Autor Tópico: Esboço sobre as crenças no Uno e Potestades  (Lida 2622 vezes)

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Esboço sobre as crenças no Uno e Potestades
« Online: Outubro 31, 2012, 07:01:08 pm »
 
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Dos Povos e suas Crenças
Tomo I – Uno e Potestades

Documento da Egrégia Biblioteca de Pehelnaur

Tratado sobre a crença no Uno e nas Potestades, e de suas variações, pelas terras.
Por Almed Sidjar, escriba da egrégia biblioteca de Pehelnaur.

Dos fatos transcorridos na era conhecida, a fundação e propagação da crença no Uno e, posteriormente, das Potestades, seja o mais relevante para os povos. Apesar de não ter alcance universal como apenas um culto organizado, o aspecto fragmentário da crença fez com que pelo menos o núcleo do dogma chegasse a praticamente todos os cantos conhecidos, de Navilá a Neerghul, por mais diluído que seja.

A história do Uno começa no ocidente distante. Algum tipo de tribo ou algo do gênero, resultante de um profeta conseguindo não só mediar o conflito entre algumas tribos locais, mas uni-las em uma única. Era basicamente formada de humanos e kaftari.

Um século depois, esta tribo se viu atacada por um império ocidental de um lado, e invasões frequentes de kaamuri do outro.

A história da tribo (que ainda existe em algum lugar do ocidente, mas não entrarei em detalhes) acaba, e do culto ao Uno e Potestades começa.

Capítulo I - Traviano

Malchio, um grande sábio e aparentemente descendente do profeta que criou a tribo em primeiro lugar através da união de várias, havia sido amaldiçoado com a impossibilidade de ter filhos. Mas o Uno, dize-se, lhe mandou um presente na forma de uma criança recém-nascida, que apareceu durante um único clarão e relâmpago no gramado do palácio onde vivia o sábio. Vendo isso como sinal do Uno, Malchio criou a criança como se sua fosse, dando-lhe o nome de Traviano - “grande e justo”.

Grande e justo foi um ótimo nome, deveras. Traviano cresceu para se tornar um grande guerreiro e campeão da tribo. Antes da maturidade, já era maior que qualquer um de seu povo. E, ao chegar na maturidade, já havia ganhado respeito de seu povo e honras de herói na defesa contra o império.

Ao virar adulto, teve uma visão, onde o próprio Uno lhe instruía a “procurar por todos os cantos das terras por sete dos seus, que toquei como eu lhe toquei”. E assim o fez. Sua viagem é contada em Cruzada, o primeiro evangelho do Livro das Potestades, até o seu final, onde ele e as outras potestades enfrentaram o Arquinimigo em Koenig e foram elevados junto ao Uno. Outros oito evangelhos descrevem os pormenores do encontro de Traviano com cada Potestade.

Os livros sagrados não falam sobre a raça de Traviano, embora suponha-se que ele seja humano ou kaftar.

Capítulo II – Probatiris

A primeira potestade encontrada por Traviano foi Probatiris, o Artesão. (raça desconhecida)

Capítulo III – Ajesha

A segunda potestade encontrada foi Ajesha, a Escudeira. (raça não descrita mas implicitamente entende-se kaftar)

Capítulo IV – Talon

A terceira potestade encontrada foi Talon, o Curandeiro (raça desconhecida, normalmente representado como um gailel, privodahna ou um homem-árvore)

Capítulo V – Adrubal

A quarta potestade encontrada foi Adrubal, o Fazendeiro. (raça desconhecida)

Capítulo VI – Talm

A quinta potestade encontrada foi Talm, a Maga. (raça desconhecida)

Capítulo VII – Filgrim

A sexta potestade encontrada foi Filgrim, o Pastor. (raça desconhecida)

Capítulo VIII – Patram

A sétima potestade encontrada foi Patram, o Arqueiro. (raça desconhecida)

“Olhai, olhai, pois pela flecha de Patram que o Arquinimigo cairá até a terra, e pela espada forjada por Probatiris que ele morrerá!”

Capítulo IX – A Heresia Malchioniana

Normalmente considerado a nona potestade, Malchio, o Sábio, fonte de dissidências na crença – outros o consideram simplesmente um sachum.

Capítulo X – Sachum Eliadra

Sachum Eliadra foi a responsável pela Crusada Eliadrana, que espalhou a crença do Uno pelas terras.

