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[Bestiário] Dragões

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z é d u a r d o:
Iniciando a importação.

Dragão tropical
(click to show/hide)Esse lagarto vive em selvas úmidas. Embora chegue a ser maior do que um boi em casos extremos, o dragão tropical geralmente é pouco maior que um crocodilo. De escamas esverdeadas e crista avermelhada, esse réptil impressiona pela dentição e sentidos aguçados. É um caçador nato, astuto e veloz, e sobrevive geralmente se alimentando de pequenos animais; para isso, ele conta com um curioso método de captura: o dragão tropical é capaz de cuspir uma secreção viscosa que prende suas presas, lentamente se enrijecendo em contato com o ar e amolecendo levemente a carne da vítima. A mordida venenosa é o golpe final para uma vítima, que perde suas funções motoras e não consegue mais escapar.

Embora seja menos territorial do que os dragões alados, o dragão tropical defende sua ninhada com unhas e dentes. Embora tenda a fugir quando estiver ferido, ele pode ter rompantes de fúria apavorantes quando acuado, e lutará até a morte para poder escapar. É comum ver um dragão perto de seu ninho, e muitos mantêm uma mesma companheira pela vida toda.

A carne do dragão tropical é geralmente desprezada por sua dureza e sabor forte. Contudo, seu couro é bastante visado para a feitura de armaduras (além de ter uma conotação de bravura em certas culturas), e diversos de seus órgãos são importantes para a medicina e a alquimia.
Dragão do pântano
(click to show/hide)Típico de mangues, pântanos e florestas úmidas com pouca luz solar, esse lagarto tem muito em comum com o dragão tropical, embora seja ligeiramente menor e mais esguio. Predador noturno, o dragão do pântano tem um olfato incrivelmente aguçado: "tateando" com sua língua, ele consegue discernir odores, diferenças de umidade e temperatura e, principalmente, movimento. Dotado de uma visão noturna rudimentar, esse réptil é extremamente sensível à luz forte, que pode desorientá-lo.

Apesar de menos sutil que o dragão tropical, o dragão do pântano também expele uma gosma viscosa para capturar suas vítimas; entretanto, ao invés de paralisá-las, o jorro gástrico do réptil fere e dissolve a pele de suas vítimas enquanto prepara a carne para a deglutição. A agressividade do ácido se explica pela dentição do dragão do pântano: com menos músculos envolvidos na mordida e com dentes menos afiados, o caçador precisa utilizar seu suco gástrico mesmo contra presas indefesas.

Um dos mais bestiais dragões de que se tem notícia, a fera do pântano é territorial e agressiva, chegando a praticar canibalismo e, após o acasalamento, matar o macho e se alimentar dele durante a incubação dos ovos. Presas menos afortunadas descobrem que esse lagarto é capaz de expelir uma pequena nuvem de gás irritante quando ameaçado, e que seus dentes carregam uma peçonha que adormece os músculos. Certamente é difícil caçar dragões do pântano, e por isso mesmo seu couro negro, sangue e vísceras são bastante visados por fazedores de armadura, curandeiros e alquimistas.
Dragões marinhos
(click to show/hide)Esses beemotes e leviatãs são o medo de qualquer marinheiro. Eles espreitam muito longe das praias das Terras Sagradas, mas mais de um povo tem a lenda de desbravadores que nunca retornaram, um único sobrevivente relatando que o navio fora engolido em uma única mordida dessa criatura envolta em crenças.
Salamandra alada
(click to show/hide)Um dos predadores mais audazes da Região dos Lagos, as salamandras aladas são dragões de sangue quente que fazem ninhos nas termas mais altas e de lá espreitam suas presas. As salamandras aladas são maiores do que os maiores cavalos e tão graciosas quanto eles, exibindo corpos esguios e fortes; diferentemente da maioria dos dragões, não possuem carapaças pesadas de couro, mas escamas lisas e serpentinas que variam entre tons de laranja, marrom-argila e bordô. Tem amplas asas couráceas, usadas basicamente para planarem e ascenderem pelas torres de vapor e para intimidarem seus adversários, uma vez que, de asas abertas, tornam-se três ou quatro vezes maiores que o normal.

