Autor Tópico: [D&D Next] Impressões Iniciais do Basic  (Lida 74097 vezes)

0 Membros e 5 Visitantes estão vendo este tópico.

Offline Lumine Miyavi

  • Multiprocessador Walita
  • Passou da muralha, beyblade estraçalha.
    • Ver perfil
    • Phieluminando
Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #180 Online: Julho 16, 2014, 11:31:40 am »
Aquele triste momento em que você percebe que, mesmo que os designers queiram, d&d não vai melhorar por causa de fãs chatos
Os mesmos que sustentam a franquia são os mesmos que estão lentamente a sufocando com peso dessas tradições.

*Insira piada obrigatória com gordões grognards neckbears de fedora*

Blog do Lumine, PhieLuminando!
Avatar Atual: Levi, Attack on Titan

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #181 Online: Julho 16, 2014, 02:50:25 pm »
Citar
Ae eu te pergunto: pra que guerreiro no grupo  ?

Aparentemente, o Guerreiro tem um potencial de dano incrível, que talvez só é rivalizado pelo que o Bárbaro pode fazer - Guerreiros tem mais ataques e margem de crítico maior e Bárbaros de uma chance mais alta de acertar (Advantage via Rage ou Reckless Attack) seu ataques.

Contudo, deixando de lado minha descrença com o Next, há avanços para os Combatentes em geral. Comparando com a 3e:

(click to show/hide)

Agora, em uma leve mudança, para quem viu o Alpha Draft: Quem teve a ideia "genial" da progressão de magias do Warlock? Ela não faz muito sentido e é desnecessariamente confusa. Explico, o Warlock acessa magias ou poderes mágicos de 4 maneiras diferentes:

(click to show/hide)

Alguém consegue dar motivos razoáveis para essa progressão bizarra, além de "É para ser diferente de outras classes"?

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #182 Online: Julho 16, 2014, 03:38:43 pm »
Ae eu te pergunto: pra que guerreiro no grupo  ?

Para a mesma função que exerciam na 4ed: levar porrada no lugar de seus aliados.

Quem tem experiência com conjuradores na 3.x sabe muito bem que as magias mais fortes e que tornaram eles superiores aos não-conjuradores mesmo em combate são as magias de efeitos contínuos -sejam elas buffs, magias de controle ou as invocações de criaturas. As magias instantâneas, como as curas e as magias de dano direto nunca tiveram um impacto tão grande na mesa, embora sejam essenciais e necessárias.

Com a nova regra de concentração, o conjurador pode perder uma dessas magias contínuas a cada vez que ele sofrer dano, portanto essas magias perdem muito em eficácia e passam a depender de mais estratégia e colaboração do resto do grupo para funcionarem decentemente. Essa limitação torna os conjuradores bem mais dependentes de seus aliados em combate do que os não conjuradores: afinal, tem que ter alguém pra apanhar por eles enquanto eles mantém suas magias.

Além disso, essa regra de concentração favorece que os casters usem buffs ofensivos nos não-casters ao invés de buffarem a si mesmos, pois dessa forma eles conseguem voltar a atenção dos monstros para os seus aliados e acabam por ser menos atacados do que nas ocasiões em que usam auto-buffs. Claro que tem os oponentes conjuradores e/ou com conhecimento arcano suficiente para atacar os PCs mesmo quando eles usam suas magias sustentáveis nos aliados, mas em encontros desse tipo geralmente um ou mais inimigos também usam magias e estão sujeitos a sofrer com essa tática também, além de não serem muito frequentes nas aventuras prontas - que acabam sendo o parâmetro de aventura mais comum nas mesas de jogo, e nelas é predominante o combate contra monstros, vários deles sem conhecimento arcano para justificar uma tática de combate dessas.

Enfim essa nova mecânica de concentração faz um bom trabalho em aumentar a importância do trabalho em equipe e justificaria um grupo de casters e não-casters juntos (algo que não acontecia na 3.x- onde chegaram a criar tiers para cada classe nos fóruns e não se recomendava o uso de classes de tiers distantes no mesmo grupo).

