Autor Tópico: Do futuro "packet" de Next  (Lida 2269 vezes)

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Do futuro "packet" de Next
« Online: Outubro 15, 2012, 03:39:13 pm »
Saíram mais algumas pérolas no Playtest, que pode ser visto aqui. As que achei mais interessantes:

With that said, I believe that giving DMs more options for cleric and wizard magic gives us more room to maneuver in making the warlock very different. There is a chance that, based on your feedback, we might introduce an overall class category called magic-user that features wizard, sorcerer, and other options as choices beneath it. The nice thing about this approach is that we can create rules and flavor text that refer to magic-users as a group and that also allow individual campaigns to map that to the general category of character.

After looking at feedback on the sorcerer, I would not be surprised if we renamed the class, tweaked its flavor a bit, and brought a true warrior/mage class to the core of the game. A lot of people like the sorcerer, but a number of people commented that it made translating existing sorcerer characters difficult. Since our goal is to make conversion as easy as possible, that's a powerful argument for treating the concept we presented as a new class.

The wizard will receive traditions, which can include at-will spells and signature spells that are regained 5 minutes after casting them. Typically, a wizard has one spell that is a signature spell and can regain only one casting of it. The at-will spell and the signature spell tie in to the wizard's tradition.

For clerics, we've returned turn undead to a class feature and have removed channel divinity as its own thing. Instead, you gain special abilities based on your god. The manuscript includes a set of generic deities that speak to the common archetypes that appear in different pantheons. For instance, the Trickster stands in for Loki and Olidammara, and grants his or her clerics the ability to turn invisible for a brief time, along with access to more illusion spells than other clerics get. Rather than mandate a certain type of armor, the Trickster grants training in the Sneak skill and provides access to ranged weapons, the rapier, and other weapons that rely on Dexterity. If you play a cleric of the Trickster, you'll likely want to wear light armor and act sneaky, but we don't try to make that a requirement or limitation. These deity archetypes are a starting point, and you can expect that campaign-specific expansions could give options tailored to that world's deities.

The fighter went over very well last time. Right now, we're focused on creating a set of options that allow someone to play a very simple fighter.

The rogue is receiving a greater emphasis on skills. The rogue receives more skills and continues to be the best at using them, though we have simplified those mechanics and dialed down the emphasis on automatic success. DMs were frustrated that rogues had no real risk of failure. It distorted the game in irritating ways.


Resumo, mais opções para o Clérigo e Mago, mais nada para o Guerreiro e o Ladino perde a chance de não falhar em em perícias (que serão inúteis - dado que um Clérigo  da Trapaça já terá Invisibilidade).

Re:Do futuro "packet" de Next
« Resposta #1 Online: Outubro 15, 2012, 04:36:28 pm »
A idéia de 'categoria de classe' não é ruim, só é uma pena que vai ser limitada aos spellcasters. Em teoria você poderia jogar uma série de mecânicas diferentes e independentes dentro dela e escolher qual se aplica na sua campanha (o que parece ser a idéia deles). Magos, Sorcerers e etc. se tornam só o descritor da categoria, e o Mestre poderia denominar mais de uma delas pra sua campanha.

Bem feitinho, ficava interessante por permitir definir melhor o que os conjuradores fazem dentro da campanha. O pessoal que quer os conjuradores como grandes mestres da realidade poderia ter isso, o pessoal que prefere magia como uma ferramenta limitada também poderiam ser satisfeitos.

Meu medo é que seja outra situação similar as classes na 3e/4e. Classes que tinham mais gente jogando (ou assim acreditava a WotC) recebiam muito mais apoio e material do que aquelas que não eram preferidas pelos clientes. Numa divisão por categorias como eles propõe, existe o risco de uma ou duas receberem todo o apoio mecânico e mais material enquanto as outras recebem um artigo de quatro páginas na Dragon a cada seis meses.

