Ficou impossível de jogar
E o problema não se resumia a apenas o combate
Eu acho que o problema maior era fora do combate.
Dentro do combate, você (GM) construia um combo com magias e habilidades, maximizava pvs, reconstruía as fichas prontas dos NPCs e monstros, roubava pra manter os vilões em pé mais um pouco e ia se sustentando. Era horrível ter todo esse trabalho para conseguir um combate mediano, mas ainda dava pra segurar enquanto o mestre não sofresse de burnout pelo esforço exagerado.
Fora do combate, criar qualquer desafio que não fosse resolvido com um estalar de dedos era muito difícil. E fazer um desafio que todo mundo pudesse participar de forma igual, em vez do spellcasters simplesmente resolverem sozinhos, era ainda pior.
Uma viagem rápida para algum lugar que precise atravessar um terreno inóspito? Teleporte.
Alguém foi assassinado? Fala com o morto ou ressuscita ele logo.
Procurando provas sobre algum mistério? Use uma das dezenas de magias de adivinhação, uma pra conversar com alguma coisa no ambiente investigado ou converse com alguma força superior.
Necessidade de avisar alguém de um perigo? Magias de comunicação. Invocação de criaturas inteligentes. Teleporte, de novo.
Necessidade de um objeto que os personagens não tem? Magia pra criar objetos. Teleporte, DE NOVO.
Completar alguma tarefa que exige um nível alto numa perícia? Buff nos atributos, magia pra melhorar o resultado nos dados ou buff direto na perícia para um patamar que a falha não é mais possível.
Desafios criados para gerar uma oposição interessante viravam sequências de estalar dedos dos conjuradores. Tempos depois de desistir da 3e, mestrei Exalted pela primeira vez. Exalted, logo na criação de personagens, um PC vence um batalhão sozinho, pula montanhas e consegue criar PESSOAS do nada. Era mais fácil criar problemas para os PCs de Exalted enfrentarem do que os da 3e nos níveis medianos pra cima.