O único porém é que essa regra cria um desequilíbrio que não existia antes: ranged casters x melee casters. Você fazer um gish, um valor bard, um warpriest ou qualquer outro conjurador de linha de frente está bem mais complicado do que fazer um caster que combata a distância; pois esse último se expõe bem menos ao risco de levar dano e pode usar magias de concentração com mais segurança, além de não precisar investir muito em força ou em destreza por causa das cantrips que afetam inimigos a distância e só dependem do seu atributo de conjuração.

Pra mim que sempre curti muito jogar de melee casters, isso foi um verdadeiro balde de água fria. O talento War Caster ameniza a situação, mas pela DPR dos monstros de nível alto ainda não me parece suficiente para justificar um conjurador de linha de frente ao invés de um que combata a distância.

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #183 Online: Julho 16, 2014, 03:48:56 pm »
Alguém consegue dar motivos razoáveis para essa progressão bizarra, além de "É para ser diferente de outras classes"?

Porque segundo o Mearls (confira aqui e aqui) o Warlock é um mashup das diferentes apresentações da classe que ocorreram ao longo da história do DnD (mais especificamente, o da 3.X, o da 4E e com pitacos do Binder do Tome of Magic). Agora, como ele não apareceu em nenhum playtest público, é difícil avaliar a maneira pela qual chegaram nesse pré-esqueleto do PHB Alpha. IMHO, seria melhor deixar essas variações do modus operandi de conjuração dentro dos Pact Boons.

EDIT pós-Lunguinho

Enfim essa nova mecânica de concentração faz um bom trabalho em aumentar a importância do trabalho em equipe e justificaria um grupo de casters e não-casters juntos (algo que não acontecia na 3.x- onde chegaram a criar tiers para cada classe nos fóruns e não se recomendava o uso de classes de tiers distantes no mesmo grupo).
(grifo meu)

Na minha cabeça, não vejo motivos para não se fazer um grupo só de conjuradores. Concentração limita, mas limita um conjurador. Se você tiver mais, então...
« Última modificação: Julho 16, 2014, 03:55:19 pm por Bispo »

Offline Macnol

  • The Eltor
  • Admin
  • GW2 fanboy
    • Ver perfil
    • True spell!
Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #184 Online: Julho 16, 2014, 03:57:47 pm »
Também vale ressaltar que só é possível manter concentração em uma magia por vez, então não dá pra acumular várias magias de buff em si mesmo ou outra pessoa.

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #185 Online: Julho 16, 2014, 04:05:42 pm »
Citar
Para a mesma função que exerciam na 4ed: levar porrada no lugar de seus aliados.

Um defensor que se focasse em apanhar no lugar de seus aliados é tão otimizado quanto um Bárbaro focado em Carisma e Inteligência e que tem a Adaga como sua arma principal. Defensores não brilhavam por apanhar no lugar dos aliados, mas sim por colocar seus oponentes em uma situação onde o oponente sempre se daria mal (Catch-22).

Como já mencionei Concentração não tem um impacto tão grande, salvo para alguns tipo de Conjuradores de Linha de Frente. Motivos:

a) Diversas magias de suporte tem duração normal.

b) Conjuradores tem maneiras de reduzir o dano que sofrem, especialmente o Mago (Abjurador) ou mesmo Stoneskin (Dura 1h, reduz quase todo dano físico não-mágico, que é o da maioria das criaturas, à metade). Ou mesmo uma medida simples, como aumentar a CA, via Anão das Montanhas (Para o Mago, Feiticeiro e Warlock)

E o mais importante:

c) Concentração não faz nada para afetar o predomínio de Conjuradores fora do combate.

Ou seja, no melhor dos casos, Concentração é um incômodo para um Conjurador de linha de frente, que não tem Constituição decente (Que tipo de Conjurador de Linha de Frente que não tem isso?) e que não investiu em formas simples para solucionar o problema. É a típica "Solução Tormenta" - um inconveniente que não afeta o problema mais importante (Magias podem fazer e resolver qualquer problema).

