Autor Tópico: [FR] Introdução a Faerun e à Costa da Espada  (Lida 4120 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

[FR] Introdução a Faerun e à Costa da Espada
« Online: Abril 19, 2016, 01:40:07 am »
Olá aventureiros. Como ordenam as mais nobres tradições (e você não é um dos espertinhos que se esquiva delas, certo?), escrevo esse texto em voz autoral, como um personagem dentro do mundo que estou inserido. Como poderia evitar isso, em nome de Oghma dos Pergaminhos, já que vivo neles?

E onde vivo, você deve se perguntar? No amplo continente de Fâerun, abençoado e amaldiçoados por mais divindades do que a mente de um humanoide pode compreender. Fâerun é vasta demais para que eu descreva. Precisaria mencionar as obscuras cidadelas voadoras do Império de Netheril, as cidades arbóreas protegidas por poderosos feitiços pelos elfos de Cormanthyr, das cidades litorâneas de Sembia, onde homens ambiciosos e honestos negociam aquilo que podem, lado a lado a mercenários anões sob comando do Senhor do Ferro de Terra Veloz e dos nobres, honrados e enxeridos Cavaleiros do Dragão Púrpura de Cormyr. Djinns e genasis vivem lado a lado a homens ricos em Calimsham, e quem diria não a eles? Não poderia esquecer dos selvagens orcs que ameaçam a estabilidade de diversos reinos – enquanto tentam construir o seu pela primeira vez em milênios, o chamado Reino das Muitas-Flechas – e dos goblinoides que infestam diversas ruínas e montanhas. E jamais deveria deixar de mencionar os Dragões, que se escondem de nós em suas pilhas de tesouro, poder e conhecimento. Rezo ao bondoso Bahamut que nunca tenham que encontrar um dragão no ápice de seu poder.

Caso queira compreender o elementar, vivemos sob o olhar caprichoso e auspicioso de divindades que gostam de serem lembrados, reconhecidos e receberem oferendas – seja pedindo um pequeno favor, desculpas por algum ato questionável ou desejar que tal divindade não o tenha como malquisto (particularmente comum entre aquelas divindades que desejam a dominação e destruição, como Bane, Cyric, Talos, Talona). A influência dos deuses, do além e da magia toca tudo aquilo que pode ser visto e o invisível, gerando locais extraordinários, plácidos, belos, assustadores e indesejáveis. Não raro, ao mesmo tempo.

O extraordinário não é encontrado apenas em locais e construções, mas também em pessoas e criaturas. Um extenso passado de arquimagos entediados, divindades criativas e prolíficas, acaso e invasões de outros planos deixaram Fâerun com um sem número de monstros, abominações e criaturas horrendas – não raro, com a aparência humanoide. Alguns poucos, como as fadas e aqueles de origem celestial tem inclinação gentil e bondosa, mas não menos caprichosa e sensível a ofensas.

Entretanto, peço que perdoem minha tergiversação, um vício do meu ofício, cometerei o pecado do prosaísmo. Escreverei sobre as terras que habito e ocasionalmente viajo. Sábios chamam-nas de Costa da Espada, especialmente a região a seu Norte. Observem-na nesse garboso mapa:



A Civilização e seus Amigos

Nenhum Rei governa nossas cidades, nenhum Imperador clama supremacia em nossos campos e nenhum Tirano teria capacidade de nos subjugar. Nosso orgulho vive em nossa independência.

Chamo atenção para a cidade que escolhi como meu lar e local de trabalho, Águas Profundas. Também chamada de Cidade dos Esplendores por caipiras de primeira-viagem, é provavelmente a maior cidade erigida por homens em toda Faerûn. Como é da nossa natureza, acolhemos a tudo e todos, com especial atenção aqueles que carregam ouro e prata. O comércio corre nas veias de todo habitante daqui, do humilde pedinte de ruas aos nossos ilustres governantes, os Lordes de Águas Profundas – muitos deles mascarados e em segredo, enquanto alguns poucos revelam sua face e identidade.


Águas Profundas

Nessa bela cidade também fica a Torre do Cajado Negro, outrora chamada de Torre Arunsun, um centro de estudo de magia onde apenas pessoas seletas são treinadas pelo Arquimago Khelben Arusun e Laeral Mão-Argêntea, ela uma Lorde de Águas Profundas. Dizem as más línguas que ambos também lideram uma organização de aventureiros dedicadas a proteger o Norte de Fâerun, os Estrelas-Lunares, mas sobre isso não escreverei – um sábio não se dedica a lendas e conspirações plebeias. Basta dizer que mesmo com sua saída dos Harpistas, outra nobre organização que protege o conhecimento, o esplendor e a harmonia entre seres inteligentes, o casal ainda preserva seus ideais de outrora.