E o guerreiro, pra mim, ainda vai ser o monge dessa edição. Muita gente achando lindo e funcional, até terminar o playtest, começar a jogar em campanha e perceber os problemas do sistema de manobras que eles implementaram.
« Última modificação: Outubro 15, 2012, 04:38:01 pm por kimble »
Lido esse ano:
Feng Shui, Wu Xing, Blowing Up Hong Kong, MHRPG Civil War: X-Men, Shadows of Esteren, Dungeon World, 13th Age (Draft), Night's Black Agents, Pendragon 5.1, Legends of Anglerre, Hollowpoint, Planescape (caixa básica), Monsterhearts, Werewolf: DA, Player's Handbook Races: Tieflings, Apocalypse (WtA), Dragon Magazine Annual Volume 1
Atualmente lendo:
Dresden Files (FATE), Fantasy Craft, Mage 2e, In Nomine
Na fila:
REIGN, MHRPG: Annihilation, GoT RPG

Re:Do futuro "packet" de Next
« Resposta #2 Online: Outubro 15, 2012, 07:13:29 pm »
Essa iniciativa de "categoria de classe" é boa. Juntando com os Backgrounds e Specialties-Themes é uma boa forma genérica de se definir o "nicho" do personagem, sem incorrer noutras milhares de classes caso vc resolva que seu personagem deve lutar com duas armas e não uma, por exemplo.

O problema é o desenvolvimento disso aí, que não parece ser dos melhores pra quem gosta de combatentes, como apontaram o elfo e o "Bad Attitude"-kimble.

Offline Heitor

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Re:Do futuro "packet" de Next
« Resposta #3 Online: Outubro 16, 2012, 12:43:48 am »
D&D com classes genéricas e customizáveis, quebrando com a tradição de lançar dezenas de variantes que mudam pouquíssimas coisas, só para ocupar páginas de livros?

Daqui a pouco, a Wizards vai concordar com o público que o paladino é só é um multiclasse piorado de guerreiro e clérigo. :nao:

Re:Do futuro "packet" de Next
« Resposta #4 Online: Outubro 16, 2012, 01:12:30 am »
Eu já abandonei minhas esperanças com o Next, então não me surpreende que eles querem fazer conjuradores mais complexos, que disfarçam o modelo AEDU da 4e com outra nomenclatura para não assustar os 4e-haters, e vão novamente retomar a tentativa de deixar um guerreiro "eu ataco" viável.
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Offline AKImeru

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Re:Do futuro "packet" de Next
« Resposta #5 Online: Outubro 18, 2012, 11:07:31 pm »
Citar
The fighter went over very well last time. Right now, we're focused on creating a set of options that allow someone to play a very simple fighter.

Seria pidão/escroto/mocorongo de minha parte falar que o Fighter atual é um bilhão de vezes melhor do que o lixo do primeiro playtest, mas ele só é potencial e PRECISA de mais estilos (NO MINIMO metade de páginas ocupadas por um mago em termos de opções de combate) ou ele continuará meio "meh"?


Sério eu adorei o novo conceito do guerreiro, o sistema de dados e tudo mais. Agora de cor a ele. De estilos interessantes. De manobras interessantes também. As manobras do livro básico permitem criar o que? 4? 5 estilos de guerreiro? Que sequer conversam entre si direito.


Enquanto eles querem dar estilos para magos em cima de uma lista de magia enorme. Vamos lá. Vocês podem mais do que isso WotC.

Offline Lumine Miyavi

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Re:Do futuro "packet" de Next
« Resposta #6 Online: Outubro 19, 2012, 09:32:43 am »
Pior que o guerreiro, que ainda ganha alguma coisa, é o Ladino, que perdeu a capacidade de não falhar em testes de perícia porque... "deixa o jogo fácil demais".


Sendo pelo que mostraram até agora, é a única coisa que diferenciava o Ladino de um fighter sem o sistema de dados...


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It distorted the game in irritating ways.
Essa frase me incomoda mais que tudo, porque um ladino que não falha, distorce o jogo, já um infinitos itens mágicos que podem "sincronizar" num mesmo dia com o personagem e oferecer mais slots de magia, não.

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Re:Do futuro "packet" de Next
« Resposta #7 Online: Outubro 19, 2012, 01:03:25 pm »
Pior que o guerreiro, que ainda ganha alguma coisa, é o Ladino, que perdeu a capacidade de não falhar em testes de perícia porque... "deixa o jogo fácil demais".


Sendo pelo que mostraram até agora, é a única coisa que diferenciava o Ladino de um fighter sem o sistema de dados...

