Autor Tópico: [Reino] Odarân  (Lida 2419 vezes)

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[Reino] Odarân
« Online: Setembro 24, 2011, 07:07:54 am »
ODARÂN
Zugdi-odär
(Tribo de Odar)

Mapa:
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Inverno:
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Outono:
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Gentílico: odarano
Idioma oficial: Hud-hë, Yondzu-shyun (normalmente usado em cerimônias)
Regime: Cratocracia
Regente Atual: “Grande Líder” Karun Ciran
Exportações: Armas, couro, madeira, metais
Importações: Grãos, adubo
Principais Cidades: Cidadela de Odar (capital; 30000 habitantes aprox.), Lakam (7500 habitantes aprox.), Mirä-dir (10000 habitantes aprox.).
Demografia racial: 96% humanos, 02% gailels, 02% outras raças

Características Gerais
A região de Odarân começou a ser habitada há centenas de anos quando sábios xamãs vislumbraram a grande catástrofe que foi a queda de uma estrela. Oito clãs bárbaros passaram a existir naquela fria região. Foi Odar Ciran quem, séculos depois da queda da estrela, promoveu uma sangrenta batalha entre as casas, onde ele conquistou pela força a união que criou a grande nação, Odarân.

Odarân hoje é uma nação dominada pela rusticidade de leis selvagens, pouco compreendidas pelas nações civilizadas. A lei é simples e basicamente tudo se resolve em confrontos, fatais ou não, sendo duelos ou entre grupos, onde o vencedor está com a razão. Os crimes são julgados pelo grande líder, cuja sentença normalmente é o dobro do mal que o réu tenha feito a outrem.

Mesmo unificadas, apenas cinco dos oito clãs ainda são conhecidas por suas casas, mas apenas quatro delas ainda existem efetivamente: Os Ciranianos, os Maubucos, os Craamos e os Nuareks. Das quatro outras casas, hoje extintas, apenas os Lakâmios são recordados, pois estes eram os melhores artesãos entre as tribos e grandes amigos dos Nuareks.

Odarân é uma nação que sobrevive da pesca, da criação de ruminantes de pequeno e médio porte e da plantação de subsistência de alguns grãos nos meses quentes. O metal e as armas odaranas são bastante requisitadas por alguns reinos civilizados, cuja manufatura é realizado por talentosos armeiros maubucos. Em troca a nação compra muitos grãos diversos para alimentar seu crescente povo.

A nação também é conhecida como a terra da água, pois o grande rio Uzûu, que desce dos penhascos ao sul, cruza todo seu território arbóreo. Ele se divide em tantos braços, ribeiras, riachos e regatos que é praticamente impossível atravessar a terra odarana sem precisar transpor alguns destes. A terra dos Nuareks é a mais agredida pelas águas e grande parte fica submersa por vários meses. Estas terras são conhecidas também como a bacia de Lakam, pois os lakâmios eram seus antigos habitantes.

Odarân possui três construções consideradas cidades. A cidade fortificada no centro norte do reino, é a capital e recebeu o desígnio de “Cidadela de Odar”. Nesta cidade, habitada principalmente por ciranianos e maubucos, embora as duas outras casas também se façam presentes, se ergue o grande palácio onde o grande líder, Karun Ciran, governa com a ira do fogo em seus olhos. A nordeste da nação se encontra a segunda cidade, um grande povoado nuarek chamado Lakam, em função da região onde se encontra. Com exceção dos próprios nuareks, raramente outros odaranos viajam tão longe em suas terras. Essa é uma cidade de segredos fortemente defendidos e parte de suas construções flutua nos períodos de maior cheia do Uzûu. A terceira, e provavelmente a mais importante para os estrangeiros, é a fortificada cidade mercadora de Mirä-dir ao sul. Esta é a única cidade onde qualquer estrangeiro pode ter contato livre com a cultura odarana e onde todos os negócios entre povos são realizados.

As demais terras do reino são formadas por centenas de pequenas comunidades, basicamente constituídas de craamos nas florestas do oeste, ciranianos e maubucos nas terras centrais e nuareks pelos limites do norte e leste. Craam foi a única casa que decidiu nunca construir uma cidade para defender seu povo. Por opção eles nunca deixaram as florestas e várias comunidades existem nos labirintos das árvores.

