Autor Tópico: D&D 4th ed. Essentials vs Classics  (Lida 2189 vezes)

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D&D 4th ed. Essentials vs Classics
« Online: Fevereiro 15, 2016, 06:33:05 pm »
Como não tive acesso aos livros da essentials, queria saber se alguém poderia me elucidar, esclarecendo porque o pessoal mete tanto o pau nessa linha e se também poderia me citar quais as principais diferenças.

Valeu. :positivo:

Offline Smaug

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Re:D&D 4th ed. Essentials vs Classics
« Resposta #1 Online: Fevereiro 15, 2016, 07:22:08 pm »
Essentials foi uma tentativa de resgatar o publico que não curtiu o novo formato das classes da 4e e migraram para outros sistemas (como Pathfinder) ou ficaram na 3.5 de birra. NO essentials as classes voltaram a ter aquele formato de níveis fechados onde se ganhava uma única opção de poder. Magos voltaram a ter escolas de magia etc. O problema é que isso não funcionava tão bem assim com os elementos da 4e, algumas classes ficaram visivelmente inferiores (como o knight) outras estupidamente poderosas (como o Hunter), para os que gostavam da 4e por ter um equilibrio relativo entre as classes o essentials foi ruim. Na verdade, como toda edição de D&D, os essentials testaram algumas mecanicas do que viria a ser a próxima edição (como os arquétipos).

Eu particularmente não gostei do que vi do Essentials em ação (Vampiro, Hunter e Knight), acho que fica fora demais do restante da 4e. Além disso, a linah essentials matou os lançamentos da 4e padrão e deixou um monte de classe que precisava de mais suporte (Rune Priest, Seeker) na mão. Acho que se tivessem começado com os Essentials e depois mudado para o que a 4e era, ele teria sido mais palatável, mas para os fãs da 4e pareceu um retrocesso, e para a galera da 3.x pareceu um remendo mal feito.
This happens all the time. No matter how epic the battle, once begun, the thing sounds more or less like a bingo game: People shout out numbers and other people get excited about them.

Re:D&D 4th ed. Essentials vs Classics
« Resposta #2 Online: Fevereiro 15, 2016, 11:45:51 pm »
Eu confesso que não gostei da linha quando saiu, e foi a pá de cal que matou meu interesse em continuar acompanhando os livros finais da 4e, que só fui ler bem mais tarde. Não gosto de algumas mudanças, como o update de Magic Missile pra uma versão "clássica" que na verdade inutilizou ele, ou os novos talentos de Expertise, que beiram a quebra voluntária de power creep.

Porém, eu abro uma exceção pra duas classes Essentials que eu não me incomodo se algum jogador quiser usar: Slayer e Elementalist. Eu gosto da complexidade padrão da 4e, e erroneamente assumo que todo mundo que joga na minha mesa também gosta. Porém, quando uma jogadora minha se mostrou MUITO mais satisfeita quando converteu a feiticeira dela pra uma elementalista, eu não vejo motivos pra impedir essas classes com menos opções, se for a opção do jogador em si.

Dito isso, fique longe, e se mantenha só nos três PHB, nos livros "Power" (Martial Power, Arcane Power, etc), e nos dois Adventurer's Vault. Isso sozinho te dá opção pra jogar por anos.
Vendo meus mangás
"O problema da internet é que nenhuma frase é creditada corretamente."
-Dom Pedro I

Re:D&D 4th ed. Essentials vs Classics
« Resposta #3 Online: Fevereiro 16, 2016, 01:19:12 am »
Hora de ser um Advogado do Cordeiro por aqui. Antes de tudo, de um post meu no tópico Qual o problema com "Essentials"?

