apps no Google Play.

Trailer:



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Ronaldo Sampaio Nonato
Public Relations
ronaldo@beholdstudios.com.br
www.beholdstudios.com.br
+55 61 96425753

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