Um odarano nutre um doentio amor por sua terra e poucos são os que partem em viagem, mesmo que rapidamente. Deste amor também brota um protecionismo excessivo com as regiões mais centrais da nação. Todo odarano foi ensinado a defender sua terra com um afinco e destemor reconhecido por todas as terras sagradas®.  Com exceção das planícies do sul, em nenhuma outra região da terra de Odar um estrangeiro pode transitar livremente se não tiver sido convidado. Todos os acordos comerciais ou políticos com demais povos são tratados na cidade de Mirä-dir.

Existem apenas duas maneiras de um odarano ascender como grande líder; desafiando o grande líder atual ou vencendo o grande confronto das casas. Um odarano apenas poderá desafiar o grande líder caso traga ao palácio a prova de um grande feito de força e a atire aos pés do grande líder. O combate é iniciado imediatamente e a vitória é concedida apenas com a morte de um dos combatentes, onde o vitorioso passa a ser ou continua sendo o grande líder de Odarân. O Confronto das Casas se dá quando o grande líder não falece em um desafio, então as quatro casas enviam seus melhores combatentes que se digladiam até que apenas um sobreviva.

Religiões
Odarân é cercada pela misticidade do mundo espiritual, sob a visão de seus xamãs. A cidade construída na milenar cratera da estrela sedia uma forte crença astrológica e astronômica. As manifestações mediúnicas de xamãs poderosos são respeitadas, cabendo apenas ao grande líder da nação decidir se serão ou não aplicadas.

De todas as casas, os nuareks são os xamãs mais respeitados e poderosos. Embora tenha se perdido no passado, a história desta casa rememora a era da grande catástrofe milenar, quando as estrelas enviaram seu mensageiro e este caiu na terra que hoje é defendida pelos odaranos.

  • Guias espirituais: Os xamãs odaranos são amplamente respeitados em todo o território. Não importa a que família pertençam, estes guias são banhados nas fontes de energias espirituais desde seu nascimento e desenvolvem um fortíssimo elo com sua terra. Cada comunidade em Odarân possui apenas um xamã e este escolhe e passa a ensinar seu sucessor tão logo assuma suas responsabilidades.
    • Totens: Um xamã odarano é fortemente influenciado por suas visões e estudos. Normalmente ele ergue um totem em sua morada de acordo com estas visões. Estes totens podem ser qualquer coisa que remeta a sua inspiração, totem da pedra, totem do urso, totem do mar, etc. Apenas o próprio xamã sabe o significado de seu totem.
      • Visões: Os xamãs crêem fortemente que são o elo entre os odaranos e o mundo espiritual, e as estrelas são as trilhas escritas no universo sobre o destino traçado para seu povo. Todos os odaranos acreditam fortemente na vidência de seus xamãs e muitas batalhas foram vencidas com estas.
        • Crença e Destino: Não existe um deus único e nem um panteão regendo o caminho do povo, apenas traços no céu que ligam as estrelas e gerem sua sina. Um odarano não morre, ele deixa este mundo, se torna em um elemento de luz e vive com seus antepassados no mundo espiritual. Quando é chegada a hora ele é novamente recrutado para defender seu povo na forma de um grande espírito elemental.
          O destino para os odaranos é uma linha escrita nas estrelas. Cada um nasce com a sua, mas esta pessoa tem o direito de querer seguí-la ou não (embora normalmente o façam, quando são orientados pelos xamãs). Em resumo, o "livre-arbítrio" de um odarano ainda o influencia mais do que sua linha de destino.
          • Rituais: Os xamãs odaranos também são conhecidos por seu poder místico. Embora todos possam entoar e conjurar vários rituais diferentes apenas o nuareks conseguiram dominar dois rituais bastante específicos, a Purificação da Alma e a Conjuração de Elementais.
              • Purificação da Alma: Só existe um local em Odarân onde este ritual pode ser invocado, o Platô do Sol e da Lua. Em toda a nação, essa construção é a única que emana poder suficiente para limpar completamente uma pessoa ou objeto da mácula.
                • Conjuração de Elementais: Normalmente invocados nas terras submersas de Lakam, estes elementais são banhados pelo mundo espiritual, pois lá esta energia é livre e permeia todo o ambiente. Os odaranos acreditam que estes elementais são os espíritos de seus antepassados que retornaram para lutar em sua forma mais pura.
              Instituições, organizações, guildas
              Casas
              O poder em Odarân é dividido em quatro clãs ativos, reconhecidos por suas casas:

