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Uma Questão de Inteligência

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Metal Sonic:
Andando pelo fórum da Paizo, encontrei esse tópico, aonde discutem sobre a questão da "inteligência do jogador vs. inteligência do personagem". Alguns julgam que limitar o jogador é ridículo, outros que isso é motivo para os min/max poderem fazer gênios com Int 7. Citando o post inicial:


--- Citar ---I think it's important to separate the concept of your intelligence for your characters intelligence.
Even if your character has a higher intelligence then another character your character doesn't gain any special benefit when answering a riddle.
Even if your character doesn't have a good charisma you can use your intelligence to think of the best thing to say so that you can get the highest modifier.
You can always use your intelligence to help your character fight with the best strategy in combat.
Your brain is your characters greatest power.
Yes, being a smart player does give you an advantage.
There is nothing wrong with this.
--- Fim de citação ---
O que vocês acham?

Iuri:
Resposta manjada: depende do grupo.
Cada jogador espera algo do RPG, tendo como extremos o gamista e o roleplayer. A classificaçao que eu uso eh diferente da do pessoal dessa "New Old School Wave" (segundo eles: roleplayer-> valoriza descriçoes detalhadas; gamista-> valoriza combates), e os proprios Oldschoolers caem mais como gamistas nessa definiçao aqui.

- Se os caras gostam de jogadores sendo desafiados junto com os personagens, entao deixa o jogador usar sua inteligencia a vontade. Este tipo de jogador pode gostar de uma historia legal, caracterizaçao bonita.. mas o que mais lhe da satisfaçao eh vencer um desafio, mesmo que nao faça muito sentido seu personagem fazer isso no mundo do jogo. Essa preferencia eh perfeitamente logica (quem nao gosta de se sentir esperto?), e se todo o grupo for assim o jogo vai fluir sem maiores problemas (alem da competiçao entre jogadores, eh claro),

- Se os jogadores prezam mais a caracterizaçao dos personagens e da continuidade da historia, eles vao preferir separar ao maximo sua inteligencia (e conhecimentos) da do personagem.

- Se o grupo eh dividido entre extremistas das duas posiçoes... nao tem jeito, tem que combinar tudo antes de começarem a jogar, e eh bem provavel que o melhor seja alguns jogadores sairem do grupo.

- Se por outro lado o grupo for composto de pessoas razoaveis, que gostam de ambos aspectos do jogo, e que eh (eu acho) o tipo da maioria dos grupos, o narrador pode dar uma misturada nestes conceitos... Nunca exigir teste de INT para que resolvam uma charada simples, mas se os jogadores estiverem com dificuldades (ou simplesmente nao estiverem com vontade de pensar) permitir que o façam por esta forma; partir da suposiçao que o personagem marcial nao precisa ter muita inteligencia para ter conhecimentos avançados de posicionamento e estrategia, afinal de contas eh justamente nisso que ele treinou a vida toda; barrar o metajogo (conhecimentos do jogador e nao do personagem) quando parecer exagerado exagerado (e se os jogadores tentarem de todas formas te persuadir que nao tem problema usar o metajogo eh porque na verdade eles sao daquele primeiro grupo... e entao tem que trata-los como tal, ja que pra eles o tal teste de INT pra resolver puzzles eh uma especie de cheat).

Eh responsabilidade do narrador descobrir que tipo de grupo em que ele vai jogar. Se forem jogadores desconhecidos nao custa nada perguntar antes de mais nada sobre as preferencias (alem dessa questao do jogador sendo desafiado, pergunte sempre tambem se o cara curte um hack-n-slash, ou sessoes inteiras sem combate). E se vai mestrar para estranhos sem saber nada sobre eles (por exemplo em eventos), considere que o grupo eh do tipo 4 descrito acima. Se durante o jogo perceber que nao sao, adapte a narraçao em tempo real mesmo...

PS: Isso nao devia estar no dicas e ideias?

Heitor:
Neste caso, o que eu prefiro é um jogo em o atributo 'intelectual' não limite a capacidade lógica da personagem, e sim o conhecimento adquirido. Por isso que, apesar de ser uma bosta, o 3D&T leva um epic win neste quesito. Ter um personagem burro é totalmente opcional.

Lumine Miyavi:
Eu acho que... se os atributos físicos não são influenciados pelos do jogador (o que seria uma merda se o Vin Diesel estivesse na mesa), não vejo porque os intelectuais deveriam. O jogador PODE ser inteligente, mas o personagem não.

É como em Phoenix Wright; não é porque eu saquei quem é o assassino, que o meu personagem vai chegar a mesma conclusão (e vice-versa).

Metal Sonic:
Não sei se a comparação com PW é válida, porque jogos eletrônicos são muito mais limitados, mas eu entendi.

Mas é engraçado você ver esse tipo de discussão entre atributos mentais, mas não aos físicos.

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