O que ele está dizendo é que não é preciso que o básico agrade todo mundo, desde que todos tenham as ferramentas pra modificar o jogo e deixar no estilo que gosta. Passa longe de ser "não precisamos fazer um jogo bom, basta ser bem a cara do D&D!"
Essa é uma daquelas situações que estou tentando ler além da propaganda.
Até agora, uma das 'vantagens' do D&D Next (sendo algo até levantado pelos próprios designers quando a edição foi anunciada) era a capacidade de unir jogadores de várias edições diferentes com um mesmo jogo, que conseguisse atrair a atenção de todos eles.
O design deles parece muito mais preocupado em colocar 'um pouco de tudo' para tentar agradar grupos diferentes, do que preocupado em criar um jogo bom que atenda as necessidades dos jogadores. A própria admissão que eles querem algo que lembre D&D mas que vá precisar de house-rules da parte do Mestre para conseguir alcançar o que o grupo quer, incentiva essa opinião.
O jogo não deveria precisar de house-rules para atender o que o cliente quer. Ele deveria SER o que o cliente quer. House-rules vão existir, independente da intenção dos designers. Mas no instante que eles já criam o jogo com essa expectativa, (a) isso passa a atender só uma parcela dos jogadores (aqueles que querem se dar ao trabalho de "hackear" o sistema) e (b) não dá muita esperança que as coisas funcionem (vide White Wolf e como elas tratavam o design das regras nos anos 90, com um "regras não são importantes, altere o que você quiser").
E, claro, para isso realmente funcionar como um "feature" algo básico seria necessário criar um sistema completamente aberto, onde cada resolução seja clara e matematicamente apresentada, deixando bem explicada como as coisas interagem num nível bem microscópico (como M&M faz até certo ponto). Só que considerando o que eles disseram nos últimos artigos, eu duvido bastante que chegue a isso.