Eu tenho praticamente pronto um texto sobre os Goblins de Eberron, mas como estamos na época das celebrações natalinas, nada mais adequado do que aceitar o espírito da estação e escrever sobre as criaturas que melhor lembram esse espírito, os Elfos. Alguns usuários mais sagazes notarão que a piada do título só faz sentido em outro idioma, onde Elf é uma palavra utilizada para se referir às pequenas criaturas (gnomos) que auxiliam o Bom Velhinho quanto aos Orelhudos que todo RPGista conhece bem, mas não será uma piada ruim um impedimento para esse texto.
Valenar é um termo utilizado por humanos tanto para a nação de Valenar quanto para os elfos que nela habitam. Os Elfos de Valenar são herdeiros de um dos maiores ramos da cultura élfica de Khorvaire, descendentes espirituais dos matadores de gigantes de Xen’Drik e os matadores de dragões que lutaram para defender a Corte dos Imortais em Aeranal. Fazem parte do cultura Tairnadal, mas se focam mais em emular os feitos de seus ancestrais do que imortaliza-los em uma ilha.
A nação de Valenar se originou durante a Última Guerra, de uma rebelião dos diversos elfos mercenários, que lutavam pela nação de Cyre, liderados por Shaeras Vadallia. Abandonando Cyre, eles se declararam senhores do sul dessa nação e rapidamente ganharam a lealdade dos habitantes dessa região (que são de um grupo étnico distinto da maioria dos humanos de Khorvaire, os khunans) e foram reconhecidos como soberanos no Tratado de Thronehold.
Embora seja senhores das terras de Valenar, os elfos não tem um grande interesse em administrar suas novas posses. A maior parte da administração da nação fica nas mãos dos habitantes nativos da região (humanos e meio-elfos), com uma presença muito forte dos khoravar da Casa Lyrandar e recentemente, da Casa Medani. Numa violação do Éditos de Korth, ambas casas tem adquirido cargos administrativos em Valenar.
Ruas de Taer Valaestas, capital de ValenarSe não se dedicam a desfrutar sua nova nação, o que fazem os Valenar? Uma resposta muito simples: Guerreiam. Organizados em grandes clãs leais ao Grande Rei Vadallia, os elfos da nação cavalgam pelas fronteiras de Valenar para protege-las, mas também fazem ataques entre todas as nações vizinhas, especialmente os colonizadores de Q’Barra e nas planícies de Talenta, mas seus cavalos viajam rápido e eles já atingiram vilarejos em Karrnath, Breland e Darguun (na qual eles tem uma animosidade especial devido aos conflitos entre Dhakaan e Valenar há mais de 10 milênios). Para os Valenar, a Última Guerra não acabou e eles ainda sonham com um conflito ainda maior, que engolfará Khorvaire em chamas e trará honra a seus ancestrais.
Essa dedicação ao combate é justificada pelas crenças Valenar. Seus ancestrais foram combatentes e matadores, e para manter seu espírito vivo e forte entre os Valenar, seus descendentes devem realizar feitos dignos deles. Seus sacerdotes, os Guardiões do Passado, identificam qual espírito guia cada elfo em seu nascimento e ensinam a eles os feitos de seu ancestral. Tão importantes quanto os sacerdotes e bardos, são os druidas Vigilantes Equestres, mantenedores da pureza e do espírito de seus cavalos. Segundo as lendas Valenar, os cavalos são descendentes de grandes druidas que assumiram essa forma para auxiliar os maiores combatentes de seu povo a percorrer imensas distâncias e atingir rapidamente seus inimigos e foram amaldiçoados por gigantes a permanecer para sempre nessa forma – assim, o espírito de cada um desses heróis vive no corpo de seus cavalos. Cada combatente Valenar cavalga um irmão em espírito, não um reles animal.
Cavaleiro Valenar