Quando caçam, vislumbram seu alvo à distância e saltam de seus ninhos altivos para um mergulho direto, agarrando a presa com as quatro patas para lançá-la contra algum dos gêiseres de vapor próximos aos quais sempre habita. Quando a presa resiste ou reluta, a salamandra alça novo voo, tomando impulso a partir da pressão dos mesmos gêiseres, e posiciona-se para mergulhar mais uma vez contra sua vítima. Normalmente, as criaturas lançadas contra o vapor morrem ou ficam desacordadas, tornando-se presas fáceis (e previamente cozidas).

Com um organismo quase anfíbio e muito resistente ao calor, as salamandras aladas buscam os locais mais quentes das termas para viver; armazenam água e vapor escaldantes dentro de si quase como um esporte, mas, por serem extremamente territorialistas, são plenamente capazes de expelir jatos ferventes de vapor e água em qualquer um que invada seu pequeno paraíso termal.

O tecido de seus órgãos internos - especialmente dos pulmões, estômago e outros bolsões - é muito procurado por sua resistência térmica, em principal para armazenar o próprio sangue da salamandra, que, dizem, é tão quente que queima qualquer um que consiga cortar ou furar a criatura.
Besta ígnea
(click to show/hide)Bestas ígneas são criaturas perigosas que buscam lugares tão quentes quanto os próprios corpos para viver e acabam estabelecendo seus ninhos nos desertos, principalmente em cânions e em rochedos em geral.

Os maiores da espécie são tão largos quanto rinocerontes, e atingem comprimento digno dos maiores crocodilos, com caudas avantajadas e o corpo pesado, tão pesado que quase rasteja pelo chão. Toda parte superior do corpo é coberta por placas de uma espessa carapaça escura que parece ser feita única e exclusivamente de rocha, capaz de absorver e conter calor como poucos materiais nas Terras Sagradas - é por essa contenção de calor, aliás, que as bestas ígneas conseguem suportar o frio noturno dos desertos. Na parte da barriga e em áreas sem a carapaça, sua pele reptiliana apresenta um tom avermelhado como se ardesse em brasa -- e arde. Reza a lenda que as bestas ígneas nascem dos vulcões, e por isso seu corpo é tão quente quanto a lava. Diariamente esses dragões precisam equilibrar sua temperatura corporal, expelindo suor escaldante pelos poros e através de glândulas nas laterais da boca na forma de jatos. Suas patas, por fim, são musculosas a ponto de permitirem que as bestas ígneas corram desengonçadamente e realizem pulos impressionantes nas superfícies íngremes da rocha.

Apesar de serem bestas bastante perigosas, as bestas ígneas não são caçadoras. Alimentam-se de minerais, principalmente rochas magmáticas e areia; raramente as bestas deixam de absorver os minérios por completo - se comem demais, antes de serem evacuados os excessos adquirem, por conta do processo digestório super-aquecido, o formato de cristais vítreos e de obsidiana, peças naturalmente fantásticas para qualquer colecionador de pedras preciosas.

Deste assunto quase só se conhecem lendas, e os mitos são mais reais do que parecem ser: as bestas ígneas tem um forte sentido sísmico e pressentem quando um vulcão está prestes a entrar em erupção. Esse momento está intimamente ligado à vida dessas criaturas, pois o acasalamento das bestas depende do calor e do efeito da lava nas rochas. Assim, uma besta jovem migra imediatamente assim que pressente uma atividade vulcânica intensa. Normalmente elas alcançam os vulcões assim que a erupção terminou e a lava se assentou e endureceu, permitindo que comecem o ritual de acasalamento e retornem ao deserto com seus pares, buscando novo ninho.

Muitas tribos nômades do deserto encaram as bestas ígneas como objetos de adoração ascética por conta de seus hábitos alimentícios (comer poeira e pedra), de sua necessidade de peregrinar para continuar existindo e por sua forte ligação com a terra. O folclore dos andarilhos ainda conta que o coração de uma besta ígnea jamais resfria, e volta a bater intensamente conforme o vulcão sob o qual a besta nasceu torna a explodir.