              • Ciranianos: descendentes diretos de Odar Ciran, cujos guerreiros apreciam a versatilidade do escudo e da espada. Desde a fundação de Odarân apenas cirianos e maubucos dividiram o poder no reino. O atual líder da família, e regente da nação, Karun Ciran, detém grande inimizade com a casa Craam quando, no início de sua regência, se viu obrigado a abandoná-los em um confronto contra Kaftars. Por mais que os craamos tenham vencido a batalha a atitude de Karun foi vista como grande traição entre o povo das florestas;
                • Maubucos: homens de grande estatura cujo escudo representa uma grande clava e ossos partidos. São grandes aliados da casa Ciran e costumam ser conselheiros e líderes dos exércitos odaranos. É comum a união entre membros de ambos os clãs, tanto que é costumeira a confusão para se identificar quando se está falando com um ciriano ou um maubuco até que ele anuncie a que clã pertence. Notadamente, os mais altos e musculosos membros da casa não são confundidos neste caso, devido à discrepância física entre os “sangues puros”;
                  • Craamos: ágeis, esbeltos e cruéis, o povo craam é a principal ameaça a casa Ciran no domínio de Odarân. Os craamos sempre foram invejosos do poder que Odar Ciran deixou para sua família e desde a formação da nação eles artimanham meios de subir ao poder. Após a última batalha contra Kaftars, os laços entre as famílias se distanciaram ainda mais. Boatos dizem que os craamos estão manipulando energias profanas da taiga maculada e fazendo pactos com inimigos. A julgar pelo histórico da família Craam, Karun mantém os olhos bem abertos para a floresta do oeste sobre tais boatos;
                    • Nuareks: adoradores da água, eles permanecem afastados de seus próximos, mantendo vivo seu elo com as forças naturais de sua região. Os Nuareks são os mais pacíficos entre os clãs que compõe a nação, mas respeitam e obedecem as leis praticadas por todos. Eles são muito respeitados pela sua habilidade com a pesca, que abastece toda a Cidadela de Odar. A casa Nuarek é conhecida por ter sido a primeira a vislumbrar a queda da estrela há mais de mil anos. Seus xamãs foram os primeiros a peregrinar para a região e adquiriram sabedoria além de qualquer outro em sua época. Eles possuem fortes laços com uma pequena comunidade Galiel que vive em suas fronteiras e deles aprenderam como invocar espíritos elementais para lutarem a seu lado em dias de necessidade;
                      • Lakâmios: artesões e curtidores, há mais de cem anos não são conhecidos descendentes vivos desta casa, mas as visões dos xamãs apontam que o próximo grande líder surgirá da penumbra da terra, entre os povos esquecidos;
                        • Demais casas: As três outras casas nunca foram registradas em nenhum cômputo de Odarân. Provavelmente foram extintas na grande batalha de Odar ou nos conflitos que se seguiram. Mesmo os mais velhos dos sábios atuais sabem apenas que elas existiram, mas seus nomes ficaram perdidos no labirinto do tempo.
                        Divisão do Trabalho
                        Não há uma organização oficial relacionada ao trabalho em Odarân. Qualquer membro de qualquer casa pode desenvolver qualquer prática de trabalho. O que não é tolerado em Odarân é a inatividade. Todos devem trabalhar a favor da nação, incluindo os mais jovens, que são motivados a trabalhar desde o início da infância.
                        Mesmo sem haver relação direta entre as casas e o trabalho, é comum associar algumas tarefas melhor desempenhadas por alguns como, maubucos ferreiros, nuareks carpinteiros, etc.
                        Principais áreas e cidades
                        • Cidadela de Odar: Esta grande cidade murada foi fundada no marco inicial que levou Odar Ciran a unificar as tribos e é a responsável por manter toda a ordem. Seus muros englobam toda a circunferência da cratera (cerca de 4km de diâmetro), com exceção da região oeste que foi invadida pela floreta e se tornou um ponto de constante vigília. A cidade possui cerca de trinta mil habitantes de diferentes raças e casas, mas sendo a maioria ciranianos e maubucos. Por duas vezes o grande líder atual foi desafiado, vencendo os combates, ambos contra craamos. A cidade possui uma guarda de elite formada pelos melhores combatentes das duas casas majoritárias, possuindo fidelidade cega ao grande líder.
                            • O Platô do Sol e da Lua: Esta construção rochosa (semelhante ao stonehenge) se destaca de dentro da cidade e pode ser vista de muito além, devido a altura que se encontra em relação ao nível do muro. É neste local de meditação e observação, limitado por um longo abismo que se dirige ao fundo da cratera, que os xamãs odaranos, principalmente nuareks, manifestam suas visões e rituais.
