Voltando ...
Sistemas por compras de pontos, tipo genéricos, como GURPS/Savage Worlds/ReOps/+2D6 System (Tio Nitro)/etc ... , são como caixa de ferramentas, eles partem do simples para o complexo, o mestre terá um trabalhão para separar o que ele usará e descartará.
Ele escolherá que poderes, perícias, etc serão permitidos. Alguns desses sistemas possuem até módulos dedicados a temas, como por exemplo, módulo medieval.
A minha discussão é focada no tema de mundo medieval fantástico e como um sistema sem classe/nível pode ser mais interessante ou não que um sistema fechado tipo o D&D ou sistemas D&D like. As minhas opiniões não serão definitivas, pois a idéia é mais debater idéias.
Nos sistemas por compra de pontos a não-classe não me incomoda tanto, o incomodo maior é em não possuir níveis.
Num sistema sem classes com opções pré-escolhida pelo mestre baseado num cenário medieval tipo o Pontos de Luz de D&D 4E, os jogadores escolhem o que querem fazer, personagens que misturam magia e espada, personagens auto-suficientes, etc ..., (ou pode usar um modulo dedicado medieval).
A vantagem que vejo é que o mestre não terá preocupação nenhuma em proteger nicho de "classe" alguma, pois não existe nicho a ser protegido, não existe classes.
Se o jogador quer fazer um personagem que lança magia, bate bem com armas militares e ainda é bom em desarmar armadilhas e ainda se cura, o cara pode fazer.
Os jogadores só estariam restritos a qualquer combinação plausível de "arquétipos" que existam num mundo medieval fantástico, logo ele não pode criar um bárbaro com uma metralhadora.
Os jogadores não ficam preso em terem um grupo de Guerreiro/Ladino/Mago/Clérigo, eles são livres.
Os sistemas por compras por pontos tendem a serem mais equilibrados, pois partem da premissa que um personagem construído com os mesmos números de pontos serão equivalentes em poder. Não sei se é tão equilibrado assim, mas um desequilíbrio tolerável não estraga aventura nenhuma (D&D 3E possue desequilíbrio INTOLERÁVEL e a 4E é homogênea demais).