Cara, a foto foi simplesmente épica, ÉPICA!
Tou rindo litros aqui! hauhuahUAhUAhuAHuHAuAHUhuHuA
Sobre o monge, em si. Bom, a questão é que o "marketing", digamos assim, da classe é muito bom. É o que eu tava até comentando com o Elfo em algum outro tópico: quando você dá uma lida pela primeira vez no monge, você vê e pensa "poxa, uma porrada de habilidades únicas, muitas delas bem "mágicas", quase todo nível, capacidade de suportar as coisas mais adversas, com um certo nível até "pseudo-imortal" ele fica, isso fora os 48732483264 golpes que ele dá". (Nesse momento, fazer ataque total ainda parecia algo tipo "putz, é muito dano atingir o inimigo 4 vezes por turno", ainda mais se sua "arma", supostamente seria de 1d20 de dano, e você faria, o que, uns 6 ou 7 ataques? Enquanto isso, o guerreiro SUPOSTAMENTE, atacaria com, sei lá 4 vezes 1d10 + força.)
Nesse momento você olha pras outras classes porradeiras:
- Ranger: francamente, fala sério. O cara ganha 2 talentos no primeiro nível e... só. Nem as magias soam "ok" nessa primeira leitura da coisa, muito menos +1 pra ataque e dano contra uma criatura dentre todas as do livro do monstro;
- Guerreiro: tem os talentos e tudo, mas não é nada que possa se igualar a ser imune a veneno, imune a não-sei-mais-lá-o-quê, temporalmente imortal (em tempo de jogo normal, é uma habilidade simplesmente inútil - "nossa, eu agora não morro de velhice, mas a campanha se passa durante alguns meses de minha vida" - contudo, a abordagem pseudo-simulacionista de uma "vida real medieval" da 3e dá a doce ilusão, a meu ver, de que isso é algo foda)...
- Bárbaro: ok. A Fúria é algo única. Ter a oportunidade de reduzir o dano dos inimigos é legal, ele até corre um pouco mais. Mas o monge, teoricamente, tem uma caralhada de golpes para compensar e uma CA teoricamente alta o suficiente para não precisar se preocupar em levar dano;
- Paladino: Habilidades interessantes, tem até imunidade ao medo, faz uma curazinha, etc... maass... não faz, supostamente, tanto dano quanto 874712367 ataques de 1d20 + força de dano.
E assim, não é muito difícil ter a ilusão de que a classe é roubada. Principalmente quando na 3.5, você acaba que, com a construção correta, você até tem um monge pseudo-imune a tudo, com todas - ou quase todas - as defesas altíssimas ao ponto de não sofrerem praticamente nada. E é só isso que eles conseguem mesmo: não sofrerem.
Num jogo mecanicamente orientado ao personagem (mas que tenta se propor a ser orientado ao grupo) não poderia dar outra:
Aos olhos do jogador que assimilou a mecânica focada no personagem como um ser auto-suficiente, ser sempre o sobrevivente dos combates mais escrotos soa bom (mas, uma vez que ele não ajuda em porcaria nenhuma, é um inútil para a proposta do enfoque ao grupo).
Como o próprio Cook disse, ele curte a ideia de fazer o jogo com opções ruins, mas que não pareçam ruins, justamente pra que o jogador as encontre, determine quais opções são realmente melhores e... se sintam inteligentes com isso. Pois é... somos da "elite" de intelectos que pagou por 100% de um jogo e usou, sei lá, 50% (supondo grosseiramente que apenas metade das opções do jogo básico são boas).