oderes utilitários específicos pra situações não combativas são poucos e de uso bem limitado
Tal qual na 3e. E você poderia estar numa classe que NEM SEQUER teria direito a ter habilidades assim. Outras classes só poderiam usar uma vez por dia ou mesmo por semana. E, no final, poucas tinham algo realmente de significativo e de funcional (pelo menos falando do básico). Fazendo o balanço, é... eu fico com os utilitários...
rituais mais ainda - tanto que o consenso que eu vejo entre o pessoal que joga 4e é que ninguém usa as merdas dos rituais.
Você tem que ter em mente que as magias foram bem nerfadas no sentido de que não adianta nada fazer um sistema equilibradíssimo para um mago ou clérigo safado pegar sua coleção de rituais e começar a fazer o que todo mundo faz fora do combate (que aliás, sempre foi uma de suas reclamações quanto à 3e). A exigência aqui seriam de que deveríamos ter magias "interpretativas" no jogo, mas que não sobrepujasse a utilidade dos outros personagens em jogo. Ou seja, teriam que ser rituais muito específicos o que, para quem é acostumado com 3e, soa como inútil.
E ainda assim, da minha experiência, na 3e as coisas não eram muito diferente. Basicamente, os jogadores preparavam magias combativas, as "interpretativas" só eram usadas em casos MUITO específicos, da
mesma forma que eu vejo acontecer nas mesas de 4e com os rituais.
Perícias foram bem lobotomizadas na 4e, sendo algo quase automático de acordo com a sua classe
Cara, sem meias palavras. Tirando as regras de sinergia e esquecendo por um momento as quantidades de perícias, o sistema de perícia é basicamente a
mesma coisa. Você só substitui os pontos de graduação por um check de treinado/não treinado. E não é como se os jogadores fossem distribuir pontos do tipo "bom, 1 grad eu boto na perícia A, 2, vão pra B, 2,5 na C, bla bla bla....". Na prática todo mundo contava quantas perícias dava pra comprar com tudo em graduação máxima (salvo casos de builds específicas). Ou seja, pra mim é melhor na 4e porque é mais simples. Merda por merda, eu escolho o método KISS.
Os desafios de perícia foram um fiasco tão grande que nem mesmo os autores da WotC sabem usar eles direito ainda...
Faz mais feio que na 3e? Não. Afinal, tudo que a 3e tinha era o teste seco de perícia. Eu estava cerceando o comparativo no sentido de "o que a 3e faz fora do combate que a 4e não faz", a minha conclusão fica no sentido de que são basicamente a mesma coisa, sendo o desafio de perícia só um adicional.
por fim, a inflação automática de atributos tirou todo o sentido deles como descritores do personagem no mundo, piorando ao extremo algo que já era ruim na 3e.
Eu concordo em partes. A única diferença da 4e pra 3e, a meu ver, é que, na 3e, a inflação dos atributos era por via de itens mágicos (e nem por isso menos "obrigatória", diga-se de passagem, a não ser, claro se for pra comparar com o +1 em tudo a cada tier de jogo - no fim, só te interessam os itens que aumentam os atributos de classe). O ponto em que eu discordo, mas acho que isso é mais gosto pessoal que qualquer coisa, é que achei muito interessante o lance de "atacar com carisma"(por exemplo). Nesse ponto, eu achei que a 4e foi mais eficiente, pois não era mais restitiva e nem por isso descaracterizava os atributos como descritores dos personagens. O problema, como você disse, é "só" a inflação que também tinha na 3e, mas não sinto como se tivesse piorado, esse contra-peso da "liberdade interpretativa" do ato de pegar uma espada e atacar com, sei lá, Inteligência faz com que eu sinta um nível de igualdade nesse sentido.