Aliás, por isso mesmo Concentração é apenas um inconveniente - um Conjurador pode superá-lo se bem construído para isso. Agora, como um Não-Conjurador vai resolver os mesmos problemas que o Conjurador agora terá alguma dificuldade para resolver?

Citar
Também vale ressaltar que só é possível manter concentração em uma magia por vez, então não dá pra acumular várias magias de buff em si mesmo ou outra pessoa.

É, Conjuradores não podem mais resolver todos os problemas ao mesmo tempo - só podem resolver todos, um por vez.  :P

EDIT Pré-Bispo:

Citar
Porque segundo o Mearls (confira aqui e aqui) o Warlock é um mashup das diferentes apresentações da classe que ocorreram ao longo da história do DnD (mais especificamente, o da 3.X, o da 4E e com pitacos do Binder do Tome of Magic)....  IMHO, seria melhor deixar essas variações do modus operandi de conjuração dentro dos Pact Boons.

Que é uma mistura do Warlock 3e e 4e eu entendo, mas o que me incomoda é a maneira extremamente idiota que fizeram isso. IMNHO, ele ficaria muito mais elegante se progredisse sua conjuração de magias normalmente (como ocorre com o Bardo, Clerigo e Mago) ou mesmo com uma lista reduzida de magias, sem ter acesso aos Cantrips,  deixasse as Invocations cumprindo o papel de "Habilidades de Classe/Magias a Vontade".

Ou se era para fazer um "mashup" de fato, deixasse ele ter acesso a magias de nível 9, mas com o número limitade do Slots, todos eles do nível mais alto possível, transforme os Invocations em "Magias de Encontro" e deixe os Cantrips serem Poderes sem Limite.

Eu posso até perdoar Conjuradores Super-Poderosos, mas design horrível é um pecado ainda maior.  :P

Citar
Agora, como ele não apareceu em nenhum playtest público, é difícil avaliar a maneira pela qual chegaram nesse pré-esqueleto do PHB Alpha.]Agora, como ele não apareceu em nenhum playtest público, é difícil avaliar a maneira pela qual chegaram nesse pré-esqueleto do PHB Alpha.

Apareceu sim. Eu me lembro bem dele porque eu tinha elogiado a primeira versão da classe, junto com o Feiticeiro.  :)
« Última modificação: Julho 16, 2014, 05:08:23 pm por Evola »

Offline Heitor

  • Demagogo
    • Ver perfil
Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #186 Online: Julho 16, 2014, 05:07:07 pm »
Então olhe o Feiticeiro. Olhe as habilidades metamágicas dele, especialmente Heightened Spell e Quicken Spell, não limitadas por nível de magia e movidas por Sorcery Points - que podem ser recarregados sacrificados por slots de magias nível inferior.

Por 5 Sorcery Points (ou seja, um slot de nível 3), divirta-se conjurando duas magias, sendo que uma delas dá Disadvantage no teste a ser feito (e aproveite que agora existem 6 testes de resistência). My oh My, se isso não foi revisado para o PH, o Feiticeiro provavelmente será um conjurador mais poderoso que o Mago.

Só uma correção: um slot de nível 3 rende três pontos. Custa cinco pontos para recuperar um slot de nível 3. Não que isso vá matar o estrelismo dele, mas...

Agora, em uma leve mudança, para quem viu o Alpha Draft: Quem teve a ideia "genial" da progressão de magias do Warlock? Ela não faz muito sentido e é desnecessariamente confusa. Explico, o Warlock acessa magias ou poderes mágicos de 4 maneiras diferentes:

(click to show/hide)

Alguém consegue dar motivos razoáveis para essa progressão bizarra, além de "É para ser diferente de outras classes"?

Mas ele já não era essa salada na 3.X? Eu me lembro que um dos ranços contra DD&4 é que ele tinha perdido a "exclusividade" desse "modelo".

Acredito que o motivo é uma mistura de Ruli'ohfi Cul e o fato do Bruxo ser um conceito fraco para sustentar uma classe. Sem as diferenças mecânicas, é só mais um tipo de mago. Mas é meio complicado mesmo, especialmente porque algumas habilidades deixam ainda você usar certas magias como rituais.

