Como pode notar, é algo recorrente. Se você jogar com um personagem místico, você sempre vai ter acesso a ao menos uma fonte de poderes que outros personagens não tem. Dessa forma, é muito fácil ser criativo e impor o efeito que deseja ao jogo quanto você tem Rituais, Poderes Mágicos e Magias - do que quanto tudo que você tem é um Machado.
Elfo, é mais ou menos isso que eu quis dizer, só que ao contrário.
O jogador que escolhe o personagem místico sabe que ele tem mais opções de "interferir na trama", por isso prefere, muitas vezes, jogar com ele.
Aqueles jogadores que preferem jogar no modo "eu ataco" apenas, preferem personagens que não tenham essa complexidade, ou se escolhem os que tem, geralmente não as utilizam.
Esse jogador é geralmente aquele que fica apenas esperando os outros durante os diálogos com o rei, nas resoluções de puzzles, e etc.
Cara, eu já tive jogador assim, e quando tentava "forçar" o cara a tomar frente na história, a maioria das vezes ele se confundia e a coisa não ia, até que os outros jogadores cansavam e começavam a dar sugestões do que ele deveria fazer.
Por isso eu não acho que essa seria uma solução ideal para todos os grupos, para muitas até.
Por mim, eu estendia até para o mago estas ações, deixando as magias dele exclusivamente pra combate e coisas mais complexas, como teleporte de longo alcance. Desta forma, o guerreiro podia gastar um plot point pra fazer uma flecha errada acertar uma pedra solta no teto que cai em cima do inimigo, e o mago pode usar um plot point pra fazer sua magia de cone de gelo criar uma passagem segura por um lago subterrâneo.
Digamos que o D&D Next adote mesmo uma mecânica como essa, como eu acho que deveria funcionar.
Habilidades normais:
Guerreiro - ataques básicos e algumas manobras mais simples.
Mago - ataques básicos e magias at-will (uma maior variedade delas)
Habilidades de interferir na trama:
Mudaria a fonte e forma de descrição para cada classe, ou seja, o guerreiro descreveria seus efeitos com coisas mundanas e o mago por meio de magia arcana.
Daí a cada personagem teria novos "descritores", que seriam mais amplos e/ou poderosos de acordo com o nível.
Exemplo:
Guerreiro escolhe o descritor "senhor comandante", que permitiria a ele gastar um ponto de ação para interferir na trama, de forma mundana, em ações que envolvam comando de tropas e aliados, como dar um ordem para os guardas da cidade que estão atacando os personagens para se render.
Mago escolhe o descritor "manipulação auditiva", que permitiria a ele gastar um ponto de ação para interferir na trama, de forma arcana, em hipótese em que ele pode criar, alterar e exitinguir sons, como criar um rugido de um animal, fazendo os guardas irem investigar.
Nessa hipótese, com as habilidades de interferir na trama seriam comuns, para diferenciar as classes teria de ter capricho nas outras habilidades, o que eu não ser tão difícil.