Spell
RPG => Sistemas & Cenários => Tópico iniciado por: kimble em Março 01, 2013, 11:03:58 pm
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Primeiro, deixa eu relembrar algo que já comentei várias vezes, inclusive na época no anúncio do Next e vivo falando na RPG.net: Eu acredito que um dos motivos para a propaganda do "edição para todos!" era só uma forma de tentar fazer mais pessoas comprarem os livros Core na época de lançamento.
Isso porque eu acredito na história que o Next foi criado porque o D&D (faz anos) não alcança as metas de vendas que uma empresa como a Hasbro espera de seus produtos.
As promessas de módulos "mágicos" que iriam permitir que todos jogassem no estilo preferido de cada um, eram só uma forma de manter as pessoas interessadas pelo menos no lançamento do jogo, aumentando assim a venda inicial. Até que essas mesmas pessoas percebessem que não vão ser atendidas e desistissem de comprar mais livros. Não que módulos não serão produzidos, só que eu realmente não acredito que seja possível atender um público com gostos tão diferentes quanto o de D&D sem muitos e muitos livros com variações de regras.
Isso é enganar os clientes, claro, mas acredito que os designers tenham um misto de esperança que as pessoas realmente gostem da nova edição e o desejo de continuar empregados o máximo de tempo possível: afinal, é melhor ser demitido em dois anos do que ser demitido hoje.
Bem, já expliquei bastante. Segue o artigo (http://www.wizards.com/dnd/Article.aspx?x=dnd/4ll/20130304). Ignorem o textinho "o que importa é a história" e prestem atenção no primeiro parágrafo.
"It might be strange for the guy in charge of D&D R&D to say this, but here it goes: After the core rules for the game are done, we really want to stop adding so much stuff to the mechanics of the game and shift our emphasis to story."
Tradução:
Módulos e módulos para tornar o jogo mais próximo do que vocês querem?
:rolando:
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Não terão o meu dinheiro, com certeza (nem eu o tenho).
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"It might be strange for the guy in charge of D&D R&D to say this, but here it goes: After the core rules for the game are done, we really want to stop adding so much stuff to the mechanics of the game and shift our emphasis to story."
(http://i3.photobucket.com/albums/y82/atomicfuthum/citizen-kane-clapping.gif)
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Isso não é necessariamente ruim e se foca em um dos maiores problemas que a Quarta Edição passou: O Livro do Jogador era horrendo de ler (embora, o Livro do Mestre é o extremo oposto, mas quase ninguém prestou atenção nele), soando para muita gente um "compêndio de regras áridas" (o que eu não reclamo, mas eu sou do tipo de jogador que adora esses livros).
Contudo, eu não tenho exatamente muita simpatia na ideia de colocar "história" em um Livro do Jogador - especialmente quando eu sei que logo depois vai surgir Forgotten Realms (ou o Cenário de Campanha da sua preferência).
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Mas o bom foi justamente isso! O livro do jogador tem que ser sim o seu livro de regras, para consultar, folhear e etc.!
Deixe o fluff para o livro do mestre e dos monstros (Que esse sim pecou na quarta edição)
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Não irá demorar nem um, ou dois meses quando o livro sair para já termos pipocando uns 2 ou 3 livros só de regras caseiras adaptando a nova edição para este ou aquele estilo de jogo... então...
Minhas esperanças estão na 6 edição que espero seja um misto do Essentials + As boas Mudanças da 5ª edição.
E também espero que saia em menos de 3 anos depois do NEXT.
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O Mearls veio dizer na Enworld que não é bem assim, que ele quis dizer que não vão produzir tantos suplementos e que vai ser algo com mais história e menos regras.
O que me deixaria feliz se a Wotc tivesse um bom histórico de livros com bom fluff e eu estivesse satisfeito com as regras mostradas até agora.
Do jeito que as coisas vão, isso significa que cada livro vai ter (chutando) 80% de fluff e 20% de regras. Se antes eu teria que comprar o livro "Módulos de Combate" pra ter as regras que eu queria para um combate mais parecido com a 4e. Agora eu vou ter que comprar o livro X, que fala do reino blablabla e que tem as regras pra uso de mapas de combate. E o livro Y, que trata do Exército ziriguidum e trás regras pra healing surges e cura não mágica em combate. E o livro Z sobre a guerra de (soque o teclado), para ter regras avançadas de condições em combate. E assim vai.
Então em vez de alguns poucos livros só de módulos, agora vou ter que comprar uma dúzia demlivros com fluff de qualidade variável e que vou usar algumas poucas páginas de cada um.
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Esse DDN tá demorando mais pra ser lançado do que muito vídeo-game por aí. Eles já devem ter jogado todo o design fora umas 10 vezes e recomeçado do zero. Acho que eles não têm ideia do que estão fazendo.
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Esse DDN tá demorando mais pra ser lançado do que muito vídeo-game por aí. Eles já devem ter jogado todo o design fora umas 10 vezes e recomeçado do zero. Acho que eles não têm ideia do que estão fazendo.
Duke Nukem Forever. Pior que pode sair igualzinho...
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Acho que eles não têm ideia do que estão fazendo.
Isso. ^
Engraçado como os caras estão na quinta edição de um jogo e se comportam de um modo terrivelmente amador. Esses estúdios ditos indies dão um pau nos caras em termos de originalidade, organização, etc. Será que a Hasbro vai acabar dando um fim em D&D?
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Provavelmente o máximo que façam é expandir a marca D&D em outros produtos que não sejam RPG, como já têm experimentado. Talvez com um desenho animado para vender bonequinhos.
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Eu creio que num futuro próximo a Hasbro vai demitir essa patota toda e contratar alguns designer indies de forma freelance para produzir livros na marca D&D porque ela é uma marca sólida e seria tolice não aproveitar seu potencial.
Acho que o sistema está quase assim como estou dizendo, mas seria mais fortemente assim, desde a raiz até a linha de produção... :hum:
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Provavelmente o máximo que façam é expandir a marca D&D em outros produtos que não sejam RPG, como já têm experimentado. Talvez com um desenho animado para vender bonequinhos.
Desenho animado é caro. Duvido que vão investir grana assim num produto que já vem mal das pernas há um tempo...
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Provavelmente o máximo que façam é expandir a marca D&D em outros produtos que não sejam RPG, como já têm experimentado. Talvez com um desenho animado para vender bonequinhos.
Desenho animado é caro. Duvido que vão investir grana assim num produto que já vem mal das pernas há um tempo...
Se eles fizeram para relançar o Kaijudo/Duel Masters, não duvido que tentem com D&D. Até porque desenhos com guerreiros, mágicos e monstros lutando tem grande apelo com público mais jovem.
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Eu acho que o problema maior com D&D é justamente sua maior qualidade: Ele é genérico demais. Não como sistema, mas como cenário. Muita gente é fã de cenários específicos (Greyhawk, Forgotten, Eberron, Dark Sun, Tormenta...), mas o D&Dzão básico nunca teve muitos fãs por si só. Então o sistema não só tem que se equilibrar em cima de um cenário genérico que vai guiar todos os seus suplementos, como tem que fazer o sistema aberto o suficiente pra atender às necessidades dos cenários que eles irão publicar.
Por mais que alguns não tenham gostado do que a wizards fez na 3e, acho que aquele era o melhor caminho: Distribua os cenários pra outras editoras, e se concentre em um ou dois. E faça eles parte do core. Ignore o cenariozão genérico.
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Mas o cenário do D&D básico era um cenariozão generico (Que quase não tinha nada a ver com o otiomo Greyhawk)