Um detalhe desse Alpha é que as magias de slot do Bruxo não são cobertas pelas regras de multiclasse. A lógica do sistema dita que é uma habilidade de classe perdida, por conta da tabela unificada de slots (bem útil), mas isso não impediria que os slots fossem preservados e contassem como "extras", pela lógica própria da classe.

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #187 Online: Julho 16, 2014, 05:18:29 pm »
Citar
Só uma correção: um slot de nível 3 rende três pontos. Custa cinco pontos para recuperar um slot de nível 3. Não que isso vá matar o estrelismo dele, mas...

My bad. :)

Citar
Mas ele já não era essa salada na 3.X? Eu me lembro que um dos ranços contra DD&4 é que ele tinha perdido a "exclusividade" desse "modelo".

Não. O Warlock era uma classe relativamente simples, basicamente ele tinha a Eldricht Blast e as Invocactions, que emulavam magias ou modificavam a Eldricht Blast, todas elas sem limite de uso.

Citar
Um detalhe desse Alpha é que as magias de slot do Bruxo não são cobertas pelas regras de multiclasse. A lógica do sistema dita que é uma habilidade de classe perdida, por conta da tabela unificada de slots (bem útil), mas isso não impediria que os slots fossem preservados e contassem como "extras", pela lógica própria da classe.

Detalhe importante que não tinha notado e mais um motivo para criticar essa mecânica horrenda do Warlock. Claro, é possível que ela seja mudada no PH, de acordo com sua fé na Wizards of the Coast.

EDIT: Um detalhe extra bastante curioso. Salvo para aqueles que são Monges, praticamente impossível utilizar Ataque Desarmado como uma Arma Leve ou com Finesse. Yep, uma Adaga é mais "manuseável", pelas regras, do que Ataque Desarmado.
« Última modificação: Julho 16, 2014, 05:40:11 pm por Evola »

Offline Heitor

  • Demagogo
    • Ver perfil
Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #188 Online: Julho 16, 2014, 05:45:03 pm »
Esqueci de mencionar que Metamagia não acumula, exceto por Empower Spell, que foi nerfada: agora refaz a rolagem ao invés de aumentar dados de dano. E não deixa escolher o melhor resultado.

Sinceramente, preferia o Feiticeiro Dragon Knight daquele playtest, que "soltava a besta" ao estilo Naruto. Liberar o "dragão interior" conforme conjurava e gastava a Força de Vontade era uma boa união entre mecânica e fluff. Agora é o gasto ativo que libera essas habilidades.
« Última modificação: Julho 16, 2014, 05:46:59 pm por Heitor® »

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #189 Online: Julho 16, 2014, 06:01:45 pm »
Um defensor que se focasse em apanhar no lugar de seus aliados é tão otimizado quanto um Bárbaro focado em Carisma e Inteligência e que tem a Adaga como sua arma principal. Defensores não brilhavam por apanhar no lugar dos aliados, mas sim por colocar seus oponentes em uma situação onde o oponente sempre se daria mal (Catch-22).

Concordo que por enquanto não há um suporte decente para defensores. Mas também não me parece tão ruim assim, ao menos temos o Protect Fighting Syle, o feat Sentinel e a manobra Goading Attack (esta aqui é a melhor pois não requer uma ação de reação, porém é exclusiva de um build de guerreiro) para quebrar o galho nesse departamento.

Aliás, eu acredito que essa falta de suporte ao papel de defensor seja proposital para não afastar os 4haters. É bem provável que eles deem mais suporte para isso fora do básico, em suplementos.

Citar
Como já mencionei Concentração não tem um impacto tão grande, salvo para alguns tipo de Conjuradores de Linha de Frente. Motivos:

a) Diversas magias de suporte tem duração normal.

b) Conjuradores tem maneiras de reduzir o dano que sofrem, especialmente o Mago (Abjurador) ou mesmo Stoneskin (Dura 1h, reduz quase todo dano físico não-mágico, que é o da maioria das criaturas, à metade). Ou mesmo uma medida simples, como aumentar a CA, via Anão das Montanhas (Para o Mago, Feiticeiro e Warlock)

E o mais importante:

c) Concentração não faz nada para afetar o predomínio de Conjuradores fora do combate.

