RPG, no significado de seu acrônimo, nada tem a ver com os jogos desde o seu início.
O que existe pra computadores e consoles são Jogos de Controle de Personagem, que por usarem as regras e ambientações dos "Tabletop RPG" receberam o nome de RPG. Esse nome é devido a uma relação de semelhança com mecânicas internas e de funcionamento, ao contrário de ser um nome explicativo do objetivo do jogo.
Portanto, assumir que esses jogos devam, em alguma instância, incluir interpretação é uma premissa falsa, e se mantém falsa até hoje.
Claro que hoje existem jogos como a linha do Mass Effect e Dragon Ages, onde algumas decisões chaves mudam o mundo ao redor de formas sutis ou drásticas, mas em nenhum momento isso ocorre naturalmente. Não são as personagens dando-se conta gradualmente do que ocorre e mudando sua posição, e sim um conjunto de condições que te muda de uma situação para a outra arbitrariamente.
Não há capacidade de demonstrar reação espontânea e não há reação espontânea dos NPCs, tudo é programado e definido por um conjunto fechado de parametros, e isso continuará a ser assim até o próximo grande pulo de tecnologia, e eu não me refiro de um pulo de tecnologia de processamento (tipo o pulo de Single core pra Multiple Cores, que foi um mega avanço na época), mas o avanço ao próximo nível de equipamento tecnológico, como o ocorreu com a invenção do computador, algo que não era necessário na época, mas que ao surgir criou uma dependência nas pessoas que passaram a usar.
Antes disso softwares completamente responsivos na escala que um jogo necessita não existirão, e todas notícias de que alguém fez isso serão recebidas por mim com extremas suspeitas.
tl;dr
Enquanto o computador não for capaz de ser um Mestre de RPG, jogos nunca serão um RPG.