1. A escrita muito enrolada, cheia de fillers e trechos desnecessários. (O Lumine exemplifica isso a todo momento)
2. Classes que quebram por completo a estrutura básica de classes da 4e. (Embora o PH3 já fizesse isso)
3. Power Creep (O Nibe apontou essa, eu ainda não vejo muito sentido. A maioria dos "creeps" ocorreram em talentos que sempre foram vistos como "correções matemáticas" ou que poderiam ser genéricos)
4. Classes notoriamente fracas (Vampire, Binder, talvez o Sentinel) em relativa abundância.
5. "They changed, now it sucks". (A impressão que eu tenho)


Dessa lista, eu defendo que o 1 e 5 são as mais dignas de menção. A quebra de estrutura da 4e foi iniciada antes da linha Essentials (Híbridos na Dragão, Psiônicos no PH3) e mesmo o Essentials não violou muito a Estrutura Sacrossanta 4e - e mesmo essa quebra de estrutura resultou em adições interessantes, como os Character Themes (que são muito melhor na 4e do que "Perícia/Ferramenta e Background no Next) e o Power Creep era inevitável e foi notavelmente contido (sem contar que os autores sempre podaram os piores excessos de Powergamers, vide as numerosas erratas).

Ao final, é uma questão de perspectiva - os Entusiastas da 4e consideram o Essentials como "Herético". Eu vejo ele como "Hey, enfim variaram em algo - mas não precisavam encher tanta linguiça".
« Última modificação: Fevereiro 16, 2016, 03:26:14 pm por Lúcio Quíncio Cincinato »

Re:D&D 4th ed. Essentials vs Classics
« Resposta #4 Online: Fevereiro 16, 2016, 10:50:02 am »
O que seria esse Powercreep e o que você achou de quebrado no PHB3?
Hora de ser um Advogado do Cordeiro por aqui. Antes de tudo, de um post meu no tópico Qual o problema com "Essentials"?

1. A escrita muito enrolada, cheia de fillers e trechos desnecessários. (O Lumine exemplifica isso a todo momento)
2. Classes que quebram por completo a estrutura básica de classes da 4e. (Embora o PH3 já fizesse isso)
3. Power Creep (O Nibe apontou essa, eu ainda não vejo muito sentido. A maioria dos "creeps" ocorreram em talentos que sempre foram vistos como "correções matemáticas" ou que poderiam ser genéricos)
4. Classes notoriamente fracas (Vampire, Binder, talvez o Sentinel) em relativa abundância.
5. "They changed, now it sucks". (A impressão que eu tenho)


Dessa lista, eu defendo que o 1 e 5 são as mais dignas de menção. A quebra de estrutura da 4e foi iniciada antes da linha Essentials (Híbridos na Dragão, Psiônicos no PH3) e mesmo o Essentials não violou muito a Estrutura Sacrossanta 4e - e mesmo essa quebra de estrutura resultou em adições interessantes, como os Character Themes (que são muito melhor na 4e do que "Perícia/Ferramenta e Backgroun no Next) e o Power Creep era inevitável e foi notavelmente contido (sem contar que os autores sempre podaram os piores excessos de Powergamers, vides as numerosas erratas).

Ao final, é uma questão de perspectiva - os Entusiastas da 4e consideram o Essentials como "Herético". Eu vejo ele como "Hey, enfim variaram em algo - mas não precisavam encher tanta linguiça".

Re:D&D 4th ed. Essentials vs Classics
« Resposta #5 Online: Fevereiro 16, 2016, 03:25:19 pm »
Power Creep (Cuidado, TvTropes  :b) é o aumento de poder/quebra de equilíbrio conforme surgem novas opções mecânicas com o andar de um Edição. Pode ser negativo, quando aumenta desequilíbrios anteriores ou positivo, quando permite que alternativas outrora inferiores se tornem viáveis.

E leia atentamente - eu não afirmei que o PH3 era "quebrado", mas sim que ele "rompe/quebra" a estrutura de poderes tradicionais da 4e, que era mantida sem mudanças até então (a chamada AEDU , que traduzida significa Sem-Limite, Encontro, Diário e Utilidade).
« Última modificação: Fevereiro 17, 2016, 12:43:50 am por Lúcio Quíncio Cincinato »