Perceba que eu não afirmei que a regra de concentração coloca os conjuradores no mesmo nível dos não-conjuradores, o que eu quis dizer no meu outro post é que essa regra aumenta a dependência dos casters em relação aos outros PCs para atuarem com 100% de eficiência nos combates. Ninguém discute que os casters são melhores fora de combate, aliás existe desequilíbrio nesse departamento até entre os não-casters (compare o ladino com o guerreiro...).

O ponto é que no momento em que o mais forte passa a depender do mais fraco para uma parte importante do jogo como é o combate, esse desequilíbrio se torna mais aceitável. O próprio Mike Mearls tem ciência disso e já afirmou no seu twitter que o objetivo dessa alteração na regra foi fazer com que o mago se utilize de mais estratégia e trabalho em equipe para utilizar suas magias mais fortes- em suma tentaram fazer os casters mais dependentes dos não-casters.

A questão é se eles foram bem sucedidos ou não nisso. Gostaria de testar na prática, mas a impressão que eu tenho é que a intenção foi boa, mas a execução nem tanto...

Citar
Ou seja, no melhor dos casos, Concentração é um incômodo para um Conjurador de linha de frente, que não tem Constituição decente (Que tipo de Conjurador de Linha de Frente que não tem isso?) e que não investiu em formas simples para solucionar o problema. É a típica "Solução Tormenta" - um inconveniente que não afeta o problema mais importante (Magias podem fazer e resolver qualquer problema).

Aliás, por isso mesmo Concentração é apenas um inconveniente - um Conjurador pode superá-lo se bem construído para isso. Agora, como um Não-Conjurador vai resolver os mesmos problemas que o Conjurador agora terá alguma dificuldade para resolver?

Pra ter constituição realmente alta ele vai ter que sacrificar Força e/ou seu atributo de conjuração, o que significa menor precisão nos ataques ou magias ofensivas.

E mesmo que ele tenha uma constituição maximizada e War Caster ele ainda vai falhar em muitos testes de concentração, pois o dano dos monstros sobe muito nos níveis altos. Um membro do fórum da Wizards fez uma tabela de CD do teste de concentração vs Challenge Rating dos oponentes (vou procurar e depois posto aqui) e no décimo nível o teste já começa a ficar difícil de passar mesmo para personagens que se foquem em passar neles.

No 20º nível então, tanto faz você focar nisso ou não que você só vai passar no teste com 20 natural mesmo.

Agora é claro que isso ainda pode ser corrigido até que saia a versão final do MM, mas por enquanto não compensa a longo prazo focar muito em constituição para passar nos testes de concentração.

Citar
É, Conjuradores não podem mais resolver todos os problemas ao mesmo tempo - só podem resolver todos, um por vez.  :P

Pois é, mas só esse detalhe de não acumular buffs já mata os principais combos de CoDzilla que existiam na 3.x. Entendo que isso não seja suficiente para equilibrar casters e não-casters, mas você há de convir que a 3.x era bem mais quebrada nesse departamento, principalmente no combate.

Na minha cabeça, não vejo motivos para não se fazer um grupo só de conjuradores. Concentração limita, mas limita um conjurador. Se você tiver mais, então...

Pode funcionar bem se alguns conjuradores ficam a distância e responsáveis por utilizar as magias de concentração enquanto outros assumem a linha de frente e se focam no uso de magias instantâneas.

Me parece funcionar, mas será que vai ser mais divertido para o jogador fazer um caster de linha de frente restrito nas magias em que pode utilizar em combate do que fazer um ladino ou guerreiro que vão poder usar todas as suas habilidades mesmo que estejam no foco da pancadaria?