Campos Dourados é o grande celeiro de Águas Profundas, um vilarejo bucólico habitado por pessoas com um amor e dedicação ímpar ao mundo rural, praticamente um santuário da Grande Mãe Chauntea. Bons vizinhos a se ter, se permitem minha intrusão.

Como mencionei os Harpistas e seus ideias, cabe citar o Forte da Vela, centro de preservação de toda forma de conhecimento possível, um templo do saber onde um elfo poderia passar toda sua vida lendo os tomos ali armazenados e ainda sequer chegaria a metade. Toda forma de escrito é bem vinda ali, de qualquer tipo de autor. Dizem que a neutralidade e respeito aos arquivos do forte é tamanha que anjos e demônios poderiam dialogar amigavelmente sob tais tetos.


Inverno Eterno, aqui ao redor da Praga Mágica

Seguindo pela Alta Estrada, temos uma das mais ilustres cidades da Costa da Espada, a Joia do Norte, a bela Inverno Remoto, que os Bons Deuses abençoem. Uma bela cidade construída nas ruínas de um reino élfico do passado, possui uma quantidade rara de pessoas com sangue élfico entre as cidades dos Homens. Famosa por seus artesões talentosos com ourivesaria, vidraria e trabalhos manuais, com uma atmosfera tolerante e um povo educado, essa magnífica cidade tem uma infeliz propensão a ser o centro de crises e eventos quase-catastróficos, geralmente detidos por heróis em momentos de desespero e bravura. É uma aliada fiel de Águas Profundas e a sede da Casa do Conhecimento, um templo-escola dedicado a Oghma que forma nossos melhores monges-itinerantes, que se espalham pela Costa da Espada espalhando o conhecimento das letras e dos números.

Mais ao norte da Alta Estrada, se aproximando da Espinha do Mundo e do Vale do Vento Gélido, fica a detestável Luskan. Toda beleza e virtude encontrada em Inverno Eterno se transforma em vileza, covardia, mentira, trapaça e sujeira. Esse covil de traficantes, muambeiros, piratas e ladrões é governado por um conselho dos piores homens possíveis, os Altos Capitães – embora todo homem bem informado sabe que eles têm estranhas relações com a Irmandade Arcana, uma guilda de magos, mercenários e magos-mercenários que minhas fontes dizem estarem envolvidos com pirataria e mesmo tráfico de escravos. Talvez o único grupo de pessoas honestas nessa maldita cidade seja no Escudo de Mirabar, um bairro fortificado e defendido por companhias de anões de Mirabar e um centro de comércio de armas de fina qualidade.

Por fim, próximo a Luskan pela trilha do Rio Mirar fica a cidade de Mirabar, fruto de uma próspera aliança de entre anões do escudo e homens, como encontrada em Sundabar. Sobrevivendo cercada de criaturas da Espinha do Mundo, essa cidade é um centro de excelência na produção de material de construção e armas de excelente qualidade. Também é um centro de intrigas e conflitos entre os membros do Conselho das Rochas Cintilantes, uma incrivelmente tumultuosa câmara de justiça e comércio (especializada em assustar seus compradores com ameaças de reduzir suas cotas de metal a ser vendido) e seus monarca hereditário, o Marchion. Não apenas conflitos internos afetam a cidade, como também uma crescente rivalidade comercial cresce com os Salões de Mitral, que tem conquistado clientes insatisfeitos com as manobras das companhias mercadores de Mirabar.
« Última modificação: Abril 25, 2016, 04:06:27 pm por Lúcio Quíncio Cincinato »

Offline Arcane

  • Power Beard
  • [Organização dos PbFs]
  • Fidalgo Burguês Aldeão e Bot
    • Ver perfil
Re:[FR] Introdução a Faerun e à Costa da Espada
« Resposta #1 Online: Abril 19, 2016, 10:11:11 am »
Aceito um texto prolixo sobre as selvas de Chult.
Somos todos bots!

Re:[FR] Introdução a Faerun e à Costa da Espada
« Resposta #2 Online: Abril 19, 2016, 10:47:27 am »
Apesar de não gostar de faerun por achar o cenário muito "vanilla", eu adorei o texto  :)
War never changes

Re:[FR] Introdução a Faerun e à Costa da Espada
« Resposta #3 Online: Abril 19, 2016, 12:30:58 pm »
Burnout de Faerum

Re:[FR] Introdução a Faerun e à Costa da Espada
« Resposta #4 Online: Abril 19, 2016, 01:55:04 pm »
Citar
Aceito um texto prolixo sobre as selvas de Chult.

Eu sequer terminei esse - falta sobre a porção selvagem da Costa da Espada e sobre os Antagonistas.  :b