                              • A Grande Casa: A morada do grande líder odarano e salão de confrontos e debates. Em seus arredores uma grande área existe para que as leis odaranas sejam aplicadas, tanto no caso de disputas quanto a execução de sentenças impostas.
                                • A Forja: Após uma longa descida pelas bordas da cratera é chegada essa construção feita na rocha. A Forja é um local fortemente defendido, mais mesmo que a Grande Casa ou o Platô, justamente devido ser um local onde armas de metal estelar são manufaturadas por exímios armeiros maubucos. Poucos são os que podem adentrar este local e menos ainda aqueles que portam uma arma confeccionada aqui.
                                  • Muhat-nâ (A Mina): Após a forja, seguindo pela mesma trilha, ela termina na entrada de uma grande caverna pouco trabalha. É neste local onde os prisioneiros capturados de outros povos mineram os veios do metal estelar e também é onde vivem, sem nunca mais sair ou voltar às suas origens.
                                • Mirä-dir: [em desenvolvimento]
                                • Bacia de Lakam: Dizem que nestas terras submersas, a nordeste da nação, os espíritos naturais sussurram e conversam com todos os habitantes. Os xamãs nuareks costumam invocar inúmeros rituais onde eles dão forma a estes espíritos, transformando-os em elementais que se erguem para defender a terra. Nesta terra também existem tribos nômades de Galiels, que convivem pacificamente com os Nuareks.
                                  Aqui também se ergueu a cidade flutuante de Lakam. Um reduto de meditação e mistério onde apenas os mais antigos nuareks conhecem seus segredos. Embora desconheça a origem de seu sangue, um jovem rapaz tem sido treinado nestas terras por velhos combatentes maubucos e ciranianos e recebe a educação e o conhecimento nuarek. Miradrök é seu nome e sua linha de destino está ligado a todas as casas, onde apenas um xamã conseguiu ler sua sina nas estrelas, e este segrado ele guarda com sua vida.
                                  • Floresta Craam: A leste da cidadela, a terra dos craamos é a região mais hostil de toda Odarân. Um misto de misticismo e selvageria cruel permeia toda a floresta gélida, onde os murmúrios dos mortos podem ser ouvidos pelos viajantes imprudentes que tentam cruzar seu território. Habitando o alto das árvores, os craamos perseguem os invasores de suas terras até que possam alvejá-los com azagaias envenenadas. Os xamãs odaranos já perceberam que quase toda a extensão oeste da floresta foi dominada pela mácula, incluindo quase todo povo craam que lá habita.
                                  Áreas selvagens e despovoadas
                                  • Planícies do Sul: Embora existam pequenos aglomerados nômades em Odarân, elas não formam uma população consistente. A maioria habita este ermo que muda de paisagem a cada estação. Aqui várias bandeiras e pequenos fortes defendem a região do avanço dos inimigos de Odarân e foi nesta terra de geografia peculiar que por duas vezes os odaranos expulsaram grandes invasões de Neerghul.
                                  Ganchos para aventuras
                                  • A Traição de Craam: É fato que a casa Craam não tolera a liderança dos cirianos em Odar. Existem boatos de uma união entre o povo das tundras com Neerghul, aparentemente para que eles possam atravessar as tundras e atacar a Cidadela de Odar na única região onde suas defesas são frágeis.
                                    • O Desafio do Grande Líder: Qualquer um pode se tornar o grande líder de Odarân. Basta cumprir os requisitos para desafiar o grande líder  atual e vencê-lo em combate individual. É comum se jogar a cabeça de um Kaamur nos pés do grande líder para desafiá-lo, mas qualquer outro requisito de mesma proporção pode ser aceito. O graned líder não pode negar o desafio e apenas um deve sobreviver ao duelo.
                                      • O Avanço da Taiga: É sabido pelos xamãs que uma grande proporção da taiga a oeste estão possuídas pela mácula. De alguma forma a floresta caminha em direção a cidade, inclusive já destruindo uma parte do muro. A cidadela foi construída para defender um solo sagrado que agora se vê ameaçado por este constante avanço. Nas áreas onde já existe o duelo entre ambas as forças, estranhos efeitos começaram a surgir, impactando principalmente em animais e plantas da região. Os videntes já começam a narrar a grande batalha que praticamente extinguirá o povo craam e marcará o renascimento dos Lakâmios.
                                        • O Último Lakâmio: O jovem Miradrök é o último descendante deste clã que acreditava-se extinto, porém apenas um velho xamã chamado Ürik conhece seu segredo e fará o possível para mantê-lo a salvo até ele poder completar seu destino.
                                        « Última modificação: Agosto 20, 2012, 11:16:14 pm por Macnol »
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