Mesmo que quem está no comando não tenha, vai ter os lacaios, que são enfrentáveis e precisam. O nível, como eu enxergo pelo menos, é o modo de explicar o motivo pelo qual ninguém derrotou ainda aquele desafio. Quanto maior o nível, existem menos cidadãos aptos a encarar aquilo.
Você entendeu, em partes... o nível só é uma "medida de porque ninguém derrotou aquele desafio ainda" em sistemas onde ele simula o nível de poder do mundo, como a 3.x, em que você tinha até tabelas sobre quantos camponeses de nível x tinha em uma cidade. Nesse tipo de sistema ele faz sentido. E mesmo nesse tipo de sistema eles baixaram a CR dos arquidemonios para que ninguém precisasse encarar níveis épicos só pra dar uns cascudos no Orcus.
O problema de usar RdF como exemplo, é não é D&D "padrão", e portanto, foge do plano pensado pela Wizards. E mesmo você tornando um bicho que pela lógica do cenário é imatável a não ser pela própria espécie, ainda assim você o deixou com um nível lá em cima, justamente pra não quebrar muito com a lógica do cenário, em que um dragão não deveria ser derrotável (ou mesmo enfrentável) por um pedreiro armado com uma picareta, o ladrão da esquina, o coroinha da paróquia do bairro e um aprendiz de mago (os estereótipos baixo nível).
Eu coloquei ele nível 24 porque quero fechar a campanha com um dragão. Mas eu coloquei Vinter Ralethorne como 10 porque queria que meus jogadores levassem ele a 0 pontos de vida no fina da trilogia, e ainda sim o cenário diz que ele é de 20º nível e que os jogadores não vão derrotá-lo, antes disso entra uma CG dele sumindo numa explosão ou coisa parecida. Pedreiros com picaretas não vão nunca matar um dragão na 4e (seja em RdF ou não) porque eles sequer em níveis! Embora um grupo de pedreiros de 20º possa ter sucesso nessa empreitada na 3.5 (em qualquer cenário, menos RdF).
Mas vamos puxar um cenário de D&D como, Ravenloft, onde você tem Lordes Negros de nível... 7? Eles são o mal absoluto naquele domínio, e ainda sim você tem alguns de nível baixo, porque? Pelo que eu falei ali em cima, o fluff do cenário permiti isso. E se quer um cenário D&D padrão, olhe para Forgotten que recomenda fazer o que eu digo, baixar o nível de um chefão pro grupo enfrentar ele antes. É D&D, são os designers te deixando jogar do jeito que você quer. O motivo dele não ter sido morto ainda? Pense em algo, você mesmo deu dúzias deles no seu post.
Do mesmo jeito que a única maneira de fazer os guerreiros serem (mais ou menos) equivalentes à conjuradores foi... transformá-los em conjuradores (via Tome of Battle). Na lógica do jogo dos designers, não existem habilidades não-mágicas para combatentes que os tornem equivalentes aos mágicos, nem mesmo super-heroísmo-atlético é permitido na mentalidade deles: lembro que eu outro tópico, comentamos como os próprios jogadores tradicionais são avessos à ideia de um cavaleiro proteger o grupo todo contra uma baforada de fogo usando o escudo, mas ninguém vê problemas em uma barreira arcana.
Lembro dessa discussão, eu entendi o seu ponto. Mas se eu for discutir ele nos vamos transformar esse tópico em uma edition wars desnecessária, e eu já estou me sentindo mal de ficar postando "mas na 4e...".
Além do mais, eu acho que Firejay fechou a discussão ali em cima...