Afinal, os não-casters não são tão inuteis assim, eles tem uma DPR muito alta e no caso específico do thief, até item mágico de conjurador ele pode usar. A impressão que eu tenho é que pelo menos em combate eles têm o seu valor.

Numa campanha de D&D Next com poucos combates, eu até acho uma boa ideia um grupo só de casters. Mas em uma campanha focada no Hack n' Slash, não sei se essa formação supera de forma tão clara o grupo mesclado.

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #190 Online: Julho 16, 2014, 06:15:26 pm »
Citar
Me parece funcionar, mas será que vai ser mais divertido para o jogador fazer um caster de linha de frente restrito nas magias em que pode utilizar em combate do que fazer um ladino ou guerreiro que vão poder usar todas as suas habilidades mesmo que estejam no foco da pancadaria?

Se as magias permitirem que os casters façam tudo que o combatentes fazem e ainda melhor, sim 

E por isso que quando eu queria fazer um porrador na 3e eu jogava de clérigo  :P
War never changes

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #191 Online: Julho 16, 2014, 06:18:31 pm »
Apareceu sim. Eu me lembro bem dele porque eu tinha elogiado a primeira versão da classe, junto com o Feiticeiro.  :)

Ok, meu erro. O warlock não apareceu nos últimos seis pacotes públicos de playtest (isto é, desde 2012). Lembro até que surgiram comentários se ele estaria ou não no PHB (obviamente, antes dos artigos do Mearls que citei acima).

Pra ter constituição realmente alta ele vai ter que sacrificar Força e/ou seu atributo de conjuração, o que significa menor precisão nos ataques ou magias ofensivas.

Depende do build, mas lembre-se que os Atributos/Habilidades têm limite máximo de 20. Não é tão difícil você maximizar dois deles até a final da progressão. O que, com exceções à parte, é o caso dos conjuradores. Pra que talentos se eu tenho... magia?

Pode funcionar bem se alguns conjuradores ficam a distância e responsáveis por utilizar as magias de concentração enquanto outros assumem a linha de frente e se focam no uso de magias instantâneas.

Me parece funcionar, mas será que vai ser mais divertido para o jogador fazer um caster de linha de frente restrito nas magias em que pode utilizar em combate do que fazer um ladino ou guerreiro que vão poder usar todas as suas habilidades mesmo que estejam no foco da pancadaria?

Afinal, os não-casters não são tão inuteis assim, eles tem uma DPR muito alta e no caso específico do thief, até item mágico de conjurador ele pode usar. A impressão que eu tenho é que pelo menos em combate eles têm o seu valor.

Numa campanha de D&D Next com poucos combates, eu até acho uma boa ideia um grupo só de casters. Mas em uma campanha focada no Hack n' Slash, não sei se essa formação supera de forma tão clara o grupo mesclado.

Bom, se é mais divertido ou não, não posso afirmar. Isso já entra no campo da subjetividade. Agora que, dado as regras que foram apresentadas até agora, parece-me mais efetivo (em termos de otimização do sistema) ter um grupo composto somente por conjuradores. A questão é que os não-conjuradores ficam restritos aos arquétipos de sempre: skill monkeys que se tornam obsoletos pelas magias e one trick ponys que fora de sua especialidade são, na sua maioria das vezes, inúteis (enquanto os conjuradores podem rivalizar com eles em suas áreas de especialidade e ainda tem um amplo leque de soluções para outras porque... magia).
« Última modificação: Julho 16, 2014, 06:20:54 pm por Bispo »

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #192 Online: Julho 16, 2014, 06:48:25 pm »
Citar
Concordo que por enquanto não há um suporte decente para defensores. Mas também não me parece tão ruim assim, ao menos temos o Protect Fighting Syle, o feat Sentinel e a manobra Goading Attack (esta aqui é a melhor pois não requer uma ação de reação, porém é exclusiva de um build de guerreiro) para quebrar o galho nesse departamento.

"Quebrar o Galho". Obrigado por dar a melhor definição de Não-Conjuradores no Next.  :P

Mas sendo honesto, eu não esperava nada dos Combatentes Next - então, o fato de haver ao menos dois builds que podem prestar (Eldricht Knight e Arcane Trickster) já é uma conquista.

