Autor Tópico: [Reino] Seraj Zatam  (Lida 3001 vezes)

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Offline Madrüga

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[Reino] Seraj Zatam
« Online: Dezembro 22, 2012, 02:06:41 am »
Finalmente um reino padronizado e com o tamanho que definimos para o básico (menos de 11 mil caracteres para reinos menores, 15 mil para maiores). Informa o suficiente, não entra em detalhes, tenta gerar interesse.

Além disso, criei um link para o pdf de demonstração (valeu, Arcane), só para sentir o que são 11 mil caracteres com algumas ilustrações.



Seraj Zatam

Gentílico: zatamti (plural zatamtil)
Idioma oficial: [o mesmo de Chemkrë]
Regime: monarquia
Regente Atual: Pyodinn, profeta do Uno
Exportações: lã, metal, armas, venenos, remédios, bambu, objetos feitos de bambu
Importações: grãos, tecidos, carne bovina, madeira
Principais Cidades: Seraj Zatam (sendo a região composta de dezenas de pequenas vilas)
Demografia racial: 90% humanos, 10% outros

Características Gerais

As montanhas Gatsekaires escondem muitos segredos, lendas contadas e ampliadas pelo medo do desconhecido; mas só os tolos crêem que lá existam monstros e criaturas de outro mundo: embora de difícil acesso, é um ambiente sereno e quase intocado pela civilização.

Conta-se que a seita do famoso assassino Pyodinn se estabeleceu em uma fortaleza no topo de um pico escarpado. O palacete de pedra, escavado e construído, chama-se Seraj Zatam, ou "o ninho do seraj", uma ave imensa que habita a região e é conhecida por ser predadora de animais de rebanho, como bois e ovelhas; os seraj são uma visão impressionante para quem viaja pela região das Gatsekaires.

Embora as bases das montanhas sejam de clima mais árido, logo nos primeiros platôs das Gatsekaires a temperatura começa a variar, bem como a vegetação: aumentam o frio e os bambuzais, e pequenas vilas começam a aparecer, pontilhando o verde e branco montanhês. Fortes ventos sopram na região, e diversos tipos de roedores e pequenos ursos correm pelos caminhos abertos, bem como revoadas de pássaros. Algumas espécies de macacos e gorilas também são vistos pelas vilas, e quase não são notados pelos nativos. Diversas fontes e pequenos lagos se espalham pelos picos.

Religiões

A religião dos vilarejos de Seraj Zatam é a mesma de seu governante e mestre: o dogma do Uno. A religião “oficial” do Uno é expansionista e acredita estar absolutamente certa, sem que seja possível fazer alterações ou inserções nos textos sagrados. Assim, eles creem em guerras santas e em doutrinar povos "ímpios".

Mas Pyodinn acredita que a salvação não deve ser forçada; assim, ele espera que os crentes no paraíso na terra devem procurar a Fortaleza, e não o contrário. Ele não se esforça para divulgar seu dogma e nem tem qualquer estratégia de doutrinação. Seus discípulos falam caso sejam inquiridos sobre sua crença, mas sempre com o cuidado de não tentar "convencer" o próximo.

Muitos buscam a Fortaleza atrás de cura, tanto para doenças comuns quanto para a mácula... e ficam pelo dogma. É uma existência difícil, de provações, jejuns e libações, mas muitos aderem depois de ter vivido uma epifania nas montanhas. Outros são nascem e residem na região, e não têm uma ligação tão verdadeira com a religião de Seraj Zatam. Contudo, diversos jovens saem das vilas para integrar com fervor o exército de Pyodinn.

Os dogmas de Seraj Zatam não são incompatíveis com os assassinatos praticados pelos membros da Fortaleza, mas sim com matança desmedida ou por motivos mesquinhos. Os moradores das vilas sabem a diferença, e não tentam desobedecer ao que manda o Ninho.

O desprendimento ao próximo, típico de Seraj Zatam, tem dois lados: não há por que não matar quem não foi buscar a salvação, ou mesmo quem a rejeitou. Muitos dos assassinatos têm motivações religiosas e políticas, como conter investigações ou a Ordem da Palma Escarlate, por exemplo, ou mesmo impedir o avanço de outras nações sobre povos "não-iluminados". Os moradores de Seraj Zatam jamais se envolverão pessoalmente em disputas religiosas, embora possam agir como espiões, batedores e assassinos; é uma mentalidade de deixar os outros resolverem seus próprios assuntos, mas tem garantido a sobrevivência deles como um grupo.

Instituições, organizações, guildas

Em Seraj Zatam, não há muito espaço para organizações que não sejam a seita de Pyodinn ou qualquer coisa patrocinada ou comandada por ela.