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Ganchos para Aventura

→ Prezado exmo. sr. grão-mestre da Guilda dos Escribas, responsável pela egrégia biblioteca de Pehelnaur, venho por meio deste solicitar ação imediata pela busca, localização, apreensão e devolução das cópias perdidas de “Dos Povos e suas Crenças – Tomo I – Uno e Potestades”. Como já informado diariamente há duas semanas por este que vos escreve, o recente relaxamento das regras desta egrégia biblioteca e a total falta de segurança ocasionou a perda (provável roubo) de metade das cópias da referida obra. O total despreparo dos aprendizes recentes provavelmente ajuda também a manter esse inferno acadêmico que esta outrora gloriosa biblioteca se tornou. Requisito previsão no orçamento desta ilustre guilda para que se possa contratar mercenários para buscar a localização das cópias e recompensar quem porventura possa devolver os tomos.
Com as formalidades de estilo, Almed Sidjar, escriba da egrégia biblioteca de Pehelnaur.

→ P.S.: gostaria também de reforçar o meu descontentamento pela recente decisão de permitir que peregrinos tenham acesso livre às dependências da biblioteca. Eu realmente não gostaria que em um momento de distração um deles conseguisse acesso ao subsolo de nosso reliquiário – ambos sabemos que não seria de bom auspício caso achassem nossos arquivos proibidos. Se a notícia chegar a conhecimento público, temo que seja totalmente possível que a palma tome uma iniciativa e acabemos na imolação.

→ Prezado sr. escriba, não obstante o apreço por sua vasta e rica obra, venho por meio desta reforçar minha decisão que as cópias perdidas são de pouca importância no presente momento que esta guilda está vivendo. Agradeço, contudo, a consideração a cerca do nosso precioso arquivo. Já emiti ordem de proibição de acesso ao reliquiário, que devera ficar totalmente trancado nas horas de visitação pública. Porém, creio que devo prestar explicações a cerca da situação atual, visto a importância de vossa pessoa para essa instituição. Nossos associados najatashi perderam a encomenda que vinha de suas terras. Sim, há ha'gan perdido em plena Pehelnaur. Isso deve atrasar consideravelmente nosso pequeno projeto secreto, no mínimo. No máximo, temo que a palma descubra nossas operações secretas – ou pior ainda, nossa associação com o templo da miríade - e que logo nós escribas tenhamos as pernas quebradas e a biblioteca queimada. Conosco dentro, obviamente. Já encaminhei recompensa e recrutamento de agentes independentes para resolver esse problema, contudo. Logo, o ha'gan já deverá estar nos nossos porões, e, se os relatos dos nagashi forem verdadeiros e nossa pesquisa bem sucedida, teremos um meio de resgatar a lendária biblioteca negra! Sempre lembrando que a casa perdida provavelmente terá o material que vs. sria. sempre sonhou e proporcionaria discernir definitivamente a verdade histórica sobre o Uno e as Potestades.

Re:Esboço sobre as crenças no Uno e Potestades
« Resposta #1 Online: Novembro 04, 2012, 07:52:25 pm »
Até que ponto o que o GGW desenvolveu dialoga com esse material mais antigo?


Offline Heitor

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Re:Esboço sobre as crenças no Uno e Potestades
« Resposta #2 Online: Janeiro 03, 2013, 12:00:32 am »
Não sei às quantas anda o desenvolvimento da religião do Uno, mas como sugestão quanto aos aspectos representados pelas Potestades, poderia ser algo similar aos Perpétuos.

Re:Esboço sobre as crenças no Uno e Potestades
« Resposta #3 Online: Janeiro 19, 2013, 09:19:29 pm »
Não sei às quantas anda o desenvolvimento da religião do Uno, mas como sugestão quanto aos aspectos representados pelas Potestades, poderia ser algo similar aos Perpétuos.

Gostei da ideia. Imagino as Potestades mais como entidades abstratas, conceituais mesmo (algo como Ira, Soberba, Caridade, Paciência, etc.) do que representações mais articuladas. Inclusive o Uno, imo, seria uma entidade abstrata maior (uma Potestade superior?) que tudo governa/rege, como o Tempo ou Destino.

A ideia era tomar como referência os sete pecados capitais e as sete virtudes cristãs, segundo Prudêncio, ao construir a crença do Uno.

(Obviamente, isso pode ser entendido como uma interpretação específica, de uma determinada região [Tervat?], não interferindo no que foi feito até aqui. Mas aí precisaríamos discutir os sincretismos para tornar algo minimamente coerente).