Isso aí é reflexo do feedback que eles receberam. Eu nem entro como muita frequência no fórum da wizards, mas nas vezes que eu entrei, eu cansei de ver gente reclamando que o Skill Mastery do ladino garante acertos automáticos na maioria dos testes de perícias e ''isso não é divertido / torna o ladino muito superior aos demais fora de combate''.

Eu não vejo problemas que a classe mais focada em perícias obtenha sucesso automático na maioria das tarefas que sejam realizadas com elas. Afinal, a grande vantagem do ladino do playtest era essa. Porém, isso deixa a parte não-combativa do jogo chata pra muitos mestres e jogadores, pois tira a emoção das rolagens de dados.

Paciência. Agora é esperar que eles adotem novas mecânicas para o ladino que compensem a perda do Skill Mastery. De cabeça eu pensaria em algo como o ladino ganhar ainda mais perícias treinadas e possuir vantagem nos testes relacionados a elas. Também manteria a opção de escolher entre +3 e o modificador do atributo usado no teste.

Claro que dessa forma o ladino ainda não será tão eficiente com as perícias treinadas como era quando tinha o skill mastery (mínimo de 10 > joga duas vezes e escolhe o melhor resultado), mas o aumento do número de perícias treinadas pode compensar isso e caso não seja suficiente, os designers podem acrescentar mais alguma feature para tornar o ladino equilibrado e interessante.

Essa frase me incomoda mais que tudo, porque um ladino que não falha, distorce o jogo, já um infinitos itens mágicos que podem "sincronizar" num mesmo dia com o personagem e oferecer mais slots de magia, não.

Vale salientar que temos duas situações diferentes aqui.

Na questão do ladino, eles apenas estão baixando a cabeça para a vontade de uma porção considerável de jogadores. Sério, eles podem até discordar da ideia que os sucessos automáticos tira a graça do jogo, mas ainda assim seriam forçados a mudar essa mecânica porque os jogadores não gostaram. Quem estiver duvidando disso, pode ir no fórum da Wizards conferir com o seus próprios olhos. Aliás, teve até um usuário de lá que foi entrevistado no blog e aproveitou para meter o pau no Skill Mastery, como podemos ver aqui:

http://community.wizards.com/dndnext/blog/2012/10/05/playtester_profile_-_mellored

Já no caso dos itens mágicos, eles acabaram de lançar o pacote, não realizaram nenhuma survey e não viram ainda o feedback do público a respeito.

Basicamente, eles apenas lançaram regras de itens mágicos, sem nenhuma preocupação com o impacto que eles vão causar no jogo porque a presença ou não de itens mágicos é opcional e varia de acordo com cada DM.

Então eles fizeram a mecânica de itens mágicos pressupondo que o DM iria oferecer bem poucos deles no decorrer da campanha, o que realmente geraria pouco desequilíbrio, e pretendem depois oferecer regras opcionais para serem aplicadas em jogos onde itens mágicos são frequentes (que como o elfo já mencionou é o padrão nas aventuras oficiais e em muitas mesas de D&D). Pelo menos foi isso que o Rodney deu a entender com a resposta da 3ª pergunta do Q&A dessa semana.

Acredito que aquelas tabelas de recompensas aleatórias de itens mágicos que permitem personagens de níveis baixos com itens fortes associadas às nossas experiencias com as aventuras de D&D recheadas de itens mágicos é que gerou toda essa impressão negativa a respeito dessas regras para os itens. Se as observarmos com a perspectiva de que item mágico é algo realmente raro, veremos que elas não são tão nocivas quanto parecem ser.

Enfim, as regras não estão completas, ainda precisam de um refinamento e devem sofrer várias mudanças no decorrer do playtest. Lembrem-se que essa ainda é a primeira encarnação das regras para os itens mágicos e a resposta do público ainda não foi levada em consideração.

Espero que eles façam as modificações e desenvolvam as regras opcionais necessárias para que tanto os mestres que oferecem o mínimo de itens mágicos para seus jogadores quanto os que distribuem esses itens em cada esquina tenham as opções adequadas para o seu estilo de jogo.