A seita de Pyodinn

Fundada pelo assassino Pyodinn, excomungado da igreja chëmkriana do Uno, a seita é um grupo dissidente de servidores do Uno, que interpretam os escritos sagrados de maneira peculiar, colocando-os em choque com a maior parte dos fiéis dessa religião. Fundando seus ritos e práticas nos mistérios da fé, Pyodinn preside todos os rituais em segredo; apenas os membros mais antigos podem presenciar as cerimônias, e, mesmo assim, as partes mais importantes são realizadas atrás dos altares, fora das vistas de todos. A segregação e o isolamento tornaram os seguidores de Pyodinn um tanto desconfiados, e extenuantes testes são requeridos caso alguém queira se juntar a eles; o primeiro teste, de fato, é encontrar a fortaleza e sobreviver à viagem. Dividida em oito graus – com Pyodinn no topo –, a seita só é conhecida por aqueles que resistem às provações impostas pelos fanáticos do Ninho.

Pyodinn

A figura do mestre da Fortaleza certamente é uma das coisas mais memoráveis de Seraj Zatam, e em si já representa uma instituição. Interessantemente, bastaria uma investigação superficial para se perceber algo curioso: Pyodinn teria centenas de anos de idade, se fossem considerados todos os anos desde sua ascensão e a fundação do Ninho até os dias atuais. Nenhuma raça nas Terras Sagradas é tão longeva, e isso desperta certa curiosidade quanto à figura do fundador. Rumores de todo tipo, espalhados pelos próprios assassinos, envolvem Pyodinn em mistério: poucos conhecem realmente a natureza do temido líder do Ninho, mas o preço desse conhecimento pode ser muito alto.

Principais áreas e cidades

A Fortaleza de Seraj Zatam é o local mais distintivo das montanhas: escavado na lateral de um pico altíssimo, o Ninho impressiona por sua altivez. É lá que vivem os seguidores de Pyodinn, provavelmente centenas deles, realizando todo tipo de tarefa, desde cozinhar e limpar até criar venenos, remédios e armas metálicas.

É difícil perceber do exterior, mas o Ninho do Seraj é um castelo enorme, com espaços abertos e diversas salas e corredores ocultos na rocha. Fala-se nas vilas de masmorras com prisioneiros e criaturas abomináveis presas em celas místicas, mas não se sabe até onde isso são apenas boatos. Alguns jardins podem ser vistos de outros picos, bem como campos de treinamento dos guardiões.

Longe de ser impenetrável, a Fortaleza é bastante defendida, mas o maior problema de um invasor seria se orientar no interior. Sabe-se que os corredores são labirínticos, parecidos e cheios de portas e reentrâncias, além de patrulhados pelos membros da seita dia e noite. Caso um invasor consiga realmente entrar em Seraj Zatam, seu maior problema será sair.

Peregrinos que ouvem as lendas sobre o paraíso terrestre de Seraj Zatam empreendem a perigosa viagem pelos picos escarpados e gélidos da cordilheira, procurando pela fortaleza e pela cura de suas aflições. Conta-se que uma região oculta das Gatsekaires possui uma fonte de água tão pura que é capaz de curar doenças e até a mácula. A localização do jardim é mantida em segredo há séculos: os enfermos visitam o paraíso terrestre com vendas nos olhos, e apenas Pyodinn e seus mais próximos subordinados sabem como chegar ali.

Mas para que um enfermo adentre o paraíso terrestre, Pyodinn se previne: apenas os membros mais próximos podem portar armas lá. Além disso, os visitantes devem se submeter a um contrato de sangue, e morrem instantaneamente caso uma das armas envolvidas no ritual fira seu corpo. Conta-se que Pyodinn já eliminou alguns charlatães com nada mais que um dardo.

Os vilarejos de Seraj Zatam são uma visão pitoresca: construídos com bambu e pedra, os casebres têm padrões irregulares, com espaço no centro para uma pequena igreja e uma praça para o comércio. Servos de Pyodinn perambulam pelas vilas, mantendo a ordem e ajudando os moradores; essa é um dos deveres dos guardiões, e o povo é grato pela presença deles: o crime é quase nulo, e atos fora da norma são reprimidos imediatamente.

Áreas selvagens e despovoadas

As florestas de bambu cobrem boa parte das regiões não ocupadas das Gatsekaires, e são ocupadas por animais selvagens e, segundo os moradores dos vilarejos, espíritos da natureza e estranhas criaturas comedoras de bambus. Eventualmente se ouvem brigas nos bambuzais, resultado das guerras territoriais entre girallons e gorilas.

Nos picos mais escarpados, é possível ver as cavernas abomináveis, assim chamada pelos locais por causa dos girallon. Essas criaturas se parecem muito com gorilas, mas têm quatro braços, sendo agressivos e territoriais. O pelo e as entranhas deles são valorizados para a confecção de armaduras e rituais, o que atrai até os caçadores Ta Jan Huk, de Hyenhu. Essa interferência já despertou a atenção de Seraj Zatam, que deseja conhecer esses invasores para propor um acordo ou declarar guerra.