Citar
Perceba que eu não afirmei que a regra de concentração coloca os conjuradores no mesmo nível dos não-conjuradores, o que eu quis dizer no meu outro post é que essa regra aumenta a dependência dos casters em relação aos outros PCs para atuarem com 100% de eficiência nos combates. Ninguém discute que os casters são melhores fora de combate, aliás existe desequilíbrio nesse departamento até entre os não-casters (compare o ladino com o guerreiro...).

Eu ainda estou tentando encontrar um motivo, fora caminhões de dano, para um Clérigo da Guerra com For/Cons Primários não ser preferível a um Combatente. Como não existe mais o pré-requisito de Sabedoria para acessar magias, basta utilizar magias sem CD e sem Concentração e você tem um "Warlord".

Citar
O ponto é que no momento em que o mais forte passa a depender do mais fraco para uma parte importante do jogo como é o combate, esse desequilíbrio se torna mais aceitável. O próprio Mike Mearls tem ciência disso e já afirmou no seu twitter que o objetivo dessa alteração na regra foi fazer com que o mago se utilize de mais estratégia e trabalho em equipe para utilizar suas magias mais fortes- em suma tentaram fazer os casters mais dependentes dos não-casters.

O problema é - isso não cria dependência com os Não-Conjuradores. Isso apenas cria um obstáculo, algo que um Conjurador preparado pode superar (e manter boa parte do seu poder em magias). E esse é o problema - Conjuradores superam qualquer situação de jogo. Isso não foi e não será resolvido. De boas intenções, nós temos todo o Ivory Tower Design da 3e.

Citar
Afinal, os não-casters não são tão inuteis assim, eles tem uma DPR muito alta e no caso específico do thief, até item mágico de conjurador ele pode usar. A impressão que eu tenho é que pelo menos em combate eles têm o seu valor.

A questão é que causar caminhões de dano, por meio de ataques repetitivos e sem nenhuma outra estratégia possível não é exatamente a utilidade que alguns de nós queremos para combatente.

Vulgo, eu não quero Tier 4-5, local de One-Trick Pony. No mínimo, eu quero Combatentes Tier 1-3, com o mesmo poderio e versatilidade de Conjuradores. Se for para menos que isso, D&D 3.5/Pathfinder existem.  :)

Citar
Esqueci de mencionar que Metamagia não acumula, exceto por Empower Spell, que foi nerfada: agora refaz a rolagem ao invés de aumentar dados de dano. E não deixa escolher o melhor resultado.

Quicken Spell também se "acumula", porque você só pode usar um efeito metamágico por magia, e Quicken Spell permite você conjurar outra magia:)
« Última modificação: Julho 16, 2014, 06:54:43 pm por Evola »

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #193 Online: Julho 17, 2014, 10:45:08 am »
"Quebrar o Galho". Obrigado por dar a melhor definição de Não-Conjuradores no Next.  :P

Mas sendo honesto, eu não esperava nada dos Combatentes Next - então, o fato de haver ao menos dois builds que podem prestar (Eldricht Knight e Arcane Trickster) já é uma conquista.

Eu torço que depois de lançados os básicos, eles larguem mais desse medo de desagradar grognards e lancem novos builds decentes de combatentes em suplementos. E nem é tão difícil de imaginar algo assim, basta eles usarem o Tome of Battle da 3.5 como base para fazer uns builds bem mais proveitosos do que a maioria dos que estão aí para non-casters.

Citar
A questão é que causar caminhões de dano, por meio de ataques repetitivos e sem nenhuma outra estratégia possível não é exatamente a utilidade que alguns de nós queremos para combatente.

