Li (meio por cima, é verdade) o 13th Age e não achei que é tudo o que disseram.
Parece uma versão bem resumida das regras da 4ª edição, ao estilo "colha e jogue": tudo referente à determinada classe de personagem está agrupado, facilitando um jogo rápido, mas ao mesmo tempo parece que as escolhas são bem poucas, e reforça o aspecto mecânico (esteticamente, pelo menos) de videogame de papel. Podia ser melhor trabalhado. Um ponto positivo é a unificação de poderes redundantes, cuja única distinção é o dano e duração de efeitos secundários. É algo que já havia sido explorado em uma Dragon Magazine, mas que foi deixado de lado, porque, bem, poucos poderes que evoluem por nível não enchiam muitas páginas de livrinhos temáticos de classe.
Graficamente, o livro vai de aceitável a ótimo. Os ícones, apesar de não terem aparência inovadora, são "icônicos", mesmo. Achei que aquela textura de fundo prejudica o layout, especialmente as fichas de poderes e de monstros, que não tem aquelas barras e fundos distintos como nos livros de D&D4. As ilustrações de monstros como runas é uma sacada boa, mas acho que não cria uma estética muito forte ao cenário de jogo, apesar de dar MUITA identidade ao produto. Pelo que entendi, o cenário é vago de propósito, mas... se já tem "sua-coisa-única" no Ícones, não custava detalhá-lo mais.
No fim, pareceu que simplesmente fizeram um D&D4 rules-light e focaram em vender o jogo pelas mecânicas alternativas (Ícones, Backgrounds, Coisas-Únicas), que podiam ser produzidas como House-Rules sem muita dificuldade por uma pessoa tenha jogado algo mais afastado do matar-e-pilhar.