O pico Besejman recebeu esse nome por causa de um xamã que ousou chegar até ali. Dizem que o pico, oculto na névoa eterna das montanhas, é um nexo espiritual, e que um sacerdote treinado nas artes ocultas pode ver o mundo inteiro dali. O pico é difícil de se encontrar até no mundo espiritual, pois a região é guardada por poderosos espíritos do vento, da rocha e do metal.

Ganchos para aventuras

•   PJs tentam se alistar nas fileiras de Pyodinn, talvez em busca de uma cura para a mácula. Outros contatos envolvem pedidos de assassinato, procuras por fontes límpidas, elementos específicos ou mesmo o cume do Besejman.
•   PJs também podem ser emissários para levar mensagens a Pyodinn: é comum contratar aventureiros como boi de piranha ou para marcar um encontro fora das Gatsekaires.
•   PJs podem ter um mal-entendido com um assassino de Seraj Zatam em outra cidade. Uma trama escondida pode levá-los a ter de conhecer o Ninho como prisioneiros e fingir a conversão religiosa para fugir.
•   Assassinos de Seraj Zatam também podem ser usados como inimigos pelo narrador. Os jogadores podem frustrar uma tentativa de assassinato ou ser confundidos com alvos. As tentativas podem aumentar ou os PJs podem até ser convidados de honra do Ninho se sobreviverem.
« Última modificação: Dezembro 22, 2012, 01:52:15 pm por Madrüga »
"If there are ten thousand medieval peasants who create vampires by believing them real, there may be one -- probably a child -- who will imagine the stake necessary to kill it. But a stake is only stupid wood; the mind is the mallet which drives it home."
-- Stephen King, It (p. 916)


Offline Led

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Re:[Reino] Seraj Zatam
« Resposta #1 Online: Dezembro 26, 2012, 11:14:44 am »
Bonitíssimo ver o reino agora padronizado. Já curtia muito Seraj Zatam, mas o legal de ver a limitação de caracteres é que o essencial é mantido e se destaca. Os arredores, que até então não tinham sido muito falados (ou eu que andei longe?), deram um tom muito mais vivo ao lugar!

Quanto ao PDF: sei que é só pra ter uma ideia da quantidade de texto próxima a ilustrações, mas ali já existe algum padrão de formatação? Me parece ser um tamanho A4 em paisagem. Que tal se fizermos PDFs voltados pra visualização em telas? Formato 16:9, outra disposição de colunas e imagens, etc?

Offline Madrüga

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Re:[Reino] Seraj Zatam
« Resposta #2 Online: Dezembro 26, 2012, 11:22:07 am »
Quanto ao PDF: sei que é só pra ter uma ideia da quantidade de texto próxima a ilustrações, mas ali já existe algum padrão de formatação? Me parece ser um tamanho A4 em paisagem. Que tal se fizermos PDFs voltados pra visualização em telas? Formato 16:9, outra disposição de colunas e imagens, etc?

Era só pra ter uma ideia mesmo, eu não tenho a menor ideia de como fazer um pdf decente. Só mandei o OpenOffice virar a página, colocar rodapé, enfiei umas imagens e pronto. Qualquer pessoa com um know-how apropriado (tipo você mesmo, XD) pode e deve opinar e estabelecer um padrão melhor.
"If there are ten thousand medieval peasants who create vampires by believing them real, there may be one -- probably a child -- who will imagine the stake necessary to kill it. But a stake is only stupid wood; the mind is the mallet which drives it home."
-- Stephen King, It (p. 916)


Offline Led

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Re:[Reino] Seraj Zatam
« Resposta #3 Online: Dezembro 28, 2012, 10:38:25 am »

Offline Madrüga

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Re:[Reino] Seraj Zatam
« Resposta #4 Online: Dezembro 28, 2012, 12:31:38 pm »
Você. Vou pegar uma zebra até Areiópolis e te dar um beijo na testa, seu lindo. :wub:

(faltaram os negritos, mas é isso aí)
"If there are ten thousand medieval peasants who create vampires by believing them real, there may be one -- probably a child -- who will imagine the stake necessary to kill it. But a stake is only stupid wood; the mind is the mallet which drives it home."
-- Stephen King, It (p. 916)


Offline Arcane

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Re:[Reino] Seraj Zatam
« Resposta #5 Online: Dezembro 28, 2012, 02:03:21 pm »
nah... não posso acessar o arquivo aqui na Petrobras, o firewall bloqueia.  :(
Alguém pode linkar pelo google drive (docs)?
Somos todos bots!

Offline Madrüga

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Re:[Reino] Seraj Zatam
« Resposta #6 Online: Dezembro 28, 2012, 02:35:13 pm »
Aqui, Arcane.
"If there are ten thousand medieval peasants who create vampires by believing them real, there may be one -- probably a child -- who will imagine the stake necessary to kill it. But a stake is only stupid wood; the mind is the mallet which drives it home."
-- Stephen King, It (p. 916)