O último – e mais recente – dos povos humanos conhecidos, os asurini são oriundos de uma outra terra... e sua própria existência parece acender a cobiça dos reinos mais agressivos das Terras Sagradas, desejosos de expansão além-mar.
Traços físicos
Os asurini são um povo geralmente alto, indo de um metro e setenta a um metro e noventa de altura. As mulheres são ligeiramente menores que os homens. Um traço inconfundível dos asurini é a pele avermelhada, que tende a ficar bastante pronunciada com a exposição ao sol (o que é bastante comum, dado o estilo de vida desse povo).
No geral, um asuri é bastante atlético, embora uma vida de indolência possa facilmente levá-los à obesidade.
Os asurini têm poucos pelos no corpo, mas geralmente mantêm seus cabelos e barbas longos. As cores mais comuns vão do preto ao laranja-escuro. A maior parte dos asurini têm cabelos ondulados, embora seja comum ver um asuri de cabelos lisos.
Os olhos dos asurini são grandes, com cores entre verde-claro e preto. Além disso, é característica uma marca na testa, conhecida como o terceiro olho: trata-se de uma mancha um pouco mais escura que a pele do asuri. Apesar de nem sempre estar centralizado no meio da testa, o terceiro olho tem uma forma bastante regular.
As roupas do povo escarlate costumam ser leves e folgadas, com bastante espaço para movimentação: pantalonas, sandálias e camisas sem mangas são bastante normais. Essas características refletem também o ambiente quente de onde eles vêm. Cores vivas são a norma, pois preto e branco têm significados religiosos nas terras de origem do povo rubro. Padrões coloridos e heráldicos são marca expressiva do vestuário asuri.
Personalidade/temperamento
Um asuri costuma ser bastante franco e aberto: é tabu guardar muitos segredos nas terras natais do povo escarlate. Dessa forma, é também comum que eles pareçam intrometidos ou que não consigam manter algo escondido por muito tempo.
A falta de paciência e a vontade de resolver problemas com rapidez são traços distintos na cultura asuri: mesmo com a variação normal de indivíduo para indivíduo, planos elaborados demais ou sutilezas de etiqueta não fazem a cabeça do povo escarlate como um todo.
Belicosos, os asurini são capazes de entrar em qualquer tipo de confronto para defender um ideal, coisa que eles costumam agarrar com unhas e dentes. É interessante notar que os jogos são muito comuns na cultura asuri, e ter um deles em uma taverna é garantia de diversão e, obviamente, briga quando um resultado é disputado.
A festa, resultado de qualquer êxodo, é quase obrigatória para qualquer asuri: casamentos, por exemplo, são eventos de três dias seguidos, com brigas, bebedeiras, muita comida e música. Mesmo funerais são eventos festivos, destinados a encarar a partida de qualquer ente querido sem qualquer tristeza.
Traços culturais
No semiárido de onde se originam, os asurini são guerreiros e caçadores valorosos, tendo de sobreviver a muitas agruras para garantir sua sobrevivência. Isso se reflete em sua religião, o culto ao Primeiro: um deus guerreiro que, depois de derrotar uma besta no oceano primordial, construiu o mundo a partir da carcaça do monstro. Muitos dos mitos em torno do Primeiro envolvem conflitos físicos, e boa parte dos habitantes das terras escarlates cultivam o hábito do combate por conta de sua religião.
Os asurini também são desprovidos de muitos preconceitos: contam eles que o Primeiro criou as oito raças logo após a criação do mundo, dando a cada uma delas uma virtude principal. Dessa forma, argumentam eles, todos são iguais apesar das mudanças de aparência. Mesmo as raças monstruosas, que não foram criadas diretamente pelo Primeiro, são parte do mundo e andam sobre a Carcaça como todas as outras. Tolerância é um conceito bastante difundido pelo povo escarlate.
É surpreendente o amor dos asurini pela música: a língua parece se adequar bem tanto a cantos de guerra como a odes e hinos religiosos. Instrumentos musicais também são constantes onde quer que o povo escarlate esteja, como uma caixa de percussão sobre a qual o músico se senta, chamada
sugrir e um instrumento de cordas que é colocado sobre o colo, o
niimar. É bastante comuns que canções típicas sejam entoadas ao som de ambos instrumentos.
Alguns símbolos também são marcas do povo asuri: sejam pintados ou tatuados, alguns padrões são característicos deles, e utilizados para evocar sorte e o Primeiro. O círculo tripartido, contendo Céu, Mar e Terra também é típico do povo escarlate, e torna o número 3 tão sagrado quanto o 8. O marfim negro, que só é encontrado pelas terras escarlates, é típico dos asurini pela função e pelo brilho indescritível: usado para absorver a mácula, tem também um forte significado religioso. A obsidiana, embora não exclusiva, é usada contra mortos-vivos e espíritos malignos, bem como em colares de contas enormes usados pelos asurini.
A divisão do círculo também reflete as práticas guerreiras do povo rubro: a terra representa as armas, o mar representa as artes marciais, o céu representa a magia. Qualquer caminho é respeitado e julgado necessário para o guerreiro: a ética do guerreiro escarlate perpassa todas essas práticas.
Por fim, as máscaras usadas pelos asurini são mais do que características: símbolos tanto xamanísticos quanto bélicos, elas são importantes no campo de batalha e na vida cotidiana. Embora não sejam usadas o tempo todo, sabe-se de muitas máscaras mágicas que ajudaram a mudar o curso de batalhas, doenças, cercos e problemas diplomáticos. Essas máscaras são lendárias, e cobiçadas por todas as terras sagradas.
Localização
No continente além-mar existem as terras escarlates, domínios cobiçados e temidos pelos povos navegantes das terras sagradas. Entretanto, uma boa porção do povo rubro se encontra em Nova Najatash, escravizados pelos nagash. Recentemente, diversos emissários asuri começaram a aparecer pelo continente em busca de aliados para libertar seu povo subjugado.