Vulgo, eu não quero Tier 4-5, local de One-Trick Pony. No mínimo, eu quero Combatentes Tier 1-3, com o mesmo poderio e versatilidade de Conjuradores. Se for para menos que isso, D&D 3.5/Pathfinder existem.  :)

Caso eu mestre o D&D 5ed. (algo que não deve acontecer a curto prazo), eu estou inclinado a adotar uma house rule em que o talento Ritual Caster também permita o uso de pergaminhos, varinhas e cajados da classe conjuradora escolhida para os rituais. Isso tornaria esse talento uma feat tax para não conjuradores, mas ao menos amenizaria esse problema da falta de versatilidade deles (eu sei que só isso não resolve!), sem falar que os não conjuradores têm mais acesso a talentos então uma feat tax não cairia tão mal para eles. 

Existe outra explicação além dessa?  :shock:

Eu sempre assumi que o propósito de Action Surge era o de dobrar o número de ataques em uma rodada, é algo até claro, Action Surge concede uma ação extra (e não é bonus action), e como dar todos os ataques é uma Ação, você efetivamente dobra os ataques.

Saiu um tweet do Mearls que põe fim a essa interrogação de como funciona o Action Surge:

Citar
@khelthros : I see... Wizards have insane damage (Meteor Swarm). Will other classes, like Fighters, be able to keep up?
@mikemearls : yes - compare meteor swarm's 40d6 to 8 attacks from a fighter using action surge. Fighter can easily get up to 140 damage
@khelthros : Thank you for answering. I'm excited to play, but worried that wizards will steal the show.Just noticed wizards cast less spells

A interpretação apresentada aqui pelo elfo é a correta, action surge de fato dobra os ataques do guerreiro. Menos mal, se fosse só um ataque a mais essa feature ia ficar bem capenga em níveis altos.

Re:[D&D Next] Impressões Iniciais do Basic
« Resposta #194 Online: Julho 17, 2014, 11:45:32 am »
Citar
Eu torço que depois de lançados os básicos, eles larguem mais desse medo de desagradar grognards e lancem novos builds decentes de combatentes em suplementos. E nem é tão difícil de imaginar algo assim, basta eles usarem o Tome of Battle da 3.5 como base para fazer uns builds bem mais proveitosos do que a maioria dos que estão aí para non-casters.

Well, ocasionalmente o meu lado otimista com D&D Next (sim, ele existe  :P) pensa em algo similar. Apesar das inclinações contrárias, tanto ToBa quanto D&D 4e tem uma quantidade de fãs consideráveis (D&D 4e ainda foi o RPG mais vendido nos EUA por uns 3-4 anos) e deixá-los de lado não parece algo que a Wizards of the Coast faria - ainda mais com a promessa de "Rules not Rulings", "Sistema Modular" e "A Edição de todas as as Edições".

Citar
Caso eu mestre o D&D 5ed. (algo que não deve acontecer a curto prazo), eu estou inclinado a adotar uma house rule em que o talento Ritual Caster também permita o uso de pergaminhos, varinhas e cajados da classe conjuradora escolhida para os rituais. Isso tornaria esse talento uma feat tax para não conjuradores, mas ao menos amenizaria esse problema da falta de versatilidade deles (eu sei que só isso não resolve!),

Eu creio que essa regra sequer é necessária. Citando último playtest packet:

Pergaminhos: If the spell written on the scroll appears on your class’s spell list, you can use an action to cast it without having to meet any of the spell’s requirements

Varinhas e Cajados: A wielder who has the ability to cast spells can use the spells in a wand by expending charges from the item. A wielder uses his or her magic ability and spellcasting bonus (if any) for resolving the spell’s effect.

Ou seja, o pré-requisito do uso deles é basicamente "ter uma lista de magias de uma classe" e "ser capaz de conjurá-las", o que o talento Ritual Caster já providencia.

Tecnicamente, o que o talento Ritual Caster não providencia são 'Slots de Magia" (que nenhum desses ítens requer) ou níveis em uma classe (que alguns ítens requerem, como os Cajados do Playtest).

EDIT: Se bem que, possuir a lista de magia de uma certa classe pode ser interpretado como pertencer a ela para usar seus ítens - mas isso é algo que eu não estou certo se é válido.
« Última modificação: Julho 17, 2014, 12:21:23 pm por Evola »