Alternativa para o sopro:
(click to show/hide)Quando uma besta madura o suficiente para desenvolver o sentido sísmico ingere a rocha vulcânica recém-banhada pela lava, seu corpo não a processa como alimento, e sim como combustível. O produto é uma secreção altamente inflamável, que a besta é capaz de expelir, em forma de labaredas, através de glândulas laterais na boca - as maiores labaredas impressionam mais fêmeas; o maior tempo mantendo as chamas acesas com a boca fechada impressiona mais machos; e assim escolhem seus parceiros, acasalam, e estocam mais um pouco daquela rocha especial. As fêmeas normalmente armazenam seu estoque durante a vida inteira, para o caso de predadores assaltarem sua cria.
Drácrio
(click to show/hide)Drácrios figuram entre os menores dragões de que se tem conhecimento. Seu tronco, coberto por escamas pálidas que variam do verde ao azul, não ultrapassa o tamanho de um ser humano adulto e exibe, no peitoral, uma musculatura incrível , coberta por couro amarelado ou branco. Todas suas patas tem o mesmo tamanho, mesma magreza e mesmo formato de garra, mas a disposição dos membros lembra muito a de um homem. Sua cabeça, povoada de escamas como o resto do corpo, também mostra chifres e alguma formação óssea, que varia de indivíduo pra indivíduo; possui narinas estreitas e uma boca poderosa.

O que chama atenção nos drácrios e distoa do resto do corpo é sua cauda fina, que é e longa como uma grande serpente. Chegando a atingir quatro metros de comprimento, a cauda parece ser feita de sua coluna espinhal coberta por milhares de escamas amontoadas umas sobre às outras. A parte inferior possui a mesma musculatura do peitoral.

Drácrios tem um comportamento similar ao das cobras, rastejando ou caminhando junto ao chão e tentando sempre surpreender e emboscar seus adversários. Possuem um par de presas ofídicas que destilam um veneno leve que causa dormência local, e por isso os drácrios sempre buscam atingir primeiro os membros inferiores de suas vítimas - produzem pouco veneno, suficiente para um ou dois botes. Se consegue imobilizar a presa, um drácrio constringe-a com sua cauda, tentando quebrar seus ossos e sufocá-la enquanto caminha - a quatro patas - de volta ao seu ninho. Se a luta dá sinais de que vai se alongar, o drácrio apoia-se na cauda e deixa as quatro garras livres, tentando agarrar e rasgar a presa até a exaustão ou a morte desta.

A respiração dos drácrios é bastante diferente da das cobras. Seu olfato ainda é atribuído à lingua bifurcada, mas drácrios respiram pelas narinas e enchem dois pulmões perfeitamente funcionais. Mais do que isso, o sistema "respiratório" dos drácrios é essencial para a a defesa de sua cria; quando se sentem ameaçados, os drácrios erguem-se sobre a cauda, abrindo boca, narinas, e diversos outros canais com este fim, para inspirar violentamente o maior volume de ar possível. A princípio isso causa um som estridente, mais alto e mais brutal que um silvo, que serve para intimidar a fonte do perigo e também para alertar outros drácrios. Todo o ar que o drácrio inspira dessa maneira vai direto para bolsões de ar que esses dragões possuem sob a pele da cauda. Assim, a cauda de um drácrio infla por completo, alocando as escamas amontoadas em seu devido lugar, e assume a espessura de seu tronco. Quando completamente inflado, um drácrio aparenta ser uma serpente gigantesca, com quatro braços. Se seus inimigos não estiverem intimidados o suficiente, o drácrio apela para desinflar o próprio corpo ali mesmo - com uma potente contração de seus músculos da cauda, drácrios são capazes de expelir todo o ar numa única rajada de vento frio, lançando o perigo contra rochas ou árvores e visando desacordá-los com o impacto.

Drácrios sobrevivem bem em florestas nevadas e sob o frio de algumas montanhas.

Madrüga:
Cara, adorei. Descritivo, bem vívido (sem ser chato). Queria agora ver isso ilustrado, <3

Heitor:
O que veio à cabeça nos dois primeiros.


E como a proposta é que o dragão seja um bicho natural, usar dinossauros recoloridos com imaginação nem é tão má ideia.

z é d u a r d o:
e penas, quem sabe!

Ielena:
Que lindo!!! Sou apaixonada por dragões  :laugh:

Viajei nas descrições!!!

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