Seria pidão/escroto/mocorongo de minha parte falar que o Fighter atual é um bilhão de vezes melhor do que o lixo do primeiro playtest, mas ele só é potencial e PRECISA de mais estilos (NO MINIMO metade de páginas ocupadas por um mago em termos de opções de combate) ou ele continuará meio "meh"?


Sério eu adorei o novo conceito do guerreiro, o sistema de dados e tudo mais. Agora de cor a ele. De estilos interessantes. De manobras interessantes também. As manobras do livro básico permitem criar o que? 4? 5 estilos de guerreiro? Que sequer conversam entre si direito.


Enquanto eles querem dar estilos para magos em cima de uma lista de magia enorme. Vamos lá. Vocês podem mais do que isso WotC.

Quando eles disseram que não iam mexer no guerreiro por enquanto, eu entendi que eles não iam modificar a estrutura da classe, que de fato foi muito bem recebida. Agora nada impede que eles criem mais manobras e mais estilos para a classe, algo que com certeza irá acontecer, senão agora nesse próximo playtest, ao menos nos próximos e no produto final.

É só ver que mesmo a lista de magias está pequena atualmente, então não há razão para acreditar que a versão final desse guerreiro terá poucas opções como no playtest atual. Ainda que o guerreiro continue com menos opções do que os conjuradores, o número de opções para a classe ainda deve aumentar bastante com o tempo.

E o guerreiro, pra mim, ainda vai ser o monge dessa edição. Muita gente achando lindo e funcional, até terminar o playtest, começar a jogar em campanha e perceber os problemas do sistema de manobras que eles implementaram.

Eu não acredito que aquele problema no sistema de manobras relatado por você no outro tópico seja algo tão difícil de identificar e muito menos de solucionar a ponto de passar incólume pelo playtest dos níveis altos. No próximo pacote já virá regras até o nível 10, então no ano que vem devem aparecer as regras para os níveis mais altos e o problema ficará evidente o suficiente para que seja identificado e solucionado. Afinal, teremos ainda mais um ano e meio de playtest pela frente.

Offline Lumine Miyavi

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Re:Do futuro "packet" de Next
« Resposta #8 Online: Outubro 19, 2012, 01:14:31 pm »
Então eu tenho que esperar os pôneis mágicos voadores pra todos (Kimble©), no próximo update, ao invés de me focar o que a gente tem aqui no momento?

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Re:Do futuro "packet" de Next
« Resposta #9 Online: Outubro 19, 2012, 07:44:34 pm »
Então eu tenho que esperar os pôneis mágicos voadores pra todos (Kimble©), no próximo update, ao invés de me focar o que a gente tem aqui no momento?

Claro que não, você tem todo o direito de apontar o que lhe desagrada. E diga-se de passagem, eu também não estou satisfeito com a regra de itens mágicos, longe disso. Apenas acho que não é motivo de tanto alarde, de descartar o sistema, pois tá bem claro que essas regras tão inacabadas. Afinal, isso é um playtest e o objetivo é que nós os ajudemos a corrigir as falhas do sistema, não é mesmo?

Imagino que muita gente deve estar pensando aqui: "mas eles já poderiam ter começado com algo melhorzinho não acha?"

Claro que sim. Mas como um dos principais objetivos do design do Next é fazer dele um sistema que não perca a identidade com o D&D, então acaba sendo mais seguro para eles lançar de início regras com uma pegada mais old school (primeiro pacote e agora as famigeradas regras para itens mágicos), e depois irem realizando as modificações necessárias de acordo com o feedback da maioria do público, do que eles oferecerem algo diferente logo de início. Pois assim, muita gente poderia chiar e vir com aquele papo furado de que "isso não é D&D", como já vimos acontecer com a 4E.

Enfim, a atitude dos designers acaba sendo compreensível diante destas circunstâncias. E é por essa razão que eu nem esquento a cabeça quando eu vejo os caras lançarem uma regra ruim. Vou lá, passo a minha opinião nas surveys e pronto. Sem stress.

Agora se o resultado das surveys apontam que o público aprova aquela regra ruim, aí já são outros quinhentos. Isso sim é motivo de certa preocupação. O que me conforta numa situação dessas é que pelo menos